39) Execução de Estruturas em Gabião

Passo a passo da montagem de gabião

Utilização de Gabião para proteção de Rodovia a Jusante

Detalhe de um projeto típico da Macferry

Gabiões detalhe do Contra Forte

Gabiões detalhe do Contra Forte

1) Gabiões Tipo Caixa :

Descrição:

Os gabiões tipo caixa são estruturas em forma de prisma retangular fabricadas com malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com PVC.

Os gabiões são sub-divididos em células por diafragmas cuja função é reforçar a estrutura. Toda a malha, com exceção dos diafragmas, é reforçada em suas extremidades por arames de diâmetro maior que o da malha para fortalecer os gabiões e facilitar sua montagem e instalação.

Os arames que formam a malha dos gabiões, sempre que necessário, além do revestimento com liga zinco alumínio, também podem ser recobertos por uma camada contínua de PVC (cloreto de polivinil). Isto confere proteção contra a corrosão e os torna eficientes para uso em marinas, ambientes poluídos e/ou quimicamente agressivos ao seu revestimento metálico.

Quando instalados e cheios de pedra os gabiões se convertem em elementos estruturais flexíveis, armados, drenantes e aptos a serem utilizados na construção dos mais diversos tipos de estruturas (muros de contenção, barragens, canalizações, etc.).

Principais Características:

- Os Gabiões são subdivididos em células por diafragmas;

- A malha deve ter suas bordas reforçadas por arames de maior diâmetro;

- Em ambientes agressivos deve-se utilizar gabiões revestidos com material plástico.

Os gabiões são estruturas armadas, flexíveis, drenantes e de grande durabilidade e resistência.

São produzidos com malha de fios de aço doce recozido e galvanizado, em dupla torção, amarradas nas extremidades e vértices por fios de diâmetro maior. São preenchidos com seixos ou pedras britadas.

São utilizados em estabilização de taludes, obras hidráulicas e viárias, etc. e podem ser encontrados em três formatos: caixas, colchões, sacos; em diferentes tamanhos.

 A palavra provém do italiano gabbione, aumentativo de gabbia, que significa "gaiola".

2)  Colchão Reno :

GABIÃO TIPO CAIXA SENDO MONTADO

Descrição:

Os Colchões Reno são estruturas retangulares caracterizadas por sua grande área e pequena espessura, fabricados com malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com recobrimento Galfan® e protegidos, adicionalmente, por una camada continua de material plástico (aplicada por extrusão). 

Os Colchões Reno são subdivididos em células por diafragmas de parede dupla, espaçados em intervalos regulares. Sua base, paredes laterais e de fechamento (extremidades) são formadas a partir de um único pano continuo de malha, obtendo-se um recipiente multicelular aberto. 

Para fortalecer a estrutura, todas as extremidades dos panos de malha são reforçadas com arame de maior diâmetro que o utilizado para a fabricação da malha. 

Quando os Colchões Reno são instalados e preenchidos com pedras, se tornam elementos drenantes, armados que, devido a sua flexibilidade e pequena espessura, são especialmente indicados na construção de revestimentos para canais, barragens de solo, escadas dissipadoras e outros. 

Principais Características:

- Revestimento Galfan® com proteção adicional de material plástico. 

- Malha com abertura tipo 6x8; 

- Bordas enroladas mecanicamente; 

- Arestas reforçadas pela sobreposição das malhas; 

- Base formada por um único pano de malha contínuo; 

- Diafragmas de parede dupla. 

3) Gabião Saco :

Descrição:

Estes gabiões são formados a partir de um único painel de malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com PVC e adicionalmente protegidos por uma camada contínua de material plástico (aplicada por extrusão).

Para o fechamento das extremidades do gabião tipo saco, cada unidade é fornecida com arames de aço inseridos alternadamente entre as penúltimas malhas das bordas livres. Tais arames reforçam cada elemento e conferem mais rapidez durante instalação.

Devido ao contato constante com águas cuja qualidade, em geral é desconhecida os gabiões tipo saco são produzido com malha hexagonal de dupla torção fabricada com arames protegidos com liga Zinco/Alumínio e revestidos com material plástico, tornando-os eficientes para uso em marinas, ambientes poluídos e/ou quimicamente agressivos.

O enchimento dos gabiões tipo saco pode ser feito por suas extremidades ou pela lateral, após esta operação, eles são aplicados utilizando-se equipamentos mecânicos (guindastes, gruas, etc.).

Os gabiões tipo saco são usados principalmente em obras emergenciais, em obras hidráulicas onde as condições locais requerem uma rápida intervenção ou quando a água não permite fácil acesso ao local (instalações subaquáticas) ou quando o solo de apoio apresente baixa capacidade de suporte.

Principais Características:

- Revestimento GalMac® com proteção adicional de material plástico;

- Facilidade de instalação;

- Flexibilidade.

4) Rede de Alta resistência :

Descrição:

Rede de Alta Resistência é fabricada com malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com PVC, podendo ser adicionalmente protegidos por uma camada contínua de material plástico (aplicada por extrusão).

A malha hexagonal tem durabilidade e resistência suficiente para suportar o impacto das pedras, sendo que a dupla torção impedirá a propagação do desfiamento da malha caso um dos arames se rompa.

Existem dois métodos normalmente utilizados para desdobrar os rolos sobre a área de projeto. O primeiro consiste em alinhar e prender os rolos no topo e desenrolá-los sobre a encosta. De maneira inversa, o segundo método realiza esta mesma operação porém partindo do sopé da encosta, nesta operação é utilizada uma barra rígida no interior do rolo para facilitar a instalação.

As Redes de Alta Resistência são freqüentemente utilizados para prevenir a queda de pedras e de materiais soltos sobre estradas e ferrovias.

Principais Características

- Alta resistência a impactos;

- Durabilidade;

- Facilidade de instalação;

- Baixo impacto ambiental e visual.

