CURIOSIDADES

CAPITÓLIO

Localizada entre a Serra da Canastra e o Lago de Furnas, a cidade de Capitólio possui muitos atrativos naturais. Conhecida por muitos como o “Mar de Minas”, o Lago de Furnas é o principal atrativo do município que também possui o maior número de embarcações (barcos e lanchas) do estado de Minas Gerais. Quem visita a cidade encontra um leque de atrações históricas e culturais para todos os gostos. As belezas da região são surpreendentes: cachoeiras, piscinas naturais, montanhas com trilhas fascinantes que podem ser exploradas por praticantes de trekking, mountain bike, cavalgadas, motociclismo e muitas outras modalidades do turismo de aventura.

Capitólio possui localização privilegiada pois no município a serra encontra a represa assim formando lindas paisagens. Em destaque estão os canyons e suas cachoeiras que formam o cenários incríveis e encanta que seus visitantes.

A Serra da Canastra

A Serra da Canastra tem o formato de um baú, daí a origem do nome, pois canastra é um tipo de baú antigo. São 70 km de extensão e 330 altura com cachoeiras gigantes e visuais incríveis.

Vargem Bonita - MG

Primeira cidade em que o Rio São Francisco passa pela região urbana Vargem Bonita está localizada próxima do Parque da Serra da Canastra, a cidade da acesso à principal cachoeira do parque, a Casca d'Anta. Conhecida por ser a primeira queda do Rio São Francisco, a cachoeira chega a ter queda livre aproximada de 186m, a quinta maior do Brasil e a terceira de Minas Gerais.

Outro atrativo é o próprio Rio São Francisco que possui várias corredeiras de águas cristalinas e praias em suas margens. (um convite ao banho).

O artesanato da região também é um atrativo muito procurado e é encontrado em uma simpática loja no centro da cidade (Baú das Lendas).

O Parque Nacional

Principal atrativo de toda a região o Parque Nacional da Serra da Canastra possui inúmeras atrações naturais, possui um formato que se assemelha a um baú e que em seu topo existe um grande chapadão com lindas paisagens de cerrado. Nessa região existem várias nascentes e entre elas a Nascente do Rio São Francisco.

LAGO DE FURNAS

O lago de Furnas, quatro vezes a Baía de Guanabara, abrange nos municípios que o circunda um potencial natural exuberante, formando lagos, cachoeiras, balneários e piscinas naturais que convidam para agradáveis passeios de barco, pesca esportiva ou para a prática do ecoturismo.

Os municípios banhados pelo lago, no sul de Minas Gerais, tem cerca de 500 piscicultores e uma produção anual de 5 mil toneladas de tilápia. O reservatório tem 1440km², 3500km de perímetro e banha 34 municípios.

Rio São Francisco - 10 Curiosidades

1. Em 4 outubro de 1501, o explorador italiano Américo Vespúcio recebeu autorização para fazer um levantamento do interior de nosso país. Ao deparar com um belo rio cristalino, decidiu batizá-lo com o nome de São Francisco, o santo daquele dia.

2. O rio tem 2700 km de extensão. É quase a distância entre São Paulo e João Pessoa, na Paraíba.

3. O Rio São Francisco é o maior rio inteiramente brasileiro (que nasce e morre dentro do país). Por isso, ganhou o apelido de Rio da Integração Nacional.

4. No cânion do São Francisco, entre as cidades de Paulo Afonso (BA) e Piranhas (AL), fica a maior concentração de usinas hidrelétricas do Brasil - 9 ao todo, num trecho de apenas 70 quilômetros.

5. O São Francisco corta 504 municípios em cinco Estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

6. O rio recebe água de 168 afluentes (90 na margem direita e 78 na esquerda). Entre eles, estão os rios Paraopeba, Abaeté, Jequitaí, Paracatu e Urucuia.

7. A nascente do "Velho Chico" fica em Minas Gerais, na Serra do Canastra, a 1200 metros de altitude.

8. Os habitantes das margens do rio acreditam que, nas profundezas do São Francisco, mora o "Caboclo d’água", ou "Nego d’água", que tem pelos no corpo todo, menos na cabeça. Os pescadores que não o agradam com fumo e cachaça não conseguem pescar nada, já que o caboclo afasta os peixes.

