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"É possível estabelecer diferentes pactos, sem que haja um absolutamente certo ou errado, moral ou imoral. Existem aquelas opções que são benéficas para mim, para você ou para todos nós. Observar as singularidades, respeitando a si mesmo, é o primeiro e principal caminho para se respeitar ainda mais e melhor o outro (ou a coletividade). A terapia é importante ferramenta nesse processo de aprofundamento. Acredito que apenas dessa maneira seja viável abranger a diversidade e a intrincada natureza de nossa própria essência e daqueles ao nosso redor. "
Rodrigo Collares - Psicólogo Clínico CRP 07/38828
Rodrigo Collares é um profissional cuja trajetória acadêmica destaca-se por uma coesa fusão entre as Ciências Jurídicas e Sociais e o intrincado labirinto da mente humana. Detentor de Graduação em Direito e em Psicologia, seu percurso acadêmico, ademais, é enriquecido pela reconhecida formação em Terapia do Esquema, realizado na Wainer Psicologia, em curso credenciado junto à International Society of Schema Therapy (ISST) e ao New Jersey / New York Institute of Schema Therapy - USA.
Paralelamente a essa abordagem integrativa, sistemática e estruturada, encontra-se sua afinidade com a Psicanálise, um campo de estudo que há décadas vem desvendando as camadas mais íntimas da mente e do inconsciente. Nessa linha de estudo, junto à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), realizou Especialização em Psicanálise e análise do contemporâneo, oportunidade em que estudou com importantes nomes da Psicanálise, tais como Christian Dunker, Ana Suy, Fábio Belo, Luis Cláudio Figueiredo, Daniel Kupperman, dentre tantos outros.
Nesse trilho, destacam-se ainda os dois anos (de 2020 a 2022) de experiência de estágio acadêmico supervisionado junto à Clínica Psiquiátrica São José, em Porto Alegre/RS. Nesse período fora realizada uma imersão de 20h semanais no manejo de pacientes internados com os mais variados adoecimentos mentais. Tal vivência concedeu um importante embasamento profissional para o exercício da Psicologia Clínica.
Importante destacar, também, que junto ao Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo/SP, realizou dois importantes cursos: "Neuropsicologia Hospitalar" e "Processos de Luto: o que saber para cuidar melhor".
Por fim, concluiu o curso de "Primeros Auxilios Psicológicos" junto à Univesitat Autònoma de Barcelona.
Nem todo trauma deixa marcas visíveis — e poucos são tão silenciosos quanto o trauma relacional.
19/07/2025
Muitas vezes associamos o trauma a eventos extremos ou isolados. No entanto, existe um tipo de ferida emocional que se constrói aos poucos — na repetição de experiências de desamparo, rejeição, invalidação ou medo — especialmente dentro de vínculos importantes e precoces.
Esse é o chamado trauma relacional.
Ele nasce na relação — e, justamente por isso, se manifesta também nas relações: nos vínculos afetivos, familiares… e também nos vínculos profissionais.
Pode se expressar de diferentes formas, como:
dificuldade em confiar ou se abrir;
medo constante de errar ou ser rejeitado;
urgência em agradar ou controlar;
sensação de inadequação, mesmo quando tudo parece “certo”;
padrões repetitivos de relações difíceis, injustas ou desgastantes.
Muitas vezes, quem carrega essa dor nem sabe que está ferido — apenas sente que vive em estado de alerta, sempre precisando se proteger.
Falar sobre isso é um convite à consciência.
Afinal, não existe um “botão” que desligamos ao entrar no trabalho para deixar o emocional do lado de fora. Pelo contrário: os traços do trauma relacional nos acompanham. Influenciam a forma como lideramos, cooperamos, nos comunicamos — ou evitamos conflitos.
A boa notícia é que o que foi ferido em relação também pode ser cuidado em relação.
Segurança, presença, escuta e consistência são recursos potentes de cura.
Este texto é apenas uma convocação à reflexão.
Se você se reconheceu aqui, saiba: você não está sozinho. E há caminhos.
Estafa da Compaixão e a síndrome de fim de ano: Um alerta para os profissionais da saúde
19/12/2024
Chegamos ao final do ano de 2024, uma época que nos convida à celebração, mas que também traz consigo a chamada "dezembrite": aquela sensação de cansaço acumulado, urgência em fechar pendências e o peso emocional que todo o período carrega. Para os profissionais da saúde, essa combinação pode intensificar um desafio já presente: a estafa da compaixão.
👉 Estafa da Compaixão:
O esgotamento emocional decorrente da dedicação constante ao cuidado com o outro, agravado pelo excesso de demandas e a exposição contínua ao sofrimento. No contexto de fim de ano, essa sensação - muitas vezes - é potencializada pela pressão de "dar conta de tudo" e pelo impacto emocional dos relatos que se ouve diariamente.
📌 Por que precisamos falar sobre isso agora?
O fim do ano não pausa o sofrimento de quem cuidamos.
Muitas vezes, negligenciamos nossos próprios limites para dar conta de tudo que está ao redor; de toda a urgência que é trazida.
