O novo normal

A loucura sempre foi tema de grande curiosidade e adorada pauta entre artistas, como é o caso de Machado de Assis, em seu livro O Alienista, onde fica clara a ideia de que nenhuma pessoa pode ser totalmente sã. Porém, assim como no clássico, ainda hoje as noções de normalidade e loucura são confusas, afinal, seus conceitos tendem a acompanhar o pensamento da sociedade, que muda com o tempo. Além disso, agora, após uma reviravolta mundial causada pela pandemia, novas concepções de normal estão sendo adquiridas, inclusive, adotando problemas psicológicos como tal.

Em primeira análise, é muito difícil estabelecer um conceito para loucura sem antes compará-la com o que considera-se normal. Contudo, a cada geração, ou mesmo a cada novo acontecimento que abala a humanidade, as ideias são renovadas. Um exemplo prático é o fato de que, antes da pandemia, era comum ir ao hospital sem o uso de máscara e álcool em gel, o que agora irá parecer, para muitos, algo quase insano. Apesar da mudança constante, ainda há um padrão: normal é seguir os pensamentos e ações da maioria, independente de serem bons ou ruins.

Ademais, com a pandemia e a crise econômica vivenciada nos últimos dois anos, as mudanças bruscas na vida dos brasileiros vieram a acarretar em um crescimento exponencial de doenças psicológicas, tanto pela necessidade do isolamento quanto por problemas financeiros. Ou seja, cada vez mais a exceção é ter a saúde mental em dia. Contudo, essa nova ideia de normalidade vem a ser muito perigosa por acabar, inclusive, romantizando problemas extremamente sérios, o que é bastante visível nas redes sociais. Além disso, há também, o fato de que as poucas pessoas ainda saudáveis estão começando a "buscar problemas" para tentar se encaixar nesse novo padrão.

Portanto, é de suma importância que as escolas, com apoio financeiro governamental, busquem fazer acompanhamento psicológico com os alunos, principalmente adolescentes, por estarem mais suscetíveis aos problemas mentais e a deixarem-se levar pela maioria. Além de proporcionar a identificação e melhores cuidados para com aqueles que já possuem algum transtorno, também será possível evitar que novos casos venham a surgir e que deixe-se de normalizar algo tão perigoso. Outro fator de grande influência é o controle e incentivo social para a diminuição do uso das redes sociais que,apesar de tão presentes no dia a dia da humanidade, são as principais causadoras de diversas inseguranças e de noções distorcidas da realidade, de forma que seus pontos positivos não compensam os negativos. Ensinar que ser como a maioria não é necessariamente certo ou bom é ainda uma dificuldade, mas, como dizia Raul Seixas: "A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal".



Escrito por: Erika S. Maso

Os impactos do consumismo no meio ambiente

É de conhecimento geral que as sociedades primitivas produziam apenas o suficiente para a sua sobrevivência. Foi a partir da revolução industrial do século XVIII, que a forma de produção e consumo sofreu uma significativa mudança mundial, aumentando a necessidade de comprar mais do que o necessário. No entanto, com a explosão da publicidade global e das mídias sociais, a aquisição de novos bens foi saindo do controle, levando ao consumismo exacerbado presente no século XXI.

Além da influência excessiva da publicidade e da mídia, em alguns casos, são problemas pessoais e psicológicos que levam alguém a um consumismo compulsivo e a crença de que “ter supera o ser”, implantada na mente de muitas pessoas desde a infância.

Ademais, com o dever de suprir a alta demanda de seus clientes e elevar seus lucros, as indústrias usam métodos de produção cada vez mais degradadores ao meio ambiente, retirando da natureza uma quantidade absurda de matéria-prima sem reposição correta, poluindo de forma irresponsável, o que contribui com o aquecimento global, que gera inúmeros impactos negativos para todos os seres vivos e abandonando o lixo em lugares inapropriados, especialmente em rios e mares, levando ao risco de extinção de várias espécies. Isso sem contar, é claro, todo o lixo descartado pela população, que está constantemente em busca de novos bens, sem preocupar-se com o destino do que já foi usado.

