Ecovila é um modelo de assentamento humano sustentável. São comunidades urbanas ou rurais de pessoas que tem a intenção de integrar uma vida social harmônica a um estilo de vida sustentável. Para alcançar este objetivo, as ecovilas incluem em sua organização muitas práticas como:
Produção local e orgânica de alimentos;
Utilização de sistemas de energias renováveis;
Utilização de material de baixo impacto ambiental nas construções (bioconstrução ou Arquitetura sustentável);
Criação de esquemas de apoio social e familiar;
Diversidade cultural e espiritual;
Governança circular e empoderamento mutuo, incluindo experiência com novos processos de tomada de decisão e consenso;
Economia solidária, cooperativismo e rede de trocas;
Educação transdisciplinar e holística;
Sistema de Saúde integral e preventivo;
Preservação e manejo de ecossistemas locais;
Comunicação e ativismo global e local.
Ao longo de milhares de anos a humanidade viveu em comunidades sustentáveis, em contato íntimo com a natureza, desenvolvendo uma gigantesca diversidade cultural, onde em geral imperava uma estrutura social de apoio mútuo e cooperação. O evento da sociedade patriarcal e guerreira é bastante recente (16.000 anos), mas tem causado um grande impacto no planeta. Enquanto isso as sociedades tradicionais lutam por sobreviver.
O ser humano é capaz de criar uma vida cheia de amor e sentido. E essa seria a parte central numa ecovila, sua vida social, cultural e espiritual. Segundo eles, os seres humanos são seres sociais e amorosos por natureza, apesar de a cultura ocidental moderna valorizar em excesso o indivilualismo, a competição, a violência, o poder, o controle, a desconfiança e a apropriação. Reconectar os seres humanos a sua natureza significaria barrar estes valores, limpando esta carga cultural, e colocando a cooperação, o amor, o respeito, a transparência, a solidariedade e a confiança novamente no centro de suas vidas.