Under the gaze of Ulysses –
Species, words and other landscapes
a TRAVEL NOTEBOOK by Manuel Valente Alves
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Aura
“Se considerarmos a experiência das artes plásticas dos anos sessenta e depois, parece que seguiu um caminho bastante diverso daquele que foi esboçado por Benjamin: o desaparecimento da aura com a dissolução do critério de autenticidade da obra e com a transformação do autor numa espécie de operador técnico. Ora estes três elementos da arte - aura, obra e autor - sofreram transformações inesperadas. No que diz respeito à permanência na experiência da arte de uma dimensão transcendente não diversa da religiosa, pode pôr-se em dúvida se a secularização aconteceu verdadeiramente. O paradigma religioso articulado sobre as três figuras, do profeta, dos fiéis e do padre, foi considerado pertinente para explicar o paradigma artístico, articulado sobre as figuras respectivas do artista, do público e do especialista. Por outro lado, julgou-se necessária à própria sobrevivência do objecto artístico, uma atitude de 'crença' que permita afirmar a sua diferença em relação aos objectos da vida corrente. Quanto ao princípio da autenticidade da obra, não há dúvida de que ele se reforçou de forma extraordinária; com efeito, quanto mais o objecto artístico é indistinguível, como no caso dos ready made, do objecto utilitário, tanto mais deve ser certificado e garantido como único, irrepetível e dotado de uma autoridade cultural.” –– Mario Perniola, A Arte e a sua Sombra (2005)
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