Chamada para o evento

As políticas de formação de professore(a)s nos cursos de licenciatura nas universidades brasileiras visaram nos últimos 20 anos o uso de atividades práticas para a formação inicial de docentes. Tais políticas se acentuaram com a publicação da Resolução CNE/CP nº 02/2019, que estabeleceu a carga-horária mínima de 400 horas para as Práticas de Formação Docente e de 400 horas para os Estágios Curriculares Supervisionados.

Apesar das críticas no que tange ao conteúdo e às formas, o estabelecimento dessas cargas-horárias mínimas para essas atividades apontam a intencionalidade do Poder Público em compor os cursos superiores em licenciatura com conteúdos que colocam estudantes em ações práticas dentro e fora dos muros universitários. Com isso, os estágios curriculares ganham importância significativa no processo de formação docente.

Além disso, cresceu nos últimos anos nas universidades outras ações que levam seus estudantes às novas experiências de docencia no processo formativo. Dois exemplos basilares são os programas de monitoria e o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), que dentro de suas especificidades, contribuem para a formação docente inicial.

Contudo, sempre é preciso análises e interpretações críticas nesses processos. Vivemos um contexto no qual distintos projetos políticos e societários se embatem, apresentando os seus caminhos que apontem um modelo desenvolvimento/reprodução de nossa sociedade sob os mais diferentes aspectos. De forma específica, esse embate também se faz presente no que tange ao modelo educacional e, por consequência, nos modelos, aspectos, conclusões e propostas de políticas de formação de professores e professoras em nosso país.

Em uma conjuntura em que ainda se sofre em decorrência da pandemia mundial do novo coronavírus, que por consequência afeta também as relações de trabalho e a docência, cabe a nós da comunidade acadêmica continuarmos esse debate promovendo eventos coletivos que possam servir de espaço para o diálogo e a troca de experiências sobre o processo de formação de professores e professoras, no que tange às suas atividades práticas constituintes de sua formação profissional, como o estágio, PIBID e a monitoria acadêmica.

O objetivo dessa chamada para o II SIEM – Simpósio de Integração Estágio, Monitoria e PIBID da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) unidade Campanha – é convidar estudantes e docentes de diversas instituições de ensino superior que possuem cursos de licenciatura, como também os que promovem atividades de monitoria acadêmica e que desenvolvem o PIBID, a participar desse momento de diálogo e troca de experiências em torno das atividades de estágio e monitoria que se operam no interior dos cursos superiores.

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