5) Terramesh® System

Descrição:

Os elementos Terramesh® System são fabricados com painéis de malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com Galfan® e adicionalmente protegidos por uma camada contínua de material plástico (aplicada por extrusão). 

A tampa, a frente e a base (painel de reforço) do sistema são formadas por um único pano de tela, assim como laterais e painel posterior. O painel posterior é costurado à base, durante o processo de fabricação do elemento, através de uma espiral.

O diafragma deve ser inserido durante a construção em obra, antes de se proceder com o enchimento com pedras.

Quando preenchido com pedras o Terramesh System se torna um ótimo sistema para contenções pois é econômico, de fácil execução e que apresenta as importantes características de monoliticidade, flexibilidade e permeabilidade.

O Terramesh System devido a sua versatilidade pode se adaptar a diferentes ambientes, podendo ser empregado em contenção de taludes, canalizações, defesas de margens, marinas e proteção de aterros de encontro de pontes.

 

Principais Características:

- Monoliticidade;

- Flexibilidade;

- Facilidade de execução;

- Permeabilidade;

- Versatilidade.

6) Terramesh® Verde 

Descrição:

Os elementos Terramesh® Verde são fabricados com painéis de malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo teor de carbono revestidos com Galfan® e adicionalmente protegidos por uma camada contínua de material plástico (aplicada por extrusão).

Ilustração do processo executivo do sistema de contenção StrataSlope. Para saber mais, acesse: www.geosolucoes.com 

A tampa, a frente e a base (painel de reforço) são formadas por um único pano de tela.

Ao tardoz do painel frontal é fixado, durante o processo de fabricação, uma manta biodegradável para prevenir a fuga de finos do solo e auxiliar na fomentação vegetal. A frente do elemento é ainda reforçada por varetas entre as torções da malha hexagonal e um painel eletrosoldado, além de contar com dois triângulos de suporte que facilitam a montagem no elemento em obra e definem a inclinação do paramento.

O Terramesh® Verde foi concebido para permitir o crescimento da vegetação em seu paramento frontal, colaborando com isso para manutenção do equilibrio ecológico. Deste modo, ele é especialmente indicado em locais que necessitam de obras de baixo impacto ambiental ou em regiões com escassez de pedras.

Pela sua versatilidade o Terramesh Verde®, pode ser empregado em contenção de taludes, canalizações, defesas de margens, marinas e proteção de aterros de encontro de pontes.

 

Principais Características:

- Baixo impacto ambiental;

- Facilidade de execução;

- Versatilidade.

 

7) RoadMesh®

Descrição:

O RoadMesh® é um elemento estrutural fabricado com malhas hexagonais de dupla torção em aço revestido com liga Galfan® (Zinco + Alumínio / ASTM 856 MM) e reforçadas transversalmente a intervalos regulares, por barras de aço com o mesmo tipo de revestimento.

Devido as suas características, o RoadMesh® é indicado para atuar como reforço para pavimentos flexíveis, e se encontra disponível em dois tipos:

O Tipo S, projetado para aumentar a capacidade de carga e reduzir as deformações permanentes sobre pavimentos, nesta função pode ser instalado em diferentes profundidades, dependendo das tensões induzidas e das características geomecânicas das camadas que formam o pavimento.

O Tipo L pode ser utilizado para reparar as camadas superficiais de rodovias existentes, neste vaso irá melhorar a capacidade de carga e aumentará a durabilidade. As características de anti - reflexão de fissuras ajudam a prevenir trilhas de rodas e outros danos à superfície do pavimento.

A Maccaferri vem realizando sucessivos teste para comprovar a eficiência do produto. Testes recentemente realizados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos demonstraram um melhor desempenho a fadiga dos corpos de prova que continham o RoadMesh® como reforço.

O RoadMesh® pode ser utilizado em rodovias e pátios de estacionamento.

Principais Características:

- Acréscimo da capacidade de carga no pavimento;

- Aumento da durabilidade do pavimento;

- Anti – reflexão de fissuras.

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO EM GABIÕES

1. OBJETIVO

Esta especificação de serviço define os critérios que orientam a utilização de gabiões, em obras d’arte especiais executadas em obras rodoviárias .

2. GENERALIDADES

Esta especificação abrange os gabiões confeccionados com redes metálicas com dupla torção e malha de forma hexagonal, produzidas com fio de aço trefilado a frio, recozido e zincado e eventualmente, plastificado.

Na execução deste trabalho podem ser consultadas as seguintes normas:

- NBR 8964 - Arame de aço baixo teor de carbono zincado para gabiões.

- NBR 7143 - Plásticos – moldagem por compressão de corpos-de-prova de materiais termoplásticos - procedimento.

- NBR 7452 - Plásticos – atmosfera padrão para condicionamento e ensaio - Especificação.

- NBR 7456 - Materiais plásticos – determinação da dureza Shore por meio de um durômetro - Método de ensaio.

- MB 1160 - Determinação da massa específica de plásticos com o uso de picnômetro - Método de ensaio.

- MB 1163 - Determinação de propriedades mecânicas das matérias plásticas - Métodos de ensaio.

- ASTM D 1203 - Loss of plasticizer from plastics (activated carbon methods), tests for.

- ASTM D 2287 - Nonrigid vinyl chloride polymer and copolymer molding and extrusion compounds, specification for.

A rede obtida por entrelaçamento dos fios à dupla torção, formando-se malha hexagonal é definida pela dimensão da malha e o diâmetro do fio galvanizado, mesmo no caso do fio revestido com PVC.

Gabião é o elemento flexível, manufaturado com a rede definida acima, que após montagem constitui cestos de forma prismática ou cilíndrica.

Existem três tipos básicos:

2.1 Caixa

É a peça de formato paralelepipédico constituída por pedaços de rede que formam a base, as paredes verticais no sentido do comprimento e a tampa.

