Pode parecer evidente que os factos sobre a identidade pessoal são prudencialmente importantes: faz sentido uma pessoa x preocupar-se prudencialmente com uma pessoa futura y (com o bem-estar de y) se, e apenas se, x for y. Contra esta perspectiva, Derek Parfit argumentou que a preocupação prudencial se fundamenta não na identidade pessoal , mas sobretudo na conectividade psicológica.
Os casos de fissão pessoal mostram que a identidade pessoal não é aquilo que importa prudencialmente?
Em que medida a conectividade psicológica é o fundamento da preocupação prudencial?
Derek Parfit
Parfit, Derek. 1971. Personal Identity [Identidade Pessoal]. Philosophical Review 80: 3-27.
Parfit, Derek. 2009. The Unimportance of Identity. Defining the Beginning and End of Life: Readings on Personal Identity and Bioethics, org. por John P. Lizza. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press.
Galvão, Pedro. 2020. Primeiro Diálogo de Três Diálogos sobre a Morte. Lisboa: Gradiva.
Lewis, David. 1976. Survival and identity. The Identities of Persons, org. por Amélie Rorty. Oakland, CA: University of California Press.
McMahan, Jeff. 2002. Identity, Cap. 1 de The Ethics of Killing: Problems at the Margins of Life. Oxford: Oxford University Press.
Parfit, Derek. 1984. Parte 3 de Reasons and Persons. Oxford: Clarendon Press.