COMO DEVE SER FEITO O TREINAMENTO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO EM CENTROS DE EDUCAÇÃO INFANTIL?

Imagem: Extintores dois irmãos

A IMPORTÂNCIA DE ELABORAR O PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS.

A Brigada de Incêndio e Emergências da FCFRP-USP defende que prevenção, juntamente com o desenvolvimento das Normas Técnicas de Segurança, cujo cumprimento é exigido no projeto das edificações, têm sido as maiores ferramentas para se evitar grandes tragédias. Através delas, cada pessoa pode contribuir para a sua própria segurança, bem como dos ocupantes do ambiente ao qual faz parte. Muitas vezes ações simples podem evitar muitos problemas e este fato é bem real quando falamos de prevenção de incêndios. Cigarros mal apagados, descuidos na cozinha e queima de papéis no quintal são exemplos de fatores que podem causar incêndios provocando muitas vezes danos irreversíveis na vida das pessoas, por isso é muito importante discutir esse assunto e ficar sempre atento.


COMO ELABORAR O PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS?

A lei 14376/13 determina que o plano seja elaborado por meio de formulários com requerimento, laudos, documentos comprobatórios, taxas e plantas. Para isso é importante saber que: Para edificações com área total de até 200 m², com grau de risco baixo ou médio, sem deposito ou áreas de manipulação de combustíveis, inflamáveis, explosivos ou substancias, com alto potencial lesivo a saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, o plano de proteção e prevenção contra incêndio é feito diretamente no computador com essas condições. Para as demais edificações os documentos são separados e enviados para a avaliação do corpo de bombeiro, lembrando que a validade do PPCI é de cinco anos para edificações que não sejam casas noturnas, bares, casa de festas, onde haja reunião de público. Para os mesmos a validade é de três anos.

Imagem: Capa engenharia e manutenção LTDA

imagem: Câmara municipal de Aveiro

TREINAMENTO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS DENTRO DE CENTROS EDUCACIONAIS

"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". (Constituição Federal, art. 227)

Segundo a defesa civil do Paraná, nos espaços de aula, os alunos, à ordem do professor, levantam-se, colocam-se de pé junto às respectivas mesas e vão saindo ordeiramente e em silêncio, em fila indiana, sem correrias mas em passo apressado, com o delegado de turma à frente. O professor verifica que todos os alunos tenham saído, pega no Livro de Ponto, fecha as janelas, fecha a porta sem a trancar e segue a fila em último lugar. Os elevadores não podem ser utilizados.


AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS QUE DEVE SER INSTALADO DENTRO DE CENTROS EDUCACIONAIS

Consultoria Marcos Vargas Valentin, arquiteto e mestre em segurança contra incêndio pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).


Segundo Karina Padial, as medidas de proteção são as mesmas para todas as escolas com diferença apenas nas quantidades. Alguns equipamentos obrigatórios são: extintores, hidrantes ou mangotinhos, alarme, iluminação e sinalização de emergência. Os prédios devem ter rotas de fuga, saídas de emergência e um acesso que permita a entrada do carro dos bombeiros

Luz de emergência

Uma vez por mês, desligue a chave geral de energia ou acione o botão de teste das luminárias para verificar se as luzes estão acendendo.

Alarme de incêndio

Com o conhecimento da comunidade, teste o alarme a cada três meses para conferir se os sinais visuais e sonoros funcionam.

Sinalização

Substitua os adesivos e as placas danificadas. O ideal é que a vistoria aconteça a cada seis meses, antes das simulações de abandono.

Hidrantes

A cada três meses, veja se as mangueiras estão na caixa e troque vidros e trincos que estejam quebrados.

Extintor

Uma vez por ano, chame empresas especializadas para recarregá-los. O teste hidrostático deve ser realizado a cada cinco anos.

EXPERIMENTO REALIZADO:


ORIENTAÇÃO REALIZADA DENTRO DO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL GRACILIANO RAMOS, UMUARAMA - PR



Realizamos um mini treinamento as crianças do CMEI (Centro municipal de educação infantil) de Umuarama, são crianças de até 4 anos de idade, salientando para as mesma, o quanto o fogo é perigoso, e o quanto é importante o processo de evacuação no momento de risco. Seguimos a orientação da defesa civil do Paraná, aonde relata um processo de evacuação seguro, como mencionado acima.