As paredes verticais nas extremidades dos comprimentos de peça (testeiros) devem ser presas à tela de base, por processo mecânico de torção ou através de fio em espiral contínua, de forma a garantir a perfeita união entre as telas.

Normalmente a caixa é dividida em celas ao longo do comprimento por diafragmas colocados a cada metro e preso à peça principal através de fio em espiral contínua com a função de fortalecer a estrutura e de facilitar as operações de enchimento. Tais diafragmas possuem as mesmas características da rede que constitui o gabião e são unidos diretamente à tela de base durante a sua fabricação.

O fio utilizado é do tipo doce recozido de acordo com as especificações UNI 3598 (Norma Nacional Italiana) e deve ser zincado a quente com quantitativos correspondentes às especificações UNI 3598.

Tais características satisfazem plenamente a Circular do Ministério do Conselho Superior dos Trabalhos Públicos da Itália n. 2078 de 27/08/1962. A qualidade do fio e galvanização satisfazem, também, respectivamente, a British Standard Specification BBS n. 1052/1942 e BBS n. 443/1969. U.S. Federal Specification QQ-W-461 g, soft, finish 5, Class 3. Devem ser utilizados para confecção de muros de arrimo, canais, portos, etc.

2.2 Colchão ou Manta

É a peça de formato paralelepipédico de pequena altura constituída por pedaços de redes formando a base, as paredes verticais no sentido do comprimento e sobre as extremidades.

O colchão é dividido em celas ao longo do comprimento por diafragmas colocados a cada metro e presos à peça de base através de fio em espiral.

Os colchões tipo Reno, são gabiões cuja característica principal é a reduzida espessura (0,15m, 0,20m, ou 0,30m); e são formados por uma rede metálica de malha hexagonal e dupla torção que, geralmente, tem malhas menores que àquelas utilizada na fabricação de gabiões.

Às características do fio são idênticas àquelas empregadas nos gabiões tipo caixa.

Sobre uma tela contínua de rede, seja da base como também das paredes laterais do elemento, estão montados os diafragmas a uma distância de 1.00m, de modo a criar uma estrutura celular.

Os diafragmas apresentam características iguais àquelas da rede da qual é constituída a tela da base. A tela da base, a tampa e os diafragmas são delimitados ao longo das bordas por fios de diâmetro maior àquele utilizado para a rede, de modo a reforçar a estrutura e facilitar a colocação.

Devem ser utilizados em revestimento de taludes, canalizações e proteções em geral.

2.3 Gabião cilíndrico ou Saco

Gabião cilíndrico ou saco é constituído de um único pano de tela de forma retangular que, quando da montagem, é enrolado de modo a se unir os lados maiores do retângulo, vindo este a assumir forma cilíndrica.

Nas obras livres das extremidades é passado altemadamente pelas malhas um fio de diâmetro maior que aquele usado na malha da tela, objetivando reforçar as extremidades e possibilitar, ao puxar-se ao mesmo, que as extremidades sejam laçadas e a peça formada.

São utilizados em obras de emergências: estivos em terrenos moles, etc.

3. MATERIAIS

Características, dimensões e tolerâncias:

3.1 Da malha da rede

A dimensão “D” da malha, relacionada na tabela I, se refere à distância entre duas torções paralelas da malha e medida do interior de uma torção ao exterior da outra.

Tal medida é determinada calculando-se a média das medições “D” retirada sobre dez malhas consecutivas e dispostas transversalmente na textura da rede.

3.2 Do fio da malha

O diâmetro do fio que compõe a malha está relacionado na tabela 1.

3.3 Do fio da borda

Os gabiões devem apresentar fios longitudinais da borda de diâmetro maior que o fio da malha, situado ao longo das bordas livres, no caso dos gabiões tipo caixa, colchão ou manta e nas bordas laterais no caso dos gabiões tipo saco.

O diâmetro deste fio está relacionado na tabela 1.

3.4 Do fio espiral

O fio espiral que prende os diafragmas e eventualmente os testeiros à base das caixas e colchões tem o diâmetro como relacionado na tabela 1.

3.5 Do fio de amarração e atirantamento

O fio de amarração e atirantamento dos gabiões têm o diâmetro como relacionado na tabela 1.

3.6 Do gabião

As dimensões padrões dos gabiões estão indicados na tabela 2.

Outras dimensões padrões podem ser fornecidas dependendo de acordo prévio entre fabricante e consumidor. As tolerâncias nas dimensões são as abaixo relacionadas:

a) Caixa: admite-se uma tolerância no comprimento e na largura de ± uma malha (D) no comprimento, largura e altura;

b) Colchão ou manta: Admite-se uma tolerância no comprimento e na largura de uma malha (D) e na altura de ± 2,5 cm;

c) Saco: Admite-se uma tolerância de ± uma malha (D), tanto no comprimento da peça aberta, que deve ser 30 cm maior que o comprimento nominal (tabela 2), como no desenvolvimento lateral da peça que corresponde à largura do pano de tela.

3.7 Do revestimento protetor de PVC (Poli Cloreto de Vinila)

O revestimento protetor de PVC, quando necessário, deve ser executado em todos os fios.

3.8 Do material para enchimento

Deve ser utilizado para enchimento dos gabiões materiais provenientes das rochas selecionadas com índice de desgaste à abrasão, segundo o ensaio “Los Angeles”, menor ou igual à 40%.

Face a abertura das malhas dos gabiões não pode ser utilizado material de granulometria inferior à aberturas das malhas, sendo necessário o emprego de pedra britada com maiores dimensões para não ocorrer fuga de material de dentro do gabião.

As pedras devem ser maciças, não frágeis, excluindo-se moledo, capa de pedreiras, arenitos, etc., podendo serem usados granitos, basaltos, diabasios, pedras calcárias, blocos de concreto, etc.

Exclui-se terminantemente o enchimento dos gabiões com areia ou terra, mesmo no “miolo” deles.

