Sou doutor em economia pela Toulouse School of Economics.
Meus interesses de pesquisa incluem teoria econômica, organização industrial e economia digital.
Você encontra o meu currículo lattes aqui e minha pesquisa abaixo.
Contato: luiscarlos.mat@gmail.com
Neste capítulo, mostramos que assimetrias ideológicas no compartilhamento das notícias em redes sociais são suficientes para induzir a produção de notícias polarizadas por uma firma financiada por publicidade.
Consideramos o problema de uma firma de notícias financiada por publicidade que escolhe o posicionamento ideológico de suas notícias e direciona conteúdo a consumidores que podem compartilhar essas notícias com seus seguidores em mídias sociais. Após estudar como os incentivos de compartilhamento dos consumidores são afetados tanto pela posição ideológica da notícia quanto pela distribuição ideológica de seus seguidores, estudamos a estratégia da firma na maximização da amplitude do compartilhamento e encontramos que a firma estará mais propícia à produção de notícias polarizadas quando a média (respectivamente, a variância) da distribuição ideológica dos seguidores é uma função convexa (respectivamente, côncava) da posição ideológica do consumidor.
Aqui, estudamos como diferenças na propensão a pagar dos consumidores e na desutilidade gerada nestes pela exposição a publicidade explicam os diferentes modelos de negócio adotados por plataformas de conteúdo.
Consideramos uma plataforma monopolista que provê um contínuo de conteúdo verticalmente diferenciado e estudamos o design dos contratos ótimos quando consumidores têm tipos binários. Um contrato especifica um subconjunto do conteúdo, um preço e se o consumidor estará ou não sujeito a publicidade. Distinguimos alocações 'top-down' (que determinam a qualidade mínima do conteúdo oferecido) de alocações 'bottom-up' (que determinam a qualidade máxima do conteúdo oferecido) e permitimos bundling informacional. Encontramos que o uso de publicidade pode induzir a plataforma a usar alocação 'bottom-up' para o consumidor de tipo baixo enquanto contratos por assinatura sempre usam alocações 'top-down'. Quando o consumo de conteúdo não pode ser subsidiado por um preço negativo, a plataforma pode achar ótimo oferecer um esquema freemium que, relativamente ao caso subsidiado, expande (reduz) o conteúdo ofertado em alocações 'bottom-up' (alocações 'top-down') e, portanto, aumenta (reduz) o excedente do consumidor. Finalmente, se anúncios publicitários incomodam mais aos tipos altos, a quantidade de anúncios que a plataforma mostra aos tipos baixos — para extrair mais renda informacional dos tipos altos — pode ser socialmente excessiva.
Neste capítulo, estudamos os equilíbrios que surgem da competição de firmas simétricas em redes de licenciamento de patentes. Cada firma possui uma patente e através de acordos de licenciamento uma firma pode obter permissão de uso das patentes uma das outras e com isso reduzir seu custo de produção. Após estabelecidos os acordos de licenciamento as firmas competem a la Cournot. Consideramos acordos de licenciamento que não podem especificar royalties mas apenas uma tarifa fixa e focamos em redes bilateralmente eficientes. Encontramos que a rede completa (onde todas as firmas adquirem licença de todas as patentes), que gera o resultado mais competitivo, é sempre bilateralmente eficiente. Fornecemos a caracterização completa de todos os acordos bilateralmente eficientes para o caso de três firmas simétricas. Quando as patentes são independentes, encontramos que a rede em estrela (onde todas as patentes são adquiridas por uma única firma), levando ao monopólio, nunca é bilateralmente eficiente. Em particular, quando a redução de custos gerada pela patente é grande o bastante, existe um grande contraste: embora um acordo multilateral de licenciamento permita que as firmas implementem o monopólio, a rede completa é a única rede bilateralmente eficiente. Fornecemos uma condição geral sob a qual a rede completa é o único resultado bilateralmente eficiente e o único resultado que maximiza o lucro da indústria para qualquer número de firmas. Os resultados têm claras implicações em favor do licenciamento de tarifa fixa em oposição ao licenciamento de tarifa de duas partes, incluindo royalties.