Temnospondyli indeterminado

Um estranho por estas bandas

Os olhos, em geral, em posição dorsal (topo da cabeça), permitiam os temnospôndilos manterem a cabeça parcialmente submersa com olhos para fora, como fazem alguns sapos e jacarés, portanto, outra característica dos espécimes aquáticos.

FICHA TÉCNICA

Classificação: Amphibia: Temnospondyli: Stereospondylomorpha

Alimentação: Carnívora, especialmente peixes e invertebrados.

Comprimento: Adultos de até 2 metros

Peso: Mais de 40 kg

Época: Triássico Superior, aproximadamente 225 Ma (Noriano).

Distribuição:Indeterminado.

Sítios onde foram encontrados: Vila Botucaraí.

Durante o Triássico os registros de Temnospondyli são abundantes ocorrendo principalmente em associação com fácies continentais (fluviais e lacustres). Os Temnospondyli podem funcionar como indicadores de paleoambiente aquático, pois por se tratarem de anfíbios, necessitam ficar nas proximidades de corpos d’água, sem mencionar que algumas espécies (e.g. Bageherptonsp.) de focinho alongado serem comparáveis com organismos atuais que mantém uma dieta a base de peixes (piscívoria).

Embora os pesquisadores não tenham identificado a espécie encontrada no Sítio Botucaraí, os restos fósseis parecem indicar um temnospôndilo do grupo dos Mastodonsauroideos, mas novos achados são necessários para melhor elucidar estes materiais. É interessante, que os temnospôndilos diferente de outros locais no planeta eram raros no Triássico Superior do RS, e, assim como os fitossauros, seu aparecimento neste sítio sugere um maior intercâmbio entre as faunas durante o final do Triássico.


Referências:

Da-Rosa, Á.A.S. (2009) Vertebrados fósseis de Santa Maria e região, 480 p.