Uma vez que as pedras são arrumadas no interior dos gabiões, o índice de vazios neles é menor que no monte de pedras, assim sendo é requerido um volume de pedra cerca de 30% maior que o volume geométrico do gabião. No caso em que ocorra movimentação mecânica, este percentual deve ser acrescido.

4. EQUIPAMENTOS

Para a colocação, enchimento, arrumação e fechamento dos gabiões é necessário a utilização de:

- Guindastes;

- Luvas;

- Alicate normal;

- Alicate de corte;

- Alicate e cortadora tipo ”telegrafista”;

- Pequena alavanca;

- Marreta de 1,0kg.

A quantidade destas ferramentas individuais é função do número de operários.

5. EXECUÇÃO

Após a locação da obra, procede-se aos serviços preliminares de implantação de estrutura. Estes serviços são basicamente escavação/aterro, limpeza e regularização da base da mesma.

Devem ser regularizadas a base e/ou taludes, onde devem ser implantados os gabiões, de maneira tal que se tenha uma superfície suficientemente plana para a sua implantação.

As escavações devem obedecer às especificações do projeto. Nos locais onde exista enrocamento e/ou restos de estruturas de antigos muros, estes materiais devem ser arrumados de forma tal que se tenha a superfície acima descrita (os vazios de enrocamento devem ser preenchidos com pedras de dimensões menores).

Os aterros ou reaterros devem ser executados obedecendo as normas de projeto.

5.1 Gabiões tipo caixa

Os gabiões caixa permitem o levantamento de estrutura geométrica, em cor com os projetos e com bom grau de acabamento de perfeição.

Na face do paramento externo da estrutura em gabiões caixa são colocados gabaritos de sarrafos.

Devem ser obedecidas as medidas indicadas no projeto, pois, a posição dos sarrafos, indica também a posição da colocação dos tirantes.

O comprimento dos gabaritos deve ser determinado em função do cronograma de execução da obra. Os gabaritos são móveis e são removidos para a frente, na mesma camada ou para cima, para execução da camada superior, somente após fechadas as caixas.

Paralelamente à operação da colocação e alinhamento dos gabaritos, procede-se a amarração entre si (usualmente 4 peças) dos gabiões caixa, vazios, ao lado da obra.

Gabaritos mal escorados, mal alinhados, mal aprumados, ou gabiões não cuidadosamente encostados aos gabaritos e mal cheios, favorecem a deformação da obra já durante a execução.

Com mão-de-obra pouco experimentada na execução de obras com gabiões, recomendamos colocar os gabaritos também ao longo do parâmetro interno da obra, escoramento tracejado.

Assentamos os gabiões vazios contra os gabaritos, sempre amarrando-os entre si pelas quinas, mantendo-se as tampas abertas inicia-se a colocação das pedras.

Da mesma forma pode ser iniciada a obra pôr diferentes frentes.

A amarração dos gabiões entre si dá-se pelas esquinas do paralelepípedo, costurando-se com um só arame que, seguindo a ordem das malhas, dá uma laçada simples e uma dupla, alternativamente.

Levantados os gabaritos, encostam-se neles os gabiões vazios, amarrando-os entre si como já dito. Insistimos no fato de que os gabiões fiquem bem encostados aos gabaritos, e, estes devem ser bem escorados.

As pedras devem ser arrumadas dentro dos gabiões ( não simplesmente jogadas ou despejadas) de modo que fique o menor número possível de vazios: a pedra arrumada dá um peso específico de 1,8 t f/m³ para o granito.

Coloca-se uma primeira camada de pedras arrumadas, correspondente a 1/3 da altura do gabião (para gabiões com altura de 1m) ou a 1/2 (para gabiões de altura de 0,5m), sendo esta altura facilmente determinada pela posição dos sarrafos dos gabaritos, após o que colocam-se os tirantes, sem esticá-los demais para não provocar a deformação da rede dos gabiões.

A seguir, estando os gabiões bem cheios, fecham-se as tampas, amarrando-as por todas as quinas, com costura, como já descrito.

Na face externa da estrutura em gabiões caixa “face a vista”, deve ser usadas pedras cujo tamanho abranja 3 malhas inteiras, não se podendo usar obviamente pedras de tamanho menor que a malha dos gabiões.

O acabamento do parâmetro externo de uma obra em gabiões caixa é igual ao dos muros de alvenaria de pedra.

Terminando o assentamento de uma primeira camada de caixas, removem-se os gabaritos, que devem ser novamente alinhados e aprumados em acordo com o projeto, procedendo-se ao levantamento da Segunda camada de gabiões, da mesma forma como já descrito para a primeira camada.

A boa regra de gabionagem, exige que a estrutura com gabiões caixa seja levantada com as juntas a prumo, isto é, com os lados dos gabiões caixa alinhadas a prumo com relação aos da camada inferior.

Para isto, antes de se amarrar os gabiões vazios da segunda camada aos da camada inferior, deve-se observar se as juntas ficarão a prumo.

Dada a flexibilidade e elasticidade dos gabiões vazios, deve ser fácil alinhar as juntas a prumo, para depois amarrá-los aos da camada assentada.

O rendimento da mão-de-obra na execução de uma estrutura com gabiões caixa não deve ser inferior a: de 2 a 4cm³ homem/8 horas de obra acabada, excluídos os trabalhos de escavação, reaterro, compactação, etc.

Diafragmas: 

Em certos casos, os projetos especificam gabiões com diafragmas internos. Neste caso, ao lado das medidas dos gabiões, escreve-se a sigla /D (ex. gabião 3x1x1/D). Os diafragmas dividem os gabiões em compartimentos internos iguais.

Os diafragmas que já vêm presos ao fundo do gabião pelo fabricante, ao armá-los, são amarrados aos lados dos gabiões caixa, da forma já descrita e, após o enchimento, à tampa dos gabiões.

Usualmente estes gabiões são colocados no sentido longitudinal da obra.

