Literatura
Segunda-feira a partir das 20h.
20h - sarau literário - Convidados
Via Google Meet
Primeiro dia
15/06/2020, foi o primeiro dia do Sacode que contou com a presença dos ilustres poetas e escritores, Edson Cabral e Osmar Casagrande, ambos membros da Academia Palmense de Letras.
Evento virtual realizado via Google Meet. Uma iniciativa do Núcleo de Arte e Cultura do Unicatólica.
Osmar casagrande
O dramaturgo Osmar Casagrande é natural do Estado de São Paulo e membro da Academia Palmense de Letras e da Academia Tocantinense de Letras. Advogado, ativista cultural e, ao lado da esposa e filhos, empreendedor gastronômico e cultural da Poetas & Tal Creperia. Sua obra abrange a crônica, a poesia, o teatro. É ator com participação em filmes nacionais e peças regionais.
Edson Cabral
O cronista Edson Cabral é natural de Natal-RN. Membro da Academia Palmense de Letras. Administrador, Gestor Público, Diretor de Teatro e CEO da Empresa e do Canal Taquaruçu Garden Eventos. Palestrante e produtor cultural. Sua obra abrange peças teatrais, músicas, crônicas e contos.
Preto no branco
Osmar Casagrande
Das armas
OSMAR CASAGRANDE
A arma que tenho
não a tenho; sirvo-me dela.
A arma de que me sirvo é invisível.
Branda e suave,
sua consistência é ar…
Afável – assim é a arma
da palavra que arma.
E arma castelos,
mas sobretudo pontes sobre fossos,
palácios, onde brilhe a fraternidade
prisões, onde se prenda o egoísmo
sistemas, onde a regra maior é ser feliz.
Senhor das armas,
reino absoluto no vosso mundo
e o reconstruo:
canto escuro onde arquiteto
meu poema solitário.
O BRASIL CANTA O COCO
Edson Cabral e Genésio Tocantins
O Brasil canta o coco, para do oco sair
O povo que canta o coco faz favor de me ouvir
O Brasil canta o coco, para do oco sair
O povo que canta o coco faz favor de me ouvir
Acabou a Monarquia, numa Anarquia o império envelheceu
A coroa foi passear quando a república nasceu
Crise após crise deu um grito deu um golpe
E o moderno ficou velho, velhacaria à galope
Dormiu de toca, meu Brasil quanto desleixo
Fecha essa boca, morde a língua quebra queixo
Eu to aqui por que mereço, Deus me deu inspiração
Mas não lhe dou o endereço, sou brasileiro na batida do baião
Bão bão na batida do baiã, bão na batida do baião
Refrão..
Meu canto é embolada, verso quente poesia na rima
E na rima improvisada ganho o pão de cada dia
Mas não tolero lero-lero nem vã filosofia
Não negocio nem barganho nem engano a freguesia
Da bossa nova tropicália iê-iê-iê que maravilha
Essa embolada é pra cantar outra Brasília
Um coco novo pra animar a nossa festa
Meu coco d'água apague o fogo da floresta
Mas quando eu entro no sufoco canto coco pra sair
E você que canta coco faz favor de me ouvir
Mas quando eu entro no sufoco canto coco pra sair
E você que canta coco faz favor de me ouvir
O Brasil canta o coco, para do oco sair
O povo que canta o coco faz favor de me ouvir
O Brasil canta o coco, para do oco sair
O povo que canta o coco faz favor de me ouvir
Participação dos Discentes
José Ademilson do Santos Júnior
Imortalidade
O desejo de ser imortal
A vontade de ensinar, registrar
Não se perder, mas mostrar
Representar-se além do material
Fazer isso é atingir a imortalidade
Expondo uma ideia, um pensamento
Amostras que fazem o firmamento
Gostos, culturas em toda idade
São sentimentos do instante
Produções rodeadas pela forma
No poderoso ar do eu manifestante
Feitos escritos, pintados se alçam
Obras de qualquer modo criadas
Perdas, mudanças, páginas recriadas
Tocante Tocantins
Ah! Nossa terra adorada
As grandes serras te abraça
Duas asas abertas acolhedoras
Altas e rasteiras paisagens se tem
Pelas muitas vertentes de dois rios
Beleza do Araguaia e Tocantins
Espigão mestre e tantas colinas
No limiar dos muitos recantos
Sua riqueza brilha em natureza
Similar a um grande pássaro
Ah, os pássaros de tempos
O tucano preto e amarelo
Amarelo do pequi, do alto sol
O sol na bandeira com o azul
A arara azul nas tardes e poentes
O lumiar do sol que renasce
Sobre os buritizeiros e brejos
Esquenta, esfria, molha a face
Cinza e verde em resistência
Floresce frente às insistências
Porque a raiz é forte, o lugar é forte
Ilha do Bananal ao Jalapão tão mirados
Das cidades que corroem o natural
Planeja estado! Almeja o bem maior
Das cidades “currutelanas” do interior
À capital das palmas restritas às vidas
Ainda assim plantadas, sombreiam
Seus viveiros de outrora mais belos
Ainda trazem estonteantes formas
Preservai-vos tamanhas riquezas...
Ah! Nossa terra adorada
SANDRA REGINA OLIVEIRA
Discente Unicatólica
Quem nunca precisou de um sacode?
O sacode da criança rumo aos primeiros passos, e a magia da queda do primeiro dente;
Sem falar das primeiras palavras, sempre em meio a uma multidão de gente.
A sacudida dos lençóes no varal empleno verão, que sombreia a imensidão,
Ilumina e fomenta a imaginação.
Um sacode para sair da cama e ir para escola, seguida de um sem demora.
O sacode da vida, para que partas rumo sem sonho.
Expulse o medo do fracasso e, enfim, preencha o vazio do coração.
Gabriela de Grammont Silva Spicker
Discente na Instituição
Colorida(mente)
A mente, colorida(mente)
que se joga semente
Ao pensar que se sente
ensolarada(mente)
Ao nascer, querida mente
se renova
rapida(mente)
O Sol
O sol me fez só
somente só
que só eu mesma vou saber
se o sol me toca a alma
pra saber se vou só
A luz, não me fez só
mesmo que pareça solidão
o meu sentir
me acompanha ao absorver
um novo ser
um novo sol
Poesia de Quarentena
Queria mudar o mundo
mas, olha pra que rumo
se apruma mundo
esse indivíduo sem rumo
Arruma mundo
muda o som mudo da televisão
traz música para o meu coração
muda, mundo
traz iluminação
ato de mudar em luz
e conduz o caminhar
para o ato de amar