CRONOGRAMA DO EVENTO, OFICINAS E INSCRIÇÕES

15/09 MESA TERRA - O futuro é ancestral


A mesa intitulada “Terra - o futuro é ancestral" abordará temas transversais à arte, educação e agroecologia a partir de uma perspectiva étnico-racial afroreferenciada. Estarão presentes conosco para essa conversa, Dyó Potiguara, Vinicius Pastor, Thállita Sanches e Jorge Paulino.


Dyó Potiguara é artista multilinguagem com formação em Design Gráfico e Educação Ambiental. Vinicius Pastor artista plástico e visual, graduando em Gravura - Bacharel na Escola de Belas Artes - UFRJ. Thállita Sanches bacharela em Ciências Biológicas e Ecologia pela UFRJ, professora de Educação em Agroecologia no Centro de Integração da Serra da Misericórdia, extensionista na Rede de Agroecologia da UFRJ com atuação no CONSEA-Rio e no Complexo da Maré. Jorge Paulino Doutor em Educação, professor de Arte (UFRJ), Mestre em Artes (UNB) e Licenciado em Artes Visuais (UNIFAP). É professor de Arte na SME-Maricá e em instituições privadas de ensino. Atualmente, está como professor substituto no Departamento de Didática da Faculdade de Educação da UFRJ.



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22/09 Oficina TERRA- Escultura em argila e O corpo ecológico



Esta oficina tem como propósito trabalhar o elemento terra, sua conexão, corpo e ecologia através da argila. O corpo é o chão onde caminhamos, e nele se cuida, mora e semeia. E a partir disso, iremos fazer uma prática com argila, com uma experiência gostosa, sensorial e de reconexão, sentindo e tocando nossas raízes, memórias e relação com o corpo e natureza. A presente oficina tem como uma das referências a pesquisa artística e o trabalho de Sallisa Rosa, a artista goiana investiga sua identidade indígena e atua com a arte como caminho a partir de experiências intuitivas ligadas à ficção, ao território, à memória, à descolonização e à natureza.


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29/09 Oficina água - MOVIMENTO DAS ÁGUAS


A partir da experimentação da técnica da aquarela iremos trabalhar o aprofundamento da materialidade da água através do uso de pigmentos orgânicos. A escolha de tais materiais vem como um caminho agroecológico em direção ao resgate de práticas ancestrais da pintura. A presente oficina tem como referência a pesquisa artística e o trabalho docente da professora Lourdes Barreto, grande referência de aquarela e pigmentos da Escola de Belas Artes da UFRJ.


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06/10 Oficina água - natureza morta: aula de desenho de observação com lixos da baia de Guanabara


A proposta surge com a intenção de desenvolver práticas interdisciplinares - agroecologia, biologia e arte - a partir do desenho como linguagem. Com o desenho de observação, serão debatidas reflexões sobre os impactos dos resíduos no meio ambiente para desenvolver um olhar crítico sobre consumismo e suas consequências. Nesta oficina utilizaremos obras do pintor guaratibense Juarez Oliveira como refêrencia. Em suas paisagens surrealistas, o artista retrata a presença do lixo no manguezal de Barra de Guaratiba.


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13/10 Oficina “Ar - Arte sonora, território, memória e alimento"


Nesta oficina será apresentado o trabalho do multiartista Novíssimo Edgar, conhecido principalmente pelo seu trabalho no Rap, onde aborda questões que tangenciam o agronegócio, consumismo e políticas de dados virtuais. Os participantes serão convidados a uma reflexão sobre os processos de produção e consumo de alimentos, e a partir deste diálogo, rememorar as paisagens sonoras das relações subjetivas com a comida.


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20/10 Oficina “Ar - O ciclo das folhas e os segredos dos ventos: compostagem e Cianotipia


A simbologia das folhas e do vento será abordada na presente oficina para relacionar de maneira interdisciplinar o ciclo de compostagem de cascas de frutas e legumes a partir da ação decompositora das folhas. O livro “Obax” será utilizado como recurso disparador de reflexões sobre questões étinico raciais e culturais a partir da árvore Baobá. Elaboramos cianotipias com ervas, tendo como referência artística o artista Felipe Nunes e sua pesquisa visual.


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27/10 Oficina fogo - criação de imagem: câmara escura


Nesta oficina abordaremos o elemento fogo como signo da potência de luz geradora de imagens, desde as sombras presentes no Mito da caverna à produção fotográfica. Teremos como referência teórica o filme “Filha Natural” Aline Mota que questiona as narrativas históricas coloniais a partir da produção de imagens antirracistas. Questionamos os estereótipos racistas presentes na história do cinema dos cartões postais. Realizaremos a criação de câmaras escuras com cabaças e a partir delas elaboramos cartões postais com imagens da agrofloresta Plantando na Moradia como forma de celebrar a memória dos quilombos e suas plantações.


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03/11 Oficina fogo - as marcas do fogo: o que fica depois?

Nesta oficina abordaremos o livro Tantas histórias indígenas de origem das coisas e do universo de Daniel Munduruku para refletir acerca da relação simbólica entre o ser humano e o fogo, a partir das cosmovisões indígenas. O elemento como agente transformador e dicotômico, nos permite trabalhar questões como as queimadas para a ampliação das fronteiras do agronegócio e destruição de territórios, mas também a cocção dos alimentos e sua potência nutritiva provedora de saúde para tantos povos. Haverá uma oficina de colagem com bordado em fotografia, referenciada no trabalho de Rosana Paulino, Doutora em Artes visuais com produção focada na posição da mulher negra na sociedade brasileira e os diversos tipos de violência sofridos decorrente do racismo e das marcas deixadas pela escravidão. Por fim, realizaremos coleta de PANC’S - Plantas alimentícias não convencionais na floresta agroecológica no Plantando na Moradia.


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10/11 criação de pintura muralista com pigmentos naturais


Nesta atividade realizaremos em coletivo uma pintura muralista com pigmentos naturais. A pintura será inspirada nos conceitos e técnicas explorados ao longo do curso. A arquitetura foi uma aliada na perpetuação da memória iconográfica dos adinkras e sua tecnologia ancestral africana. Através dos portões de nossas ruas podemos ver o ideograma Sankofa que nos convida a olharmos para trás e buscar o que ficou. Rastros de uma sabedoria ancestral que aqui reavivaremos mais uma vez através de uma outra materialidade, os muros, que hoje são bem mais comuns que os portões. Não é difícil encontrarmos grafites estampados com adinkras pela cidade do Rio de Janeiro, em diálogo com essa técnica mas entendendo os malefícios do pigmento em spray para o meio ambiente, convidamos os participantes a experienciar uma prática de pintura mural com pigmentos orgânicos. A proposta é por meio do fazer artístico, celebrar o passado presente em nós e esperançar o futuro.


17/11 Amostra "Postais para: Sankofa"


Nesta mostra serão expostos os trabalhos artísticos desenvolvidos à cada oficina no formato postal. Cada um desses postais terá como destinatário "Sankofa", como símbolo de conexão com a ancestralidade étnico racial em prol da continuidade dos saberes semeados por eles no passado e projetados através de cada um dos proponentes e participantes deste presente projeto. Enviaremos de maneira simbólica mensagens de continuidade na construção de um futuro frutífero que respeite os territórios e as comunidades que neles vivem.