5.2 Gabiões manta ou Colchões

São enchidos de maneira análoga à dos gabiões caixa, dispensando a utilização dos gabaritos face a pequena espessura dos gabiões. No caso de canalizações, quando as mantas vão estar revestindo os taludes e o fundo de canis, aconselha-se utilizar pedras lamelares na face externa dos gabiões dispostas de maneira tal que o plano que contém a lamela esteja paralelo à superfície dos taludes e/ou fundo do canal. Tal recomendação justifica-se quando se pretende melhorar a eficiência hidráulica dos canais reduzindo os coeficientes de rugosidade do canal.

Já nas obras de proteção de costas e defesas marítimas, onde a solicitação do impacto das ondas sobre as pedras pode ser considerada, é recomendável que se utilize gabiões mantas com diafragmas espaçados de 0,50m e que as pedras também sejam lamelares só que colocados de forma tal que o plano que contém a lamela esteja perpendicular ao sentido de arrebentação das ondas (colocação de cutelo).

Cuidados especiais devem ser tomados no sentido de não se deixar pedras “soltas” dentro dos gabiões, para que esta, com os constantes movimentos de mares e ondas, provocando sub-pressões, poderão mover-se e por atrito com a rede de arame dos gabiões atacar a proteção dos arames e até estourar a rede dos gabiões.

Os gabiões mantas ou colchões tem a finalidade de proteger e revestir taludes, não tendo portanto a finalidade de estabilizar taludes e/ou encostas.

Estas devem estar com uma inclinação compatível com o ângulo de atrito interno do talude de implantação dos gabiões mantas.

As mantas podem ser enchidas já no seu lugar definitivo ou adjacente à obra e posicionados com equipamento adequado, conforme deve ser descrito na execução dos gabiões tipo saco.

5.3 Gabiões cilíndricos ou tipo saco

Estes são enchidos ao lado da obra, sendo o enchimento feito com pedra a granel na granulometria descrita no item 3.8. Não há necessidade de se arrumar cuidadosamente as pedras de forma dos gabiões saco. Deve-se somente colocar as pedras de forma a evitar o mínimo de vazio possível. Conforme se enchem os sacos de uma extremidade para outra, colocam-se tirantes internos. Os tirantes permitem que o saco mantenha um certo paralelismo no seu corte longitudinal.

O rendimento da mão-de-obra para encher os sacos é de aproximadamente 5 m³ por homem/8 horas, compreendendo-se os trabalhos de atirantamento e costura dos sacos cheios.

O gabião saco pode ser lançado no seu lugar definitivo através de equipamento que pode ser drag-line ou pá-carregadeira sobre esteira.

Caso se utilize pá-carregadeira ou qualquer equipamento com esteiras, devem ser tomados cuidados para evitar que as esteiras estraguem a malha dos gabiões. Com o intuito de evitar este fato pode-se jogar pedrisco e/ou de pedra na faixa de trânsito de máquina.

O rendimento da colocação dos sacos é função do tipo de equipamento.

Um guincho com o auxílio de três/quatro homens para engatar e desengatar os sacos coloca aproximadamente 50m³ de sacos por 8 horas.

Uma pá-carregadeira coloca 30 a 40m³, dependendo da distância que a mesma terá de percorrer.

Após a colocação dos sacos com guincho é aconselhável que se “compacte” os sacos com o auxílio de um peso visando regularizar e conformar a estiva formada.

6. MANEJO AMBIENTAL

Observar os cuidados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das operações destinadas à execução de gabiões, relacionados a seguir:

6.1 Quando os agregados forem obtidos mediante exploração de ocorrências indicadas no projeto, devem ser considerados os aspectos seguintes:

a) Aceitação da pedra só deve ser concedida após a apresentação da licença para a exploração da pedreira, cuja cópia deve ser arquivada junto ao “Livro de Ocorrências Obra”;

b) Deve ser evitada localização da pedreira em área de preservação ambiental;

c) A exploração da pedreira deve ser planejada de modo a minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e equipamentos;

d) Quando a pedra for adquirida de terceiros, deve ser exigida a documentação atestando a regularidade das instalações e da operação da pedreira, junto ao Órgão competente;

e) É vedado o lançamento do refugo de materiais usados na faixa de domínio, nas áreas lindeiras, no leito dos rios e em qualquer outro lugar onde possam causar prejuízos ambientais;

f) A área afetada pelas operações de construção e execução deve ser recuperada, mediante a limpeza do canteiro de obras devendo também ser efetuada a recomposição ambiental.

7. CONTROLE E ACEITAÇÃO

7.1 Gabião

Os gabiões são normalmente fornecidos em fardos, que devem pesar no máximo 1.000kg, convenientemente amarrados para permitir e assegurar o seu manuseio e transportes normais.

Cada fardo deve ser adequadamente identificado com o nº correspondente e mais:

a) Tipo;

b) Dimensões dos gabiões;

c) Dimensão da malha;

d) Diâmetro do fio da malha;

e) Presença ou não de diafragma, no caso da caixa;

f) Revestimento, ou, do fio com PVC.

7.2 Inspeção

A inspeção deve abranger os seguintes itens:

a) Inspeção visual do lote, no que se refere ao aspecto da rede dos gabiões, visando verificar defeitos grosseiros;

b) Medição da malha

c) Medição do diâmetro dos fios da malha e da borda

d) Medição das dimensões das peças.

7.3 Amostragem

Uma peça a cada lote de 10 fardos ou fração deve ser retirado como amostra pelo Executante no local da obra.

As malhas escolhidas para medições devem estar afastadas das bordas de uma distância mínima de três vezes D.

8. ACEITAÇÃO

O material deve ser considerado aceito quando atender aos requisitos desta especificação.

Quando a amostra não satisfizer algum requisito, retiram-se outras três amostras do mesmo lote e efetua-se nova inspeção do requisito não atendido; se houver atendimento para as três amostras, o lote deve ser aceito.

