A Jornada

(Aviso: esse texto pode conter muitas referências à série de jogos The Legend of Zelda, da Nintendo.)

Antes de tudo, só queria desejar um feliz natal (agora meio atrasado) e feliz ano novo também! Que 2020 seja tão top quanto a gente planeja, e seja tão legal quanto a gente sonhe.

Enfim, continuando...

Qual é a nossa missão? Derrotar algum Ganondorf, aprender alguma lição na marra, lutar contra dezenas de monstros que nos atormentam todo dia, pagar boletos? Ou será que é algo muito além disso, mais profundo e vasto, talvez tão vasto quanto a própria jornada por entre os campos de Hyrule? Bem, disso eu não sei. Só sei que eu tô parecendo aquele cara estranho da loja de máscaras tendo umas epifanias malucas.

Mas diz aí: e se a gente começasse nossa jornada sabendo dos percalços? Talvez teríamos medo do que enfrentar mais à frente, e jogaríamos nossas espadas e escudos no chão, dizendo “Eu não consigo; é demais pra mim”, e desistiríamos na hora. Pois é, um destino é uma responsabilidade tão grande que chega a ser algo assustador.

Após isso, ficaríamos na nossa Ilha Inicial, Vila Ordon, Floresta Kokiri ou Celéstia, sem nunca sair, remoendo toda aquela dúvida do porquê teríamos que passar por aquilo, e do porquê nós não iniciamos a jornada.

E eu acho que é até melhor assim, com a gente não sabendo sobre a jornada. Se não tivéssemos saído da nossa Vila Ordon, da nossa Ilha Inicial, da nossa Celéstia, nunca sequer teríamos conhecido o Domínio dos Zoras, a Ilha do Dragão ou talvez o Bosque de Faron (que aliás, são lugares maravilhosos), descobrindo nosso verdadeiro potencial, o que realmente nos torna pessoas melhores.

Só que é aí que tá. O destino de uma pessoa não é algo realmente definido e fixo, assim como diz Astrid, a vidente. Todos temos algo chamado Livre Arbítrio. Podemos escolher o que fazer. Em outras palavras, nós mesmos podemos escolher nosso destino, escolher se vamos ficar eternamente na nossa Ilha Inicial ou explorar o vasto mar de possibilidades que está aberto diante de nós.

Todos temos um pouco do Link correndo em nossas veias. Temos esse espírito aventureiro e essa coragem infinita, que estão dormentes, mas estão lá, só esperando uma oportunidade para se mostrarem úteis e fazer de nós verdadeiros herois na nossa vida cotidiana. Cabe somente a nós a tarefa de empunhar a Espada-Mestra e o Escudo Hyliano para enfrentar nossa jornada. Uma jornada que, apesar de terrivelmente difícil, é tão recompensadora quanto a vista exuberante junto ao Lago Hylia.

Então, vamos salvar nossa Hyrule. Um boleto e um monstro de cada vez.