Atualmente, fora do contexto escolar, as crianças e os jovens fazem uso das tecnologias móveis com frequência. Porém, a maior parte das escolas dispensa a utilização destas tecnologias para fins educacionais, não se adaptando a um contexto social diferente, com novas formas de comunicação, de ensino e de trabalho. Nessa perspectiva, buscamos trazer sugestões do uso destas tecnologias para o ambiente escolar, mais específico aqui: o celular e a realidade virtual.
Os telefones móveis de hoje são diminutos, extremamente leves, funcionam praticamente em qualquer lugar e há muito tempo não mais exercem a função exclusiva de telefone. Na realidade, segundo, Antônio (2010) "são centrais multimídias computadorizadas onde se pode telefonar, ouvir rádio, mp3, assistir TV, tirar fotos, fazer filmes, gravar voz jogar videogame, mandar e receber e-mails ou arquivos e acessar a Internet, dentre outras muitas funções" É por possuírem essas características que tais máquinas deixaram de ser apenas um simples aparelho de telefone, transformando-se em verdadeira ferramenta, dotada de uma gama de outras funções. Com tal variedade de opções, permite ser utilizado como instrumento de uso pedagógico em atividades escolares específicas, tamanha sua versatilidade e funcionalidade no tocante à educação.
Realidade virtual (RV) é um ambiente — gerado por meio de um computador, ou de um celular — com cenas e objetos que parecem reais, fazendo com que os usuários se sintam imersos nessa realidade.
A interface da realidade virtual é a tecnologia responsável por esse conjunto de ferramentas utilizadas na educação, pois é capaz de proporcionar uma maior interação com o usuário, na qual a possibilidade de visualizar ambientes diversos juntamente com outros órgãos do sentido, como audição e tato, aumenta a sensibilidade do usuário. Portanto, não se trata de uma simples adaptação às novas tecnologias: o acoplamento com os computadores deve ser entendido pelos devires cognitivos que podem ser produzidos, como o desenvolvimento do pensamento estratégico, do raciocínio e da percepção (Kastrup, 2004).