9. MEDIÇÃO

Os gabiões tipo caixa, tipo manta e os gabiões cilíndricos devem ser medidos por metro cúbico de serviço executado.

10. PAGAMENTO

O pagamento deve ser feito, após a aceitação e a medição dos serviços executados, com base nos preços unitários contratuais, os quais devem representar a compensação integral para todos as operações, transportes, materiais, perdas, mão-de-obra, equipamentos, encargos e eventuais necessários à completa execução dos serviços.

CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS DE GABIÕES

 DESCRIÇÃO DO GABIÃO

Um gabião trata-se de uma caixa de forma prismática rectangular, feita com rede de malha hexagonal, feita por sua vez em arame galvanizado reforçado. Estes gabiões enchem-se com qualquer tipo de pedra não friável (p. ex. pedra de pedreira / ou seixo) ou outro material adequado que esteja disponível.

 

Os tipos de malhas hexagonais com que se fabricam os gabiões são:

    - Malha de 5*7 cms, com arame de dia. 2,00 mm.

    - Malha de 8*10 cms, com arame de dia. 2,70 mm.

    - Malha de 8*10 cms, com arame de dia. 2,70/3,70 mm. - PVC

O arame dos gabiões, tirantes e da cozedura, deve ser de acordo com a a resistência média 450 Mpa, sendo a galvanização reforçada segundo as Normas DIN-1548 e BBS 443/82, contendo mínimo de zinco de 240 grs/m2 a 260 grs/m2, conforme o diâmetro.

 

TOLERÂNCIAS

É admitida uma tolerância no diâmetro do arame galvanizado de +-2,5%.

É admitida uma tolerância nas medidas do gabão de +-*3% no comprimento e largura e de +-5% na altura.

 

ARAME PARA COSER E TIRANTES

Será galvanizado reforçado com as mesmas características do arame do gabião, com diâmetro de 2,40 mm. Por cada metro cúbico é necessário em média cerca de 0,5 kgs.

 

ARMAÇÃO DO GABIÃO

Esta operação consiste na sua abertura, após retirados dos malotes, colocando-se aberto no solo. Posteriormente levantam-se as paredes II e IV e as partes laterais T-T, até que as suas arestas coincidam, formando-se assim uma caixa com a a tampa aberta. Esta fase germina com a união das arestas acima referidas, sendo feita por cozimento com arame galvanizado reforçado do mesmo tipo dos gabiões.

 

COLOCAÇÃO

Consiste em situar o gabião uma vez armado, no local da obra, conforme indique o projecto, atado com arame reforçado e torções entre as malhas, aos gabiões contíguos.

 

ENCHIMENTO

Consiste em colocar a pedra ou o material disponível, dentro das caixas abertas. Esta fase pode ser realizada manualmente ou com o auxilio de meios mecânicos e retro-escavadoras, escavadoras, correias transportadoras, etc. Para se obter um bom acabamento e rendimento da obra, é necessária a montagem de uma cofragem resistente (mais alta 5 cms. no mínimo que o gabião) antes da colocação da pedra. Esta cofragem pode ser de madeira ou metálica, devendo ter na parte superior umas 3 ou 5 pontas, que podem ser uns simples pregos (no caso da madeira) ou umas pontas metálicas, de modo a permitir que a malha fique tensa, a fim de a parte frontal ficar o mais lisa e certa possível. Esta fase terminará com a colocação de tirantes (do mesmo arame galvanizado reforçado) no sentido horizontal cada 33 cms de altura e separados uns 50 cms entre si (p. ex. no caso de gabiões com altura de 1 metro). De uma forma geral, procurar-se-á que na face à vista fique a pedra maior e mais lisa, a fim de dar um aspecto mais uniforme possível, deixando a pedra de menor calibre para o interior. No entanto e como norma básica a pedra deve ser pelo menos do tamanho de 1 vez e meia a dimensão da malha.

FECHO DO GABIÃO

É feito mediante o cozimento da tampa (Parte 1 ) com arame galvanizado reforçado, através de uma pequena alavanca com um lado curvo. Isto ajudará a coincidência entre as arestas da tampa e as pontas superiores das partes laterais. Deve procurar-se que não coincidam as uniões entre os gabiões no sentido vertical, aquando das existência de mais uma fiada de gabiões.

MUROS DE CONTENÇÃO

Uma das principais aplicações dos gabiões é em muros de contenção de terrenos, nomeadamente muros de suporte e espera. São estruturas que trabalha por gravidade e calculam-se de acordo com essas condicionantes. Como norma geral, desenham-se os muros partindo de uma largura e altura de 1 metro para a fiada superior do muro e aumenta-se 0,50 metros por cada metro de altura total que tenha o muro. Utilizando-se esta regra, resulta que a base de um muro B = 1/2 (1+H), sendo H a altura total do muro. Calcula-se o muro com esta secção de acordo com os esforços que actuem sobre o mesmo. Caso não cumpra com as condições de estabilidade, far-se-á ampliação de base e novas secções. Para facilitar a execução da obra deve-se deixar na face exterior da obra um degrau no mínimo de 0,15 metros, para se poderem utilizar cofragens na fase de montagem. Deve-se evitar que as juntas dos gabiões coincidam verticalmente e aconselha-se que no desenho dos muros de suporte se disponham de forma a a que se cruzem as fiadas.

MURO DE GABIÃO ARMADO

Pode-se reduzir a secção dos muros de suporte com a armação dos gabiões (Gabião armado), utilizando-se faixas horizontais de rede de tripla torção, cosidas entre as diferentes fiadas de gabiões, em largura, superior ao ângulo de atrito interno do terreno, e devidamente compactadas. Considerar-se-á para esta aplicação uma tensão de 3 tons por metro linear.