9. Outro habitante do rio é o "Mão Pelada". Ele tem a mão em carne viva e sai do rio durante a noite para beber o sangue das pessoas. Diz a lenda que o sangue da criatura cura a lepra e o reumatismo.

10. Mais uma lenda fala sobre o sono do rio. À meia noite, o rio se acalma. Se seu sono não for respeitado, enfurece e pode virar barcos e canoas, além de alagar povoados. Durante as madrugadas, as almas dos afogados vão para as estrelas, a Mãe d’água enxuga os cabelos sentada nas pedras, os peixes descansam no fundo do rio e as cobras perdem seu veneno.

Lobo Guará, o grande lobo do Cerrado

Parente dos lobos selvagens e dos cachorros domésticos, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um animal típico do Cerrado e maior canídeo da América do Sul, podendo atingir até um metro de altura e pesar 30 quilos. Além do Brasil, pode ser encontrado em regiões da Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.

Altivo, esguio e elegante, também é conhecido como lobo-de-crina, lobo-vermelho, aguará, aguaraçu e jaguaperi, todos nomes atrelados a sua bela pelagem laranja-avermelhada, que o torna um dos mais belos animais brasileiros. Na natureza, vive cerca de 15 anos. A cada gestação, que dura pouco mais de dois meses, nascem em média dois filhotes.

Apesar do porte imponente e da alcunha de “lobo”, é tímido, solitário e praticamente inofensivo, preferindo manter distância de populações humanas. Usa suas presas para se alimentar de pequenos animais, como roedores, tatus e perdizes, além de frutos variados do Cerrado, como o araticum e a lobeira (Solanum lycocarpum), alimento muito consumido pelo guará. Não é raro ver o Guará na Serra da Canastra, principalmente de manhã bem cedo e ao fim de tarde.

URUTAU, o pássaro fantasma

O urutau é uma ave de hábitos noturnos. Sua alimentação é constituída basicamente de insetos que apanha em pleno voo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros.

O urutau é tido como nobre pelos moradores rurais por simbolizar força e pela forma como se protege dos perigos e dos predadores. A ave, por seu canto, figura entre várias lendas. Segundo os sertanejos, o urutau aparece na hora em que a lua nasce e seu canto triste se assemelha a “foi, foi, foi...”. Uma lenda diz que o pássaro seria uma mulher que perdera seu amor. Por isto, ele teria o nome de pássaro-fantasma. Outros dizem que o canto da ave é um presságio ou aviso de morte de algum familiar.

Urutau, na língua Maiori, significa "adaptação", de acordo com sua facilidade de se adaptar e camuflar nos troncos de árvores.

O nome já diz tudo: uma corruptela do guarani guyra (ave) e táu (fantasma) fez "urutau", nome de uma das aves mais cultuadas na cultura do sertanejo e curiosamente pouco conhecida da maior parte do povo brasileiro.

De uma maneira geral, os urutaus são estranhos aos padrões com que estamos acostumados a conceber as aves. Trata-se, talvez, de um daqueles dilemas de estética: são feios pelos grandes e ameaçadores olhos, que se posicionam próximos à boca, colossalmente desproporcional ao bico. Ao mesmo tempo são bonitos pelo tanto de insólito que têm essas mesmas características. É uma verdadeira contradição de beleza que nos permite reavaliar nossos conceitos de beleza, ainda que na literatura sua feiúra seja quase unânime.

Se comparado com as outras espécies, esse urutau tem tamanho médio, aproximadamente uns 40 cm e peso que varia entre 150 e 190 gramas.

Arborícolas por excelência, não descem ao solo. Pousam geralmente na ponta de troncos mortos (figura 2), parecendo um prolongamento destes, mas também em posição transversal a galhos mais grossos, hábito mais reservado ao período noturno; gostam também de estipes de palmeiras mortas e mourões de cerca.

