IVID (IGNORANCE VIRUS DISEASE)

Vemos na charge, de autoria de Daniel Filho Nunes Cechin e Júlia Myanaki Cardoso, primeiramente, um homem com um celular na mão sentando em uma poltrona. Ele diz a frase “Não entendo esse medo bobo do Covid. Já encontrei com muita gente e não conheço ninguém que pegou!”. Logo atrás está o SARS-CoV-2, com braços que se projetam de forma ameaçadora até o homem — nota-se a falta de conhecimento deste em relação àquele.

Procurou-se representar o personagem numa cena bastante casual e despreocupada, a fim de mostrar sua atitude em relação à pandemia. O celular foi usado para remeter ao principal modo de divulgação de notícias falsas — por meio das redes sociais. O vírus em si foi desenhado de tal modo para enfatizar a ameaça que ele representa, podendo nos “atacar” a qualquer momento, de modo que não há como prever se ficaremos ou não doentes. Com essa pose, visa-se, também, fazer uma crítica ao pensamento reducionista quanto à pandemia já que muitas pessoas já encontraram alguém que falou com desdém da situação atual; eis uma análise para todos se identificarem.