Uma equipe de cientistas da Universidade de Amsterdã, na Holanda, não apenas comprovaram a ação antibacteriana do mel como mostraram que ele pode neutralizar bactérias resistentes a antibióticos, como Staphylococcus aureus e E. coli. Os pesquisadores também deram um passo além na busca de novas formas de prevenir e tratar infecções ao descobrir qual é a substância do mel que tem essa ação. Batizada com o sugestivo nome de defensin-1, trata-se de uma proteína presente no organismo das abelhas, por elas acrescentada ao mel. "É importante encontrarmos produtos naturais que desativam bactérias. Eles não têm a toxicidade dos medicamentos e podem ser usados em quantidades maiores", diz o infectologista Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP. O uso popular do mel para tratar sintomas como dor de garganta mostra que ele tem alguma eficácia, segundo Boulos.
Porém, o mel "in natura" não oferece garantia de controle da infecção. "Além da questão da qualidade do mel, não sabemos se a substância ativa foi ingerida em concentração suficiente", diz o médico.