Bicicleta para melhorar a saúde econômica do país e a nossa qualidade de vida

Data de postagem: Jun 05, 2010 5:52:47 PM

Segundo um estudo da Associação de Saúde Pública dos Estados Unidos (APHA), citado pela revista Grist , a cada ano são gastos 142 bilhões de dólares em honorários médicos e perdas salariais por enfermidade com pessoas com problemas de obesidade; cerca de 80 bilhões de dólares em honorários médicos e mortes prematuras ligadas à poluição do ar causada pelo tráfego, e cerca de 180 bilhões de dólares em diversas categorias por acidentes automobilísticos.

É um ângulo de reflexão interessante, já que estes fatores não costumam ser levados em conta na tomada de decisões ligadas às políticas de transporte. Mas segundo a APHA, esta situação não pode se estender por muito mais tempo: "Estes custos de saúde ‘escondidos’ estão se acumulando de tal forma que já não podem ser ignorados. Se não forem levados em conta, continuarão crescendo e afetando a saúde econômica do país e a nossa qualidade de vida”, ressalta a associação.

O estudo da APHA não cita as consequências indiretas, como o estresse, o impacto sobre a saúde mental e sobre a sociabilidade. Ainda assim, os resultados são impactantes.

Afinal, os custos indiretos sobre os sistemas de saúde são mais uma razão para deixar o carro em casa e usar a bicicleta.

Quando se discute sobre como melhorar o transporte para criar um futuro sustentável, existem duas abordagens: aqueles que acham que não é necessário mudar os hábitos de uso dos automóveis, mas torná-los menos poluidores (ou até com emissão zero de carbono); e os que defendem que as cidades tenham menos carros e mais espaços para a convivência humana.

Mas qual destas alternativas aponta realmente para a sustentabilidade?

Um artigo recente da Grist menciona alguns pontos interessantes em torno desta questão.

Um dos mais importantes está relacionado ao uso da terra: o problema da dependência dos carros não reside apenas na poluição que geram, mas no desenvolvimento urbano que promovem.

Para que as pessoas continuem dirigindo na frequência atual, é preciso disponibilizar mais espaços viários e mais estacionamentos, o que inevitavelmente reduz os locais para o desenvolvimento de espaços públicos.

Segundo o artigo, os fabricantes de automóveis asseguram que as pessoas desejam ter mais carros, modelos maiores e mais potentes.

Mas é provável que isso não seja verdade.

Muitas pessoas não querem mudar seu estilo de vida e preferem continuar dirigindo seus carros. No entanto, o corpo e a mente pedem o contrário.

Apesar de haver poucos estudos sobre o impacto dos engarrafamentos sobre a saúde e a disposição da população, recentemente foi comprovado que o contato diário com espaços verdes é positivo para o humor e o bem-estar mental.

Gasolina será que estamos seguros?

O poço no Golfo do México despejou, em mais de um mês, de 71 a 147 milhões de litros de petróleo no mar, uma matéria da MSNBC de 1979 recorda que a história, infelizmente, se repete.

"As companhias petrolíferas sempre falam em como são avançadas tecnologicamente, mas só progrediram na tecnologia de perfurar em profundidades maiores. Elas não se tornaram mais avançadas no manejo dos riscos envolvidos, nem em como deter um derramamento como este".

Esta na hora de trocar nossos carros por bicicletas!