Nomeadamente, os números:

5. O acolhimento e o acompanhamento das pessoas foram reconhecidos como elementos fundamentais para a vida eclesial. Estas duas atitudes devem conduzir à atenção às periferias humanas, geográficas, económicas e sociais: cada comunidade deve conhecer os pobres, os imigrantes, os refugiados e ir ao seu encontro não como um mero assistencialismo, mas com a caridade de Cristo. Além disso, seria importante a criação de gabinetes de escuta e acompanhamento, promover estruturas de acolhimento de quem aparece nas comunidades pela primeira vez, aproveitar a catequese na infância e adolescência como forma de chegar às famílias, promover e operacionalizar a visita aos doentes e às pessoas mais isoladas. 

8. As estruturas caritativas da Igreja foram alvo de particular reflexão por alguns grupos, que chamaram a atenção de que estas estruturas podem ir para além do assistencialismo orientando as pessoas, organizações e comunidades, sendo agentes do seu próprio desenvolvimento, contribuindo assim para quebrar o ciclo de pobreza e para reconhecer a dignidade inerente à condição de filhos de Deus. 

9. A Igreja é chamada a combater a pobreza e ter presente todas as suas formas: a pobreza da Terra e a escassez de recursos resultante da utilização abusiva; a enorme desigualdade de oportunidades na sociedade portuguesa e no mundo, que gera mais pobreza material e menos acesso à educação e à formação; e as pessoas em situações de precaridade – imigrantes, idosos, pessoas com deficiência, pessoas com ausência de sentido para a vida e a solidão. 

16. Dois elementos que surgem da leitura dos diversos relatórios é a necessidade de formação dos cristãos para a consciência missionária no mundo e a promoção de formação e aplicação da Doutrina Social da Igreja, pela qual os cristãos podem ser mais eficazmente uma voz profética no mundo. A índole propriamente secular dos leigos deve levá-los a ser mais eficazmente capazes de fazer a diferença no mundo. 

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