Maria de Arruda Muller Patrona do Liceu Cuiabano

Maria de Arruda Müller - Foto: Divulgação/TVCA

Maria de Arruda Müller (Cuiabá, 9 de dezembro de 1898 — Cuiabá, 4 de dezembro de 2003) foi uma professora e poetisa brasileira.

Participou ativamente da história política e cultural de Cuiabá e do estado de Mato Grosso.

Às vésperas de completar 105 anos, faleceu no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, de infarto. Filha de João Pedro de Arruda e Adelina Ponce de Arruda. Neta de Generoso Ponce. A governadora interina Iraci França decretou luto oficial no estado de Mato Grosso por três dias. Foi sepultada no Cemitério da Piedade.

Professora desde os dezesseis anos, Maria Müller deixou as salas de aula aos 96 anos de idade, por razões de saúde. Começou a vida profissional como auxiliar de professora.

Generoso Ponce, seu avô e uma das grandes lideranças políticas estaduais mato-grossenses, na virada do século XIX para o século XX, a presenteava com livros, estimulando e desenvolvendo o gosto pelo estudo. Aos cinco anos já estava alfabetizada.

Primeira mulher a conquistar uma cadeira na Academia Mato-grossense de Letras, em 1930. Presidiu a LBA (Legião da Boa Vontade) durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive providenciando cuidados para com as famílias dos soldados.

Atuou na política, educação, literatura e cultura regional, sendo poetisa, com três livros publicados.

Em 2002, o Ministro da Educação entregou-lhe a comenda da Ordem Nacional do Mérito Educativo em mãos, na sua própria casa. Criada em 1955 pelo presidente Café Filho, essa comenda homenageia personalidades que prestaram serviços excepcionais à educação.

Fundou a primeira revista feminina de Mato Grosso, A Violeta. E colaborou em jornais como O Cruzeiro e A Cruz.

Casou-se em abril de 1919 com Júlio Müller, o interventor nomeado por Getúlio Vargas. No período da intervenção, fundou o Abrigo Bom Jesus, para crianças carentes, e o Abrigo dos Velhos. Em 1942, revelando seu lado de ativista feminina, fundou a Sociedade de Proteção à Maternidade e Infância de Cuiabá. Nessa época, seu marido construiu a ponte sobre o Rio Cuiabá, a estação de tratamento de água e o Colégio Estadual de Mato Grosso, o Liceu Cuiabano. Estas obras, realizadas quando se cogitava transferir a capital para Campo Grande, ajudaram a manter a posição de Cuiabá como capital do estado.


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