A COVID-19 trouxe além de uma crise sanitária, impactos na saúde mental da população devido ao isolamento social e as adaptações à nova rotina, deste modo, podemos então enxergar o contexto social da pandemia de COVID-19 como um potencializador de agravamento dos adoecimentos mentais já existentes.
Segundo estatísticas da Fiocruz, ocorre um aumento no número de casos de tentativas e suicídios depois de eventos extremos, sendo assim, mais do que nunca é imprescindível o debate em torno do suicídio, como forma de prevenção e mecanismo de conscientização sobre o mesmo.
Um dos reflexos da pandemia de COVID-19 foi a imposição do distanciamento social, que pode ser árduo e inseguro para a população LGBTQIA+, tendo em vista a dificuldade que alguns têm de aceitação por parte da família, a reclusão em casa pode então gerar violência física e até psicológica, além de consequências como depressão, ansiedade e também idealização suicida. Essa realidade já se apresentou anterior à pandemia e foi aprofundada por ela.
A violência e a discriminação à população LGBTQIA+ são apontadas como alguns dos determinantes que influenciam diretamente em quadros de adoecimento mental desse grupo. Desta maneira, é fundamental que os profissionais de saúde e especificamente o profissional enfermeiro, possam atuar na prevenção de agravos e promoção da saúde desses indivíduos, levando em consideração todos os aspectos da vida dessa população e toda a realidade social na qual ela está inserida.
Neste sentido, convidamos a todos para compartilharmos saberes e vivências sobre este grande problema que afeta nossa população.