SUSTENTABILIDADE E A RETOMADA DO ETANOL

Depois da década de 1990, marcada pela incerteza, novas perspectivas de mercado trazem um novo interesse pelo etanol brasileiro. Internamente, houve o lançamento dos veículos flex. Externamente, cresce o interesse em substituir oxigenantes da gasolina altamente poluentes, como o MTBE e o chumbo tetraetila, pelo álcool; cresce também o interesse em substituir parte da gasolina por álcool, em virtude das vantagens econômicas que isso poderia propiciar em cenários de alta nos preços do petróleo e por causa da elevada tributação que sofrem os combustíveis fósseis em alguns países. Também contribui, para esse movimento, a mobilização internacional em torno das mudanças climáticas e o desenvolvimento de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL – criado pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou sequestro de carbono).

O Brasil é, atualmente, destaque mundial no uso de energias renováveis, que representam mais de 44% da matriz energética do País. O setor sucroenergetico possui papel-chave nesta participação: os produtos da cana de açúcar são responsáveis por 15,7% de toda a oferta de energia do País.

A produção de etanol foi a solução adotada pelo Brasil para reduzir a dependência por combustíveis fosseis, desde a década de 70. Quando comparado com a gasolina, o etanol brasileiro reduz as emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE) em cerca de 90%.

Além de apresentar significativa redução de emissões quando comparado com outros combustíveis, o etanol de cana-de-açúcar também apresenta um balanço energético extremamente favorável. São mais de nove unidades de energia renovável geradas para cada unidade de energia fóssil consumida no processo.

Ao final de 2013, um total de 60 países adotam a mistura de bicombustíveis à gasolina e ao diesel.