O bem-estar consiste naquilo que torna a vida de um indivíduo intrinsecamente boa para ele mesmo. Em última análise, o que constitui o bem-estar? Os hedonistas consideram que este depende unicamente da qualidade da vida consciente do indivíduo; os preferencistas, por sua vez, entendem-no em termos da satisfação de certas preferências do indivíduo. Outros, objectivistas nesta matéria, pensam que o bem-estar consiste numa certa realização de certos bens objectivos na vida do indivíduo. Neste debate, há espaço para posições híbridas.
O bem-estar depende apenas da qualidade da vida consciente?
A satisfação de desejos contribui para o bem-estar?
Existem padrões de bem-estar objectivos, isto é, independentes das preferências individuais?
Shelly Kagan
Aristóteles, Ética a Nicómaco, Livro I.
Kagan, Shelly. 2009. Well-Being as Enjoying the Good. Philosophical Perspectives 23(1): 253-272.
Parfit, Derek. 1984. What Makes Someone's Life Go Best [Aquilo que Faz a Vida de uma Pessoa Correr pelo Melhor], Apêndice 1 de Reasons and Persons. Oxford: Clarendon Press.
Sumner, L. W. 1995. The Subjectivity of Welfare. Ethics 105: 764-790
Wolf, Susan. 1997. Happiness and Meaning: Two Aspects of the Good Life. Social Philosophy and Policy 14(1): 207-225.
Hurka, Thomas. 1996. Perfectionism. Oxford: Oxford University Press.
Kagan, Shelly. 1992. The Limits of Well-Being. Social Philosophy & Policy 9(2): 169-189.
Kagan, Shelly. 1994. Me and My Life. Proceedings of the Aristotelian Society 94: 309-324.
Sumner, L. W. 1999. Welfare, Happiness, and Ethics. Oxford: Clarendon Press.