O que são os radicais livres e antioxidantes?
Radicais livres são moléculas instáveis, pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron.
Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, que estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento. Deve ser lembrado os radicais livres também tem um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos "músculos lisos".
Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno - são ingeridos.
Manga
Pesquisadores da Texas AgriLife Research descobriram recentemente uma importante propriedade especial da manga: ela é capaz de prevenir e deter algumas células de câncer de mama e do cólon. Eles chegaram a esse resultado após analisar as cinco variedades mais comuns nos EUA: Kent, Francine, Ataulfo, Tommy/Atkins e Haden. O estudo foi liderado pela dra. Susanne Talcott e pelo seu marido, o dr. Steve Talcott.
Com um poder antioxidante bem menor do que outros alimentos (como o açaí e a romã), muitos poderiam não dar muita importância para a manga. “Ela tem uma capacidade antioxidante por volta de quatro a cinco vezes menor do que uma uva média para vinho, e mesmo assim se mantém muito eficaz na atividade anticâncer. Se você olhar para ela do ponto de vista fisiológico e nutricional, levando tudo em consideração, ela estaria no alto do ranking de supercomidas”, diz a pesquisadora. “Seria bom incluí-la na dieta regular”, completa.
Os Talcotts testaram extratos de polifenol (substância natural das plantas associada à boa saúde) da manga in vitro em células cancerosas do cólon, da mama, dos pulmões, de leucemia e da próstata. Foi obtido algum resultado com a leucemia e os cânceres de próstata e de pulmão, mas a manga foi mais efetiva nos tipos mais comuns de câncer de mama e do cólon.
E o melhor: os doutores testaram a manga também nas células normais do cólon, e estas não foram detidas pelo polifenol. Significa que esse importante alimento pode ser usado sem medo de que as células boas sejam danificadas. “Essa é uma observação geral para qualquer agente natural: eles visam apenas as células cancerígenas, não mexendo com as saudáveis, ou pelo menos as deixando em concentrações razoáveis”, explicou a dra. Talcott.
Os cientistas avaliaram os polifenóis e, mais especificamente, os gallotannins, como sendo a classe de compostos bioativos responsáveis por prevenir ou deter células cancerosas. Tannins são polifenóis que são frequentemente amargos ou secos, e encontrados em sementes de uva, no vinho e no chá.
O estudo constatou que o ciclo celular foi interrompido. Isso é fundamental, diz Suzanne Talcott, pois indica um possível mecanismo de como as células cancerosas são prevenidas ou impedidas.
Refrigerante
Pesquisadores descobriram que há uma relação entre tomar bebidas açucaradas e câncer. Eles acreditam que a quantidade de açúcar aumenta a produção de insulina do pâncreas e que isso pode aumentar as chances do órgão desenvolver a doença.
De acordo com os especialistas, pessoas que tomam muito refrigerante normalmente têm uma dieta mais pobre, mas parece que a bebida realmente tem um efeito maior.
Mesmo que seja raro o câncer no pâncreas é um dos mais mortais. Somente 5% das pessoas diagnosticadas com a doença ficam vivas por cinco anos após o diagnóstico.
O estudo analisou mais de 60 mil pessoas durante 14 anos. Dessas pessoas, cerca de 150 tinham câncer de pÂncreas. Aqueles que consumiam dois ou mais refrigerantes por dia tinham 82% a mais de chance de desenvolver o câncer.
Pordutos finais de glicação avançada
Produtos de glicação avançada (AGE) alteram o metabolismo de lípides e, em especial, o efluxo de colesterol de macrófagos, por meio da redução dos receptores ABCA-1 e ABCG-1. Isto prejudica o transporte reverso de colesterol, sistema que favorece o fluxo de colesterol de macrófagos arteriais ao fígado, permitindo sua excreção na bile e eliminação fecal. Óxidos de colesterol modulam favoravelmente a homeostase lipídica em macrófagos e favorecem o transporte reverso de colesterol, embora o acúmulo de 7-cetocolesterol, 7-hidroxicolesterol e 7-hidroxicolesterol associe-se à aterogênese e morte celular.