Assim sendo, é de extrema importância não só para a vida dos seres humanos, mas, também, de tudo o que habita o planeta, que tal situação seja revertida o mais rápido possível. Para que os níveis de poluição reduzam de forma considerável, é necessário oferecer uma fiscalização mais rígida nas indústrias de todos os países e um incentivo maior àquelas de reciclagem, por parte do Ministério da Indústria e outros órgãos responsáveis por isso ao redor do mundo, de forma organizada e justa, para, assim, garantir uma produção correta de bens de consumo e redução de lixo na natureza, concedendo esperança de um futuro melhor para as próximas gerações.


Escrito por: Jamile Dal Farra


As consequências dos padrões estéticos na sociedade

Foram vários os estudiosos e filósofos que tentaram, e ainda tentam, explicar o que é a beleza. Aristóteles, por exemplo, dizia que belo é tudo aquilo que possui uma certa proporção e simetria. Contudo, não há como determinar o que é bonito para cada pessoa, apesar das indústrias que vendem produtos de estética, juntamente com a mídia, buscarem impor na sociedade um determinado padrão. Além de desrespeitar os diferentes corpos, cabelos e etnias, essa necessidade de vender um estilo único de beleza acaba por desencadear diversos tipos de distúrbios psicológicos e alimentares.

Em primeira análise, é muito raro encontrar uma pessoa que esteja completamente feliz consigo mesma, pois sempre haverá, por mais ínfima que seja, alguma coisa que se gostaria de mudar. O problema está no fato de que a cada momento o grupo de insatisfeitos vai se tornando maior, por conta das redes sociais que cercam a todos e dos padrões que rapidamente vão se tornando mais e mais inalcançáveis. Sendo quase impossível fugir da influência dessa visão distorcida e generalizada do que seria beleza, as pessoas sentem necessidade de se encaixarem nessa "sociedade", mesmo quando aquilo que está sendo exaltado não se enquadre com o seu próprio biotipo, afinal cada um tem um corpo único e a natureza não segue padrões.

Por conta disso, acabam por surgir distúrbios alimentares, principalmente anorexia e bulimia, a fim de tentar obrigar o corpo a se encaixar no modelo pregado pela mídia e indústrias, ou ainda, cria-se uma falsa ideia de saúde e bem estar caso os padrões estéticos sejam seguidos. Mas, ao não se importarem com as consequências e se deixarem levar pela carência de aceitação externa, as pessoas se afundam em transtornos psicológicos também e, no fim, a última coisa que se alcança é a saúde, seja ela física ou mental.

Portanto, é de extrema importância que projetos sejam realizados nas escolas com apoio do Ministério da Educação, afinal são os jovens os mais vulneráveis. Através de debates em salas de aula abordando o assunto, além, é claro, do trabalho em redes sociais, a melhor forma de alcançar um grande público e um melhor resultado, será possível evitar que tantas pessoas sofram a “dor da beleza”, como diz Beyoncé em sua música pretty hurts.

Escrito por: Erika S. Maso

Voluntariado no Brasil: A Garantia do Altruísmo

A desigualdade social certamente não é uma novidade para o povo brasileiro, assim como a piora da insegurança financeira para muitas famílias durante a pandemia do novo Coronavírus. Com esse cenário de medo por não saber se haverá comida para o próximo dia, fica evidente a necessidade de ações voluntárias para amenizar a situação. Contudo, muitos daqueles que costumavam fazer pequenas doações, ou "se doar", hoje também fazem parte do grupo dos que precisam da ajuda, enquanto quem ainda pode ajudar normalmente fica tão cercado em seus próprios problemas, que se esquece de virar a cabeça para o próximo e fazer algum ato altruísta, por mais simples que seja.