METODOLOGIA EXECUTIVA

1. SERVIÇOS PRELIMINARES

Antes do início da montagem dos gabiões, deverá ser verificado se os seguintes serviços já foram executados:

Locação topográfica dos gabiões a serem implantados e instalação de gabaritos para a conferência durante a execução;

Ensecamento dos rios e/ou córregos nas áreas que contém gabiões projetados abaixo do nível d´água (NA), os projetos das ensecadeiras e/ou desvios dos rios e/ou córregos deverão ser aprovados pela fiscalização;

Escavação manual ou mecânica e acerto do terreno (limpeza e reaterros localizados) de assentamento das peças do gabião;

Avaliação expedita, por profissional qualificado, da capacidade de suporte do terreno de assentamento. Caso este não apresente suporte necessário à implantação do gabião, deverão ser apresentados e aprovados pela fiscalização, procedimentos específicos para melhoria da capacidade de suporte do terreno (agulhamento com rachão, troca de solos, etc.);

Instalação de mantas de geotêxtil, tipo Bidim, conforme solicitação de projeto;

1.2. MONTAGEM, INSTALAÇÃO E ENCHIMENTO DOS GABIÕES

1.2.1 GABIÃO TIPO CAIXA

Os gabiões são fornecidos previamente dobrados e reunidos em fardos. Sua montagem consiste, inicialmente, em abrir o fardo, desdobrar o gabião sobre  uma superfície rígida e plana e, com os pés, tirar todas as irregularidades.

A seguir, deve-se dobrar os painéis para se obter o formato da caixa, juntando os fios de borda e torcendo os arames que saem dos painéis.

Estando o formato da caixa já definido, ponteiam-se as arestas externas da caixa e, para os diafragmas, corta-se um pedaço de arame com comprimento necessário, fixando-o na parte inferior dos cantos e costurando os painéis em contato, alternando voltas simples e duplas a cada malha.

Com um certo número de gabiões já ponteados em forma prismática, faz-se a ligação entre eles com firmes costuras ao longo das arestas em contato, como as costuras dos diafragmas, obtendo-se grupos que serão dispostos no local definitivo, já com o terreno preparado.

Após a colocação das caixas em posição, antes de enchê-las, deve-se puxá-las com um gabarito de madeira, para se conseguir um bom alinhamento e acabamento. 

A seguir, inicia-se a fase de enchimento das caixas, preenchendo-as até 1/3 da sua altura e fixando dois tirantes, em faces opostas para evitar que ocorra o "embarrigamento" dessas faces. Preenche-se mais 1/3 da caixa, fixando outros dois tirantes, e depois preenche-se até 3 a 5 cm acima da altura da caixa. Para caixas menores (com menos de 1,00 metro de altura), preenche-se inicialmente, até a metade da altura da caixa, colocam-se os tirantes e completa-se o enchimento até 3 a 5 cm acima da altura da caixa. Nunca se deve encher uma caixa sem que a caixa ao lado esteja parcialmente preenchida.

O enchimento dos gabiões tipo caixa pode ser executado a mão ou com o auxílio de equipamentos mecânicos (retro escavadeira ou escavadeira hidráulica).

Terminada a fase de enchimento das caixas, dobram-se as tampas, amarrando-as sempre com a mesma costura.

1.2.2 GABIÃO TIPO COLCHÃO

Os colchões também são fornecidos previamente dobrados e reunidos em fardos. Sua montagem consiste, inicialmente, em abrir o fardo, retirar e esticar cada peça até obter seu comprimento nominal.

Dando seqüência à montagem, juntam-se, com os pés, as paredes dos diafragmas que ficarem abertas e levantam-se as paredes laterais utilizando os cortes como guias para a definição da altura de cada parede. Aconselha-se a utilização de um sarrafo de madeira para o perfeito alinhamento da dobra.

Tendo definida a geometria do colchão, costuram-se as abas aos diafragmas logo após a definição da dobra e ponteiam-se os painéis frontais. As costuras são executadas de modo contínuo, passando-se o fio em todas as malhas, dando-se dupla volta a cada duas malhas.

Depois de ponteados e costurados os diafragmas, deve-se posicionar os colchões no local onde serão aplicados e costurá-los entre si (com a mesma costura dos diafragmas), em todos os cantos de contato.

É importante lembrar que se o colchão for aplicado em taludes muito inclinados, a fixação dos colchões deve ser feita com o auxílio de estacas de madeira.

Em seguida, inicia-se o enchimento dos colchões, a partir da parte inferior do revestimento, acomodando as pedras para reduzir os vazios. Deve-se observar as mesmas características do material de enchimento já citadas, a fim de garantir, no mínimo, duas camadas de pedras, melhor acabamento e mais fácil enchimento.

Durante o enchimento, aconselha-se a colocação de tirantes verticais unindo a tampa e o fundo (dois tirantes a cada metro quadrado).

Depois de encher várias unidades, colocam-se as tampas, costurando-as a todos os painéis, diafragmas e tirantes, de forma a ficarem bem esticadas.

1.2.3 GABIÃO TIPO SACO

Os gabiões tipo saco também são fornecidos previamente dobrados e reunidos em reunidos em fardos. Sua montagem consiste, inicialmente, em abrir o fardo, desdobrar o gabião sobre uma superfície rígida e plana e, com os pés, tirar todas as irregularidades.

A seguir, deve-se enrolar a tela até formar um tubo. Cortam-se dois pedaços de arame de 50 cm e costura-se a partir das extremidades, com voltas simples e duplas, alternadas em cada malha.

Amarra-se em lugar fixo uma das extremidades do arame de borda que sai da malha, puxando a outra extremidade do fio até fechar o tubo. Em seguida, enrolam-se as duas extremidades do arame de borda, entrelaçando-os. Estas operações devem ser feitas em ambas as pontas do gabião saco.

Durante o enchimento é importante observar a colocação de um tirante perpendicular à costura, a cada metro, para evitar deformações excessivas. Após o enchimento, fecha-se o gabião saco com o mesmo tipo de amarração descrita anteriormente.

