Considere-se a mesma população em situações diversas. De acordo com o agregacionismo, ou perspectiva da utilidade, a melhor situação é simplesmente aquela em que há um maior bem-estar agregado na população. Contra esta posição, podemos pensar que há formas intrinsecamente melhores de distribuir o bem-estar. Os igualitaristas (télicos) defendem que uma maior igualdade de bem-estar é intrinsecamente desejável. Os prioritaristas favorecem distribuições de bem-estar nas quais se dá prioridade àqueles que estão numa condição pior. Pode-se considerar também que uma boa distribuição de bem-estar é aquela em que cada um tem aquilo que merece.
Será a igualdade de bem-estar intrinsecamente valiosa?
Será que, quanto pior as pessoas estão, mais importa beneficiá-las?
Thomas Nagel
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