Em primeira análise, é fácil perceber que o número de pessoas, assim como de instituições, que precisam de ajuda vêm aumentando cada vez mais, basta ligar a TV em um jornal, ou mesmo conversar com conhecidos para se chegar a essa conlusão. Com esse crescimento da miséria e do custo de vida, vem ficando cada vez mais difícil para as pessoas que antes podiam dizer estar em uma "situação financeira confortável", com tempo e economias extras que permitiam ajudar os que mais precisavam, por mais pequeno que fosse o gesto. Isso porque, agora, muitas delas precisam usar o tempo em horas extras para conseguirem se sustentar.

Contudo, certamente ainda há muitos brasileiros em condições de prestar auxílio, mas o problema está que em sua maioria essas pessoas costumam ver a carência como algo longe da sua realidade e não se incomodam em tentar fazer algo para mudar. Ou ainda, usam a desculpa de não terem como ajudar, esquecendo -ou às vezes nem sabendo- que a área do voluntariado é extremamente ampla, indo desde doação de coisas físicas, como comida ou dinheiro, até coisas imateriais, como o tempo e o conhecimento.

Portanto, é de extrema importância que o Ministério da Economia, juntamente com o Ministério da Cidadania e dos governos regionais, façam campanhas de incentivo ao voluntariado, através de redes sociais e atividades dentro de escolas, de forma a divulgar os métodos de ação (doação monetária, oficinas etc) que melhor atendem às comunidades perto de cada um, tornando mais fácil e se certificando de que a ajuda realmente chegará àqueles que dela precisam.


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Caminhos para incentivar o voto e garantir a cidadania no Brasil

A conquista da democracia representativa, que hoje caracteriza o regime político brasileiro, deriva de uma luta de décadas do povo para ter sua voz ouvida nas tomadas de decisões, mesmo que indiretamente. Apesar de ser "do povo, pelo povo e para o povo", como afirmava Abrahan Lincon, 16° presidente dos EUA, ainda há muitas pessoas, principalmente jovens, que tratam a democracia e as eleições com descaso e não buscam entender sobre política ou sobre o que está acontecendo no país, como se fosse algo chato ou desnecessário, quando o futuro do Brasil pode estar em suas mãos.

Em primeiro plano, tem-se o quanto o povo brasileiro precisou batalhar para alcançar a democracia e o direito de votar em alguém que representasse seu pensamento político e, na primeira vez que os alcançaram, não demorou muito para que uma ditadura acabasse com tudo. Mas os tempos árduos fizeram as pessoas desejarem ainda mais serem ouvidas e, novamente, lutaram em busca do regime político do povo, que se mantém até os dias de hoje. Infelizmente, talvez por nunca terem presenciado a dificuldade de outra forma de governo, muitos jovens vêm se afastando dos temas políticos, como se não fosse algo a influenciar em suas vidas, o que certamente não é verdade, porque até o preço da comida nos supermercados deriva disso.

Apesar de parecer para alguns "insignificante", esse descaso, por parte dos jovens, pode ser muito perigoso, pois como muitos costumam falar: os mais novos são o futuro do país. Ou seja, se essas pessoas não criarem interesse pelo tema, assim como um pensamento crítico principalmente na hora de escolher um representante, quem irá cuidar do país e tomar as decisões? Toda a luta do passado terá sidpor meio de debates, melhor forma de se criar críticas. Desse modo, muitos jovens poderão não apenas fazer uma decisão inteligente na hora das eleições, como também aprenderão a valorizar a democracia e, quem sabe, talvez até a gostar de política. o em vão? Afinal, quanto menos importância é dada para a discussão sobre eleições e sobre a importância da democracia para todos, mais fácil se torna de manipular essa massa que prefere a ignorância.

Portanto, é de extrema importância para o futuro do Brasil que o Ministério da Educação, através da inclusão de novas atividades nas aulas de filosofia, sociologia e história que estejam voltadas para o incentivo da preocupação com o tema político, principamente por meio de debates, melhor forma de se criar críticas. Desse modo, muitos jovens poderão não apenas fazer uma decisão inteligente na hora das eleições, como também aprenderão a valorizar a democracia e, quem sabe, talvez até a gostar de política.


Escrito por Erika S. Maso