Reconhecer esse momento é o primeiro passo para priorizar o autocuidado.
📌 Como lidar com a Dezembrite e a Estafa da Compaixão?
Pratique a pausa: aproveite pequenos momentos para respirar e reequilibrar as energias. Isso pode ser feito através de uma leitura, de uma caminhada, assistir um filme ou uma série, fazer um chamego no pet, etc. Conectar-se com o momento presente, sem a ansiedade de olhar para as horas ou dias seguintes e para o que pende de ser feito.
Reavalie prioridades: nem tudo precisa ser resolvido até 31 de dezembro, calma!
Encontre apoio: compartilhar sentimentos com colegas, amigos ou profissionais especializados ajuda muito. Partilhe mais o que sente, pode ser que ecoe em sentimentos análogos no entorno e possa haver uma ajuda recíproca.
🎯 Lembre-se: Cuidar de si mesmo não é egoísmo, é a base para continuar cuidando dos outros.
Com muita satisfação, compartilho a conclusão, como membro efetivo, de um percurso de aprendizagem e troca: o curso de "Formação em Terapia do Esquema", credenciado pelo New Jersey Institute For Schema Therapy e realizado pelo Grupo Wainer aqui em Porto Alegre.
Essa jornada foi marcada por muitos insights, crescimento pessoal e profissional ao longo de um ano e quatro meses. A Terapia do Esquema me proporcionou uma nova lente para compreender padrões comportamentais e emocionais. Sigo agora, com entusiasmo renovado, aplicando esse conhecimento e evoluindo em minha prática clínica, com o objetivo de promover mudanças duradouras e bem-estar.
Agradeço a todos os professores e colegas que fizeram parte dessa trajetória.
02/10/2024
Epigenética e Psicologia: Heranças de Nossos Antepassados 11/06/2024
Rodrigo Collares - Psicólogo Clínico
A epigenética é um campo fascinante que estuda, em síntese, mudanças na expressão gênica a partir de fatores externos. Esse fenômeno mostra como experiências de vida - como o estresse e até mesmo traumas - podem deixar marcas em nossos genes que poderão ser transmitidas às futuras gerações.
Tenho me dedicado muito ao estudo da epigenética e suas implicações na psicologia clínica, uma vez que contribui muito para que se compreenda de forma mais abrangente e profunda a complexidade dos comportamentos humanos.
Imagine que nossos antepassados enfrentaram situações de estresse intenso ou viveram em ambientes adversos. Pois bem, essas experiências podem ter ativado certos genes que os ajudaram a sobreviver nessas condições. Incrivelmente, essas ativações genéticas podem ser passadas para nós, influenciando nossa própria resposta ao estresse e nossos comportamentos cotidianos.
Estudos têm revelado, por exemplo, que filhos (ou netos) de sobreviventes de grandes traumas, podem carregar marcas epigenéticas dessas experiências. Isso não significa que estamos fadados a viver as mesmas dificuldades, mas nos ajuda muito a compreender melhor de onde vêm algumas de nossas respostas emocionais e comportamentais.
Interessante refletirmos que não somos apenas o produto de nossos próprios pensamentos e experiências, mas também das vivências de nossos antepassados. Compreender essa "costura" entre o passado e o presente pode ser muito importante para o processo de autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
Investigar como essas heranças epigenéticas moldam nossos comportamentos e emoções atuais pode abrir novas portas para intervenções terapêuticas, permitindo-nos tratar não apenas o indivíduo, mas também entender e, potencialmente, curar traumas intergeracionais. Isso é fascinante e instigante no ofício da psicologia clínica.
Neste momento difícil em que o meu Estado enfrenta uma catástrofe climática sem precedentes, é essencial refletirmos sobre a saúde mental, tanto daqueles diretamente impactados pela tragédia quanto dos voluntários e profissionais que estão se dedicando nos abrigos ou em diversas frentes.
É compreensível que em situações de emergência como essa, o foco principal esteja na segurança física e no apoio prático às vítimas. Porém, não podemos negligenciar o impacto emocional que eventos como esse podem ter em todos os envolvidos.
Para aqueles que perderam suas casas, pertences ou entes queridos, o trauma pode ser avassalador. É fundamental oferecer apoio psicológico e emocional a essas pessoas, para ajudá-las a processar suas emoções, lidar com o luto e iniciar o processo de reconstrução.
Ao mesmo tempo, também devemos reconhecer o peso emocional que os incontáveis voluntários carregam ao oferecer seu tempo e energia para ajudar os necessitados. O trabalho voluntário pode ser gratificante, mas também pode ser desgastante emocionalmente, especialmente em situações de crise.
Por isso, é essencial que cuidemos da nossa própria saúde mental enquanto nos dedicamos a ajudar os outros. Isso inclui praticar o autocuidado, estabelecer limites saudáveis, buscar apoio quando necessário e estar atento aos sinais de estresse e esgotamento.
Neste momento de união e solidariedade, vamos lembrar que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Vamos nos apoiar mutuamente e lembrar que não estamos sozinhos nesta jornada de recuperação.