Finalmente, com o auxílio de equipamentos adequados (retro escavadeira ou escavadeira hidráulica), devem ser lançados no lugar definitivo. Para seu içamento, os gabiões saco podem ser enganchados ao longo da costura ou pelas extremidades.

ENTENDA O USO DE GABIÕES

Compostos por malhas metálicas, eles estão entre as soluções mais antigas e eficazes para contenção do solo

Versáteis, econômicos e de fácil execução, os gabiões são estruturas compostas por malhas metálicas hexagonais que formam gaiolas preenchidas com rocha – em geral, basalto, granito ou seixo. Também podem contar com uma camada de geotêxtil para evitar a fuga de finos do solo (siltes e argilas, por exemplo) sem interromper a percolação (movimento subterrâneo) da água através do solo.

O fato de serem estruturas monolíticas, estáveis, permeáveis e autodrenantes é o que torna os gabiões tão úteis para contenção de encostas, taludes e revestimento de canais e obras hidráulicas.

Tipos de gabiões

Há três principais tipos de gabiões disponíveis no mercado. O engenheiro Luiz Antônio Naresi Júnior, especializado em obras geotécnicas, explica que o mais difundido é o gabião-caixa, que tem forma de prisma retangular e é indicado como estrutura de contenção por gravidade, em barragens, canalizações, apoios de pontes e proteção contra erosão.

Já o gabião-colchão, retangular e caracterizado por sua grande área e pequena espessura, serve para revestimento de canais, barragens em terra, proteção de encostas e obras hidráulicas em geral.

Há, ainda, o gabião-saco, que tem formato cilíndrico, é de fácil colocação e indicado para obras emergenciais, em locais de difícil acesso, com presença de água ou em solos de baixa capacidade de suporte.

Dimensão e execução

O dimensionamento dos gabiões se dá com base no comportamento estático, que considera a resistência ao tombamento, ao escorregamento, à estabilidade global e às pressões na fundação.

Embora seja de execução simples, o desempenho dessas estruturas está diretamente relacionado à forma de distribuição das rochas no interior da gaiola. Se a quantidade de vazios no gabião for muito grande, sua resistência poderá ficar comprometida. Via de regra, os gabiões devem contar com cerca de 30% de vazios. Essa proporção é capaz de garantir estabilidade e permitir à estrutura integrar-se ao meio ambiente com o crescimento de vegetação entre as pedras, por exemplo.

A durabilidade, por sua vez, depende fundamentalmente da resistência à corrosão do aço utilizado nas gaiolas, que deve estar de acordo com as agressividades ambientais às quais a estrutura ficará exposta. Ligas metálicas especiais e o revestimento do arame com camada de PVC podem ser utilizados para melhorar o desempenho da grade metálica, especialmente em aplicações com presença de lâmina d’água.

Gabiões na arquitetura

Muito empregados em obras de infraestrutura e urbanização, os gabiões têm encontrado aplicações também em projetos de arquitetura e paisagismo devido às suas muitas possibilidades de enchimento. Além da capacidade de conter o solo e proteger contra a erosão, é possível tirar partido de cores, formas e texturas das pedras, agregando um aspecto rústico e natural ao muro. Alguns exemplos de rochas utilizadas em aplicações arquitetônicas são as pedras basálticas, com coloração cinza escura, e os granitos de tonalidades mais claras.

Fundação do Gabião

Eu diria que todo gabião que for executado sem fundação a uma taxa admissivel de 2,5 kg/cm2 corre risco de recalcar e afundar, até mesmo de embarrigar, por isso investir na fundação adequada para seu gabião é uma das coisas mais importantes da sua obra, caso contrário ele não funcionará.

Detalhe de Estrutura de gabião executada sem fundação

FUNDAÇÃO EM GABIÃO

Estacas de fundação e ancoragem de gabião executadas corretamente proximo ao rio

Gabiões para dispositivos de drenagem de grande porte

Como parte da construção da barragem de Ciawi, há uma vazão do rio existente que precisa ser desviada. O projeto original usava revestimentos pesados de malha de arame galvanizado ou estruturas de concreto como alternativa. 

Maccaferri Indonésia propõe o uso de Bronjong e Bronjong Colchão chamado Colchão Reno usando revestimento de PVC como proteção contra a vazão do rio, abrasão e exposição uv. O uso desses materiais mostrou-se mais eficaz e eficiente em termos de tempo de construção e custos. 

Mais informações: https://lnkd.in/gStWUk5

ESCADAS D´ÁGUA EXECUTADAS EM CANAL COM GABIÃO

CASO SEU GABIÃO SEJA MAL DIMENSIONADO OU COMECE A TRABALHAR EXISTE UMA TENTATIVA DE SOLUÇÃO QUE É ATIRANTAMENTO DE SEU GABIÃO COM TIRANTES PROTENDIDOS FIXADOS EM CHAPAS METALICAS COM PLACAS DE APOIO E ANEL DE GRAU COM ALTAS CARGAS DE TRABALHO

Procedimento básico para execução do GABIANCO (R)

GABIÃO ATIRANTADO

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

Luiz Antonio Naresi Júnior é engenheiro civil com ênfase na área de Saneamento, possui pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Analista Ambiental pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e em Engenharia Geotécnica pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo). É especialista em obras de Fundação Profunda, Contenções de Encosta, Obras de Artes Especiais, Projetos de Contenção, Infraestrutura Ferroviária e Rodoviária. Atualmente é sócio da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), diretor do Clube de Engenharia de Juiz deFora (MG) desde 2005, participa como voluntario pela ABMS como apoio a defesa civil de Belo Horizonte, Professor da Escalla Cursos para Mestre de Obras (CEJF / CREA/MG), consultor de fundação pesada e geotecnia, comercial e assessor da diretoria da Empresa  ProgeoEngenharia Ltda

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