O TREM JAMAICANO

A produção e a exportação de açúcar para o mercado europeu foram a principal atividade econômica brasileira no século XVI e começo do século XVII.

Na segunda metade do século XVII, o açúcar das primeiras colônias portuguesas começa a ser substituído pelo brasileiro no comércio mundial.

A RIQUEZA DO AÇÚCAR

Durante o Império, a exportação do açúcar rendeu ao Brasil cinco vezes mais que as divisas proporcionadas por todos os outros produtos agrícolas destinados ao mercado externo. A descoberta do ouro, no final do século XVII, nas Minas Gerais, retirou do açúcar o primeiro lugar na geração de riquezas, cuja produção se retraiu até o final do século XIX.

OS ENGENHOS CENTRAIS

O Imperador D. Pedro II promulgou, em 1857, programa de modernização da produção de açúcar. Assim, surgiram os Engenhos Centrais, que deveriam somente moer a cana e processar o açúcar. Pelo programa, a cana seria cultivada por produtores que forneceriam a matéria-prima para os engenhos. Nessa época, Cuba liderava a produção mundial de açúcar de cana com 25% do total, e o açúcar de beterraba produzido na Europa e EUA significava 36% da produção mundial. O Brasil produzia apenas 5% da produção de açúcar mundial, em 1874.

Dos 87 Engenhos Centrais concebidos, apenas 12 foram implantados. O primeiro deles, Quissamã, na região de Campos – RJ, entrou em operação em 1877. O desconhecimento dos novos equipamentos, a falta de interesse dos fornecedores, que preferiam produzir aguardente ou mesmo açúcar pelos velhos métodos, e outras dificuldades contribuíram para a derrocada dos Engenhos Centrais