Obs.: A foto que compõe esta postagem é do fotógrafo gaúcho Alexandre Raupp, cujo Instagram é @alexandreraupp_
JORNAL ZERO HORA - 01/04/2024
É com grande satisfação que compartilho minha mais recente colaboração com matéria veiculada no jornal Zero Hora de hoje. Desta vez, tive o privilégio de explorar temas envolvendo o planejamento de viagens, uma jornada que não apenas nos leva a destinos físicos, mas também nos convida a uma reflexão profunda sobre outros aspectos de nossas vidas.
ARTIGO - 11/10/2023
O luto não legitimado após a tragédia
Rodrigo Collares
Psicólogo – CRP 07/38828
Há um livro chamado “Luto por perdas não legitimadas na atualidade” (Summus, 2020) organizado pela colega Psicóloga Gabriela Casellato. Nele, se aborda o luto a partir de perspectivas pouco reconhecidas como perdas dignas de enlutamento e, como exemplo, posso citar o luto do cuidador do portador de Alzheimer, o luto na infertilidade e o luto em famílias de sujeitos que fogem aos padrões da heteronormatividade.
Ocorre que o luto é um processo que tem início em circunstâncias marcadas por perdas significativas e, nesse trilho, o impacto emocional, mesmo na ausência de um óbito, é o mesmo do que se houvesse. A dor da perda gera incertezas, embaça nosso juízo crítico e nos deixa sem saber como exatamente vamos conseguir reconstituir a “normalidade” e reconfigurar nossa vida.
Nesta tragédia que assola o Estado devido às chuvas intensas e enchentes, impossível não pensar no processo de luto e no quanto ele pode não ser legitimado, o que para o sujeito em sofrimento oferece um adicional. Há imperiosa necessidade de que sejamos empáticos e sensíveis frente aos conterrâneos que perderam suas casas – ou parte delas –, animais de estimação, fotografias, documentos e roupas. Morando provisoriamente em ginásios improvisados ou em casas emprestadas, famílias estão vivendo um luto neste momento e nos compete validar essa dor, para contribuir com o processo.
Tal reflexão é bastante relevante, pois a vida do enlutado não é fácil na sociedade contemporânea, exigindo-se força, eficiência, pragmatismo e felicidade a qualquer custo. O caminho percorrido pelo luto precisa de tempo e introspecção, na contramão de um tempo que cobra rapidez e sentimentos positivos o tempo todo.
O luto é influenciado pela complexa tessitura sociocultural que o envolve, cabendo a todos nós uma profunda reflexão para cuidarmos com atenção dos sentimentos dos gaúchos que estão fazendo, neste momento, imensuráveis esforços para reestruturar suas vidas. Os cuidados psicológicos emergem como parte desse cuidado e, repiso, mesmo que tais perdas sejam consideradas ambíguas – pois não resta claro o que exatamente está sendo perdido – envolvem aspectos significativos e relevantes para cada sujeito e, justamente por isso, levam ao luto. A falta de reconhecimento eleva, ainda mais, a imperatividade da assistência; portanto, convém que desempenhemos o nosso papel.
JORNAL ZERO HORA - 15/11/2023
No jornal Zero Hora de hoje GZH pude contribuir com uma matéria sobre o fenômeno ASMR (Autonomous Sensory Meridian Response), que - em síntese - nada mais é do que estímulos sensoriais ocasionado por sons variados, desde o barulho da chuva até uma voz suave e lenta.
Um estudo recente feito pela Universidade de Sheffield no Reino Unido apontou que o ASMR realmente pode despertar uma sensação de relaxamento nas pessoas e acarretar até mesmo a diminuição da frequência cardíaca.
Porém, na matéria veiculada em GZH de hoje, destaco que o ASMR não é benéfico para todos, sendo uma experiência bastante subjetiva e particular e, nesse trilho, aponto que nem todos irão se adaptar ou ter sensações positivas e agradáveis com a prática.
Em tempo: importante ressaltar que a busca por profissionais especializados em saúde mental é sempre a alternativa mais adequada para se lidar com questões emocionais, tais como a ansiedade, a depressão ou até mesmo a insônia.
Grato ao jornalista Christian Bueller pelo convite.
JORNAL ZERO HORA - 07/12/2023
Com a satisfação de contribuir novamente para as páginas do jornal Zero Hora, destaco, nesta ocasião, a relevância da reflexão sobre a denominada "Síndrome do Fim do Ano". No transcurso deste mês de dezembro, é imperativo dirigir nossa atenção às questões que emergem a partir das reflexões que envolvem o encerramento do ciclo anual e o advento de um novo ano.
É recorrente, durante esse período, que alguns indivíduos, ao realizar uma retrospectiva do ano transcorrido, se deparem com frustrações ou desventuras. Diante desse cenário, é imprescindível dispensar cuidado e atenção a si mesmos, evitando a armadilha das comparações desfavoráveis que surgem através das redes sociais.
Recomendo buscar apoio profissional sempre que a ansiedade ou sintomas depressivos manifestarem-se de maneira significativa, preservando assim o equilíbrio emocional e psicológico.
Capa Caderno VIDA - Jornal ZH
Matéria Caderno VIDA