O termo Tecnologias Desobedientes faz referência a pesquisa do artista cubano, radicado na França, Ernesto Oroza que relaciona a fabricação e estética do objeto voltado a noção de desobediência tecnológica e sua aplicação prática na vida das pessoas. O projeto busca criar espaços coletivos de discussão, documentação e atuação prática na democratização dessas tecnologias com foco na aprendizagem e aplicação desses processos em contextos sociais específicos de impermanência, emergência e pagamentos. Foram criadas frentes dentro de mobiliário de emergência, design da desobediência, energia solar para contextos periféricos, entre outras atividades.

A palestra Pixação: A arte em cima do muro mostra claramente que o PIXO é mais do que uma manifestação humana, e sim, no âmbito sociológico, uma manifestação de classe, pois esta arte tem acima do contexto artístico um cunho social político. É um grito que se estampa nos prédios, ruas e monumentos das cidades, com o foco de mostrar que a rua e a arte é um órgão vivo e não pode ser manipulado pela minoria.

Na conferência serão enfocados processos criativos artísticos transmídia envolvendo ritualística mágica, experiências psiconáuticas e inteligências artificiais. Enfoque em obras desenvolvidas durante a pandemia de COVID-19 no contexto das investigações do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER (Fav/UFG)

Nesta palestra a artista ucraniana Beata Kurkul relata como criou a obra Sunflowers of Ukraine 2, criada com a ajuda do AI MidJourney usando um prompt de texto bastante simples: Artilharia ucraniana num campo de girassóis. Os girassóis são uma das flores mais populares na Ucrânia. É uma evocação de vida, luz solar e calor. É um símbolo do massacre de Ilovaisk e uma lembrança das vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines na história moderna. (palestra em inglês)

Nesta palestra Breno aborda como foi realizada a versão virtual do Museu do Computador, atualmente acessível através de sua sede física e de seu ambiente no Metaverso. Inaugurado em 1998 com o objetivo de recuperar, conservar e expor aos visitantes, computadores e artefatos que contam a história e a evolução da informática e da tecnologia digital no Brasil e no mundo, foi idealizado e formado pelo trabalho de profissionais das mais variadas áreas da informática.

A partir das conexões com a natureza surge o projeto HIFA, onde a visualização de formas de estruturas orgânicas de um cogumelo, por meio da simples observação e/ou de técnica sofisticada de microscopia eletrônica, podem favorecer a criação de acessórios e estruturas vestíveis inteligentes, que permitem reproduzir a mesma conectividade que os cogumelos fazem no meio e entre si mesmos. A utilização de recursos tecnológicos como impressão 3D, IoT e microscopia eletrônica de varredura são ferramentas essenciais para a aplicação do biomimetismo baseado nas formas e funções da natureza para o desenvolvimento do projeto.

Elmo Francfort explica o uso da virtualidade para recontar a história do rádio e da TV, com a modelagem 3D a partir de referências históricas icono-gráficas, audiovisuais, impressas e textuais. A interatividade como ferramenta da preservação histórica, usando como exemplo o Museu da TV, Rádio & Cinema e o Museu Virtual da Radiodifusão Brasileira (ABERT).

Ao longo dos últimos 40 anos venho desenvolvendo uma linguagem hibrida , cujo foco na época era a um corpo com um rosto imagem ao vivo e com o tempo passou a ser uma imagem com um corpo vivo relacional, interativo e performático. Abordo nessa palestra uma visão histórica através de vídeos documentais onde demonstro que desde a primeira videoperformance esse hibrido com ênfase no corpo relacional estava presente. E ganhou mais destaque nos trabalhos posteriores (Carinhódromos e Casulos).

Como uma pesquisa em novas realidades, design urbano e possibilidades cromáticas em Realidade Aumentada (RA), virou uma Intervenção Artística na fachada do prédio-sede da Fábrica de Cultura de Diadema(2021), e resultou em uma instalação artística em realidade Aumentada, ancorada nessa mesma fachada, com explorações de animações cromáticas.

Anna Amaral Rezende vai contar e mostrar seu processo criativo, previsivelmente não linear, desde as necessidades e desafios que seu atual projeto de POS DOC FAU USP está impondo, até as descobertas e exploração do meio físico como suporte cromático, até os aprendizados (erros, acertos, dificuldades) durante o processo de criação e produção de uma intervenção artística em 3D animado, a ser vivenciada em uma experiência em Realidade Aumentada.