O processo de evacuação nesta faixa etária, é dificultoso devido ser pessoas que tem a mobilidade reduzida, no caso de um bebe de até um ano e seis meses de idade, que precisa de alguém para retira-lo, enquanto crianças até cinco anos precisam de uma orientação para serem retiradas do local de uma forma segura e eficaz, visto que crianças nesta idade são muito dispersas, e no momento de risco e desespero, se não houver orientação confiável, a mesma pode se esconder dentro da edificação para fugir do fogo, ou corre para o final da sala, banheiro e etc. Visto isso reconhecemos o quanto são importantes as sinalizações e luz de emergência.

Temos como exemplo as tragédias abaixo:

  1. Oito crianças e uma professora morreram após um segurança colocar fogo em uma creche em Janaúba, no Norte de Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (5). Segundo informações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o vigia do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, no Bairro Rio Novo, jogou álcool em crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo. No horário havia 75 crianças e 17 funcionários na escola.

O agressor, identificado como Damião Soares dos Santos, de 50 anos, chegou a ser internado, mas morreu horas depois.

Link https://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/guarda-de-creche-em-janauba-ateia-fogo-em-criancas-deixando-mortos-e-feridos.ghtml


2. Um incêndio ocorrido ontem no começo da tarde em uma creche de Uruguaiana (RS) matou 12 crianças entre 2 e 3 anos. A polícia não afasta a hipótese de ter ocorrido negligência no socorro. A creche municipal Casinha da Emília ficava no conjunto habitacional Cohab 2 e era frequentada por crianças de famílias de baixa renda, moradoras no local. De acordo com os bombeiros de Uruguaiana (634 km a oeste de Porto Alegre), a causa provável do incêndio foi um curto-circuito em uma das estufas (aquecedor de ambiente) que estavam ligadas na sala principal do prédio. Com o frio que atinge a região, a direção da creche havia acionado entre duas e três estufas. A temperatura mínima na cidade ontem foi de 3ºC, a mais baixa do Estado, com geada.

Colchões

O fogo se propagou rapidamente ao atingir colchões e cobertores das 12 crianças, que dormiam em uma das salas após o almoço. A porta da sala estaria fechada, segundo os bombeiros. Havia 117 menores no local quando o fogo começou, mas só as 12 vítimas fatais estavam na sala incendiada. A polícia de Uruguaiana começou a interrogar funcionárias da creche no final da tarde, e não afastava a possibilidade de ter ocorrido negligência no salvamento das crianças. Os bombeiros irão também fazer perícia no extintor que ficava próximo da sala -há relatos, não confirmados, de que ele estaria quebrado. Contrariando as normas de funcionamento da creche, não havia nenhuma funcionária na sala na hora do incêndio. A secretária da Educação de Uruguaiana, Marli Estivalet, disse que havia duas funcionárias encarregadas de cuidar das crianças no momento do incêndio. Se uma saísse da sala, a outra funcionária teria de permanecer no local.

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2106200028.htm

Como a orientação do código de defesa civil do paraná é direcionado para escolas estaduais e não há nenhuma norma especifica que fale sobre o treinamento de escolas municipais e CMEIS. Ficaram vagas as informações, portanto realizamos uma entrevista no corpo de bombeiro de Umuarama/Pr com o Capitão Jardel, aonde o mesmo relata "Que na primeira fase o CMEI e as escolas municipais tem que entrar em contato com a secretaria educacional, aonde vai ser realizado um cadastro, de solicitação de treinamento, para os educadores responsáveis receber um material EAD, já na segunda fase, o corpo de bombeiro faz um treinamento in loco mais extenso, junto as crianças e educadores do estabelecimento. Este modelo de treinamento, é a longo prazo, pois para as crianças isto é algo novo, que vai ser feito mensalmente.


3°Sargento Fregonezi; Capitão Jardel; Mayara da Costa; Bruna Cecon; Gabriela Melo; Bruna Pereira; 3°Sargento Ideilson; Soldado Arnaldi;

REFERÊNCIAS

Informativo da Brigada de Incêndio e Emergências da FCFRP-USP, nº 2 , Ano 2015

Manual de orientação á prevenção de incêndio nas escolas. Fundação para o desenvolvimento de Educação. Diretoria de Obras e serviços. São Paulo: FDE, 2009

Site Condo em Foco – PPCI – Plano de prevenção contra incêndio em condomínios.

http://www.bombeiros.pr.gov.br/arquivos/File/CSCIP2015/NPT_001_Parte_2.pdf

Capitão Jardel do corpo de bombeiro de Umuarama/Pr


Site elaborado como projeto da disciplina de Segurança e prevenção contra incêndio da Universidade Paranaense- UNIPAR

Acadêmicas Responsáveis

  • BRUNA PEREIRA
  • BRUNA CECON
  • GABRIELA MELO
  • MAYARA COSTA
  • SINDY MIRIAN

Professor:

  • Igo Henrique Nunes