Pato-mergulhão, a raridade que a Canastra protege

Entre as 10 espécies de aves aquáticas mais ameaçadas de extinção no Brasil, de acordo com a União Mundial para a Natureza – UCN, o pato-mergulhão tem despertado o interesse de muitos pesquisadores. Rara, a espécie é encontrada em poucos locais do centro-sul do Brasil e em partes do Paraguai e Argentina. Entretanto, é a região da Serra da Canastra que abriga a maior população desse animal. A estimativa é de mais de quarenta casais.

“Como trata-se de uma espécie criticamente ameaçado de extinção e pouco conhecida, todos tem o interesse em estudar para conhecer melhor essa ave”, afirma Renata Dornelas de Andrade, bióloga e coordenadora do trabalho de campo do Programa Pato- mergulhão, pertencente à ONG Instituto Terra Brasilis. Os casais de pato-mergulhão foram avistados em áreas dos municípios de São Roque de Minas, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Capitólio, Sacramento e Vargem Bonita.

Conforme os estudos, a média é de oito filhotes de pato por casal. A família convive junto por um período de mais ou menos seis meses em cada território, que varia de cinco a oito km quadrados. Na estimativa foram considerados somente os casais adultos, com território formado, pois os filhotes, quando se tornam adultos, abandonam os pais em busca de novos espaços. Por não ser possível afirmar se todos os filhotes vão sobreviver, os descendentes não entraram na contagem.

Fauna

Os animais são uma das maiores atrações da Serra da Canastra, especialmente na área do Parque Nacional. A fauna típica da região reúne várias espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro, que podem ser vistos com relativa facilidade.

Outros bichos também ameaçados que, havendo um pouco de sorte, os turistas podem ver, são a lontra, o macaco sauá e as três maiores e mais fascinantes raridades: o tatu-canastra, o pato-mergulhão e a onça parda.

As áreas de campos e cerrados da Canastra exibem também o cachorro-do-mato, a seriema, a ema, o gavião carcará e o magnífico gavião-caboclo. Nas matas ciliares e nas fazendas, o show é do mico-estrela, dos quatis, do bonito e imponente urubu-rei, do jacu, do tucano-açu e do canário-da-terra.

A regra número um para ver os bichos é ser atento e silencioso. Ou seja, quem estiver a pé, a cavalo ou de bicicleta terá mais chances do que quem estiver de carro. Outra regra é dar preferência ao passeio no começo ou no final do dia. Por fim, há os locais estratégicos, pontos com registros de avistamento que só alguns guias e os visitantes mais experientes sabem identificar.

A maioria dos animais foge quando percebe a nossa presença. Alguns são dóceis e curiosos, permitindo uma aproximação. Nesse caso, o turista deve ficar calmo, não fazer barulho nem movimentos bruscos e não perseguir os animais. A recompensa pode ser aquela tão esperada pose para uma bela foto.

Flora

A Serra da Canastra está na região do cerrado mineiro, mas apresenta uma vegetação bem mais variada, que inclui campos, campos rupestres e florestas. O cerrado brasileiro é caracterizado por árvores de pequeno e médio porte, de cascas grossas e galhos retorcidos, bem adaptadas ao solo pobre e resistentes à seca e ao fogo.

A aparência despojada esconde uma biodiversidade impressionante.

São mais de 6 mil espécies vegetais, mais de oitocentas espécies de aves e quase duzentas espécies de mamíferos, números superiores, por exemplo, aos do Pantanal. Na Serra da Canastra, porém, o cerrado ocupa uma parte inferior à dos campos e campos rupestres (ou de altitude, localizados em áreas com altitude superior a 900 metros).

Nesses campos, a ausência de vegetação de grande porte e os contrastes do relevo formam imensas vistas panorâmicas, onde a paisagem exibe, no detalhe, imensos canteiros de flores. Nas áreas mais baixas e úmidas, formam-se os capões (matas) de formas arredondadas, com exuberante vegetação atlântica.

Todo o chapadão da serra onde está o Parque Nacional alterna essas áreas de campos e campos rupestres, com variações intermediárias que os especialistas chamam de campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além disso, há pequenos trechos de floresta e cerrado típico. Em toda essa área, um grupo de especialistas da Universidade Federal de Uberlândia já conseguiu identificar 540 espécies de plantas em apenas 4 anos de pesquisas.