Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS)
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS)
Educadores socioambientais questionam a utilização e o significado conceitual dos termos:
Desenvolvimento Sustentável (DS) e Sustentabilidade (S)
no contexto do movimento ambientalista, da crise ambiental atual.
Apresentando uma proposta educacional de:
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS),
sugerindo os termos:
Sociedades Sustentáveis (SS), em oposição aos termos
Desenvolvimento Sustentável (DS) ou Sustentabilidade (S).
Abaixo recortamos alguns parágrafos referentes a esta questão conceitual:
A expressão DS foi usada pela primeira vez em 1980 (pela União Internacional para Conservação da Natureza), e foi retomado na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92). A antiga Agenda 21 (assinada por 170 países participantes do evento Rio-92) na época, estabelecia um conjunto de objetivos estratégicos de como alcançar o DS.
Após a Rio-92, o termo tornou-se uma unanimidade, governos, empresários e organizações sociais incorporaram o termo em seus discursos e, muitos deles, também em suas práticas.
Porém, 10 anos depois, a II Conferência Mundial (Joanesburgo, África do Sul, 2002), mostrou uma triste constatação: todos os indicadores ambientais haviam piorado:
Havia mais desmatamento, mais extinção de espécies, mais poluição do ar, rios e mares, mais secas e inundações provocando mais fome, novas doenças e mais exclusão social (SERRÃO, 2003).
De acordo com os educadores as Mudanças Climáticas Globais Antropogênicas continuam sendo decorrentes do modelo de DS.
Do conceito de DS depreende-se a origem do construto de sustentabilidade. Essa palavra foi a que substituiu a de DS no discurso empresarial.
O conceito de sustentabilidade foi melhor conceituado por Sachs (1993) que o classificou em oito tipos: a) social; b) cultural; c) ecológico; d) ambiental; e) territorial; f) econômico; g) político (nacional); h) político (internacional).
Para os educadores o termo sustentabilidade, usado sem sua qualificação respectiva, não tem sentido algum e sozinha a palavra nada significa. Seu uso pelo empresariado, de modo descuidado, nada mais evidencia que o seu desinteresse genuíno com as questões socioambientais, apenas que se adota a sustentabilidade como um termo da moda.
O Quadro 1 resume as principais diferenças destacadas entre as concepções divergentes:
Referência: e-book Cidadania, meio ambiente e sustentabilidade, páginas 20 a 22.
https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-cidadani-meioamb_3.pdf
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