Por uma categorialidade hermenêutica adequada para a compreensão do Psychologismusstreit
Mario A. G. Porta
O relevamento do status questionis referente ao Psychologismusstreit evidencia duas carências fundamentais, a saber, a falta de uma reconstrução histórica exaustiva e de um sistema de distinções conceituais precisas que permitam ordenar adequadamente os materiais. Estas duas carências não são inconexas, pois, justamente a falta de reconstrução histórica exaustiva, intenta ser suprida com distinções e critérios classificatórios imprecisos estabelecidos simplesmente a priori, forçando assim o material “empírico” dentro deles. Nas linhas que seguem me proponho, em base a um trabalho de reconstrução pressuposto, mas que não será desenvolvido aqui, estabelecer uma série de distinções hermenêutico-categoriais que tendem a cumprir com a segunda tarefa indicada. Do que se trata é de possibilitar um ordenamento do material referente ao Psychologismusstreit em base às distinções conceitualmente precisas, mas também não arbitrárias, mas historicamente adequadas, isto é, que se aplicam sem artificialidade às situações históricas concretas, pois, surgem pela própria ordenação intrínseca natural do material abordado. Chamarei “empirismo hermenêutico” a este procedimento, e o oporei ao apriorismo hermenêutico usual.