Exposição Virtual organizada pelo Núcleo de Pesquisa Dialética Exclusão/Inclusão Social (NEXIN) para o III Encontro Nacional do NEXIN: Comunidades Tradicionais e Práticas Psicossociais.
Organização: Beatriz Marques Sanchez, Flávia Roberta Busarello, Juliana Berezoschi, Cinara Brito de Oliveira, Lívia Maria Camilo dos Santos e Profa. Bader Burihan Sawaia.
Blumenau/SC
Indígena LAKLÃNÕ XOKLENG.
Manifesto contra o marco temporal.
Professora efetiva na rede municipal de Blumenau/SC. Graduada em Letras-FURB. Especialista em Ensino de Língua Portuguesa e Literatura pela UTFPR. Formada em história e cultura indígena pelo CIMI e UNILA. Escritora e pesquisadora da cultura indígena, faz palestras em escolas e universidades de Blumenau e cidades do Vale do Itajaí- SC sobre “Os povos indígenas do Brasil, do descobrimento aos tempos atuais”, "Povo Xokleng/Laklãnõ" e "Literatura indígena". 3° lugar no concurso FNLIJ/Tamoios de Novos Escritores Indígenas (2019). Participou como formadora em 2018, 2019 e 2020 pela SEMED de Blumenau na formação sobre ” Cultura indígena”, para professores de diversas áreas. É contadora de histórias e idealizadora do projeto” Acolhida na Aldeia” que tem por objetivo levar pessoas da cidade para a Terra indígena XOKLENG/LAKLÃNÕ para conhecer e vivenciar os costumes e tradições indígenas bem como desmistificar errôneos ensinamentos sobre os povos indígenas.
Porto Alegre/RS
Águas de coloração que variam entre tons densos de marrom e negro abrigam milhares de vidas e histórias no Rio Madeira, localizado no norte do Brasil. Nas comunidades ribeirinhas, os moradores vivem um tempo próprio que parece acompanhar as águas do rio. Enchente é um relato que busca percorrer um fragmento do imenso imaginário que envolve o Rio Madeira através de fotografia, linhas de costura e escrita.
Jornalista, fotógrafa e filmmaker. Graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), tendo cursado um semestre na Universidad CEU San Pablo (Madrid, 2016/1), com formação voltada ao audiovisual. Realizou o curso de dois meses de Filmmaking na New York Film Academy (2012/1). Inaugurou a série Enchente | excesso de falta (2019), com fotografias realizadas em Rondônia que contam com intervenções de costura. Também trabalhou como correspondente internacional na cobertura do julgamento do ex-presidente Lula para a rádio uruguaia La Galena. Foi repórter da Agência J, realizando pautas vinculadas aos direitos humanos e, antes disso, também foi repórter no Jornalismo B. Como diretora, realizou o videoclipe Palhaço, música de Matheus Portela; o filme publicitário "Amar é revolucionário" (2018), da Loja Afirme e o documentário "Os Estrangeiros da Vila Tronco"(2014). Foi cinegrafista na turnê "Na Sala de Estar"(2015), da banda Apanhador Só
São Paulo/SP
É um projeto de livro (em processo de finalização) com histórias de pessoas que nutrem modo de vida integrado à natureza e que há gerações desempenham papel de guardiãs da floresta. Apresenta a luta de se viver em um habitat que segue diariamente sendo ameaçado. São 14 relatos acompanhados de vídeos e fotos do cotidiano de moradores da Reserva Extrativista Lago do Cuniã, comunidade ribeirinha da Amazônia rondoniense.
Créditos do vídeo- Direção e entrevista: Mariana Molina e Thaís Espinosa | Imagens: Thaís Espinosa | Edição: Gabriela Rabaldo
OBS: Foi disponibilizado o link do site onde há maiores informações sobre o projeto e um vídeo para exibição de breve lançamento do livro.
As organizadoras Mariana Molina e Thaís Espinosa se conheceram em 2017 através do NAPRA (Núcleo de Apoio a População Ribeirinha da Amazônia). Em 2019 foram morar em Rondônia a convite do amigo Elizeu Braga, poeta e idealizador do Espaço de Cultura Arigóca, onde contribuíram ao longo desse ano.
A motivação de Mariana para este projeto começou em 2016 quando integrou equipe de extensão estudantil à pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e trabalhou na organização de um livreto com histórias de vida de moradores de cinco comunidades ribeirinhas em Manacapuru (Amazonas – BR). Ali estabeleceu vínculos com moradores locais e registrou suas narrativas. No ano seguinte, sua atuação no NAPRA, junto aos moradores de Nazaré (comunidade ribeirinha em Rondônia - BR) contribuiu para maior conhecimento em relação aos contextos históricos e culturais amazônicos. Além disso, propiciou uma atuação com sensibilidade e consistência diante de questões sociais locais. Estas vivências lhe trouxeram inspiração e aprendizados, os quais foram fundamentais no desenvolvimento do atual projeto. Graduada em Psicologia, tem exercido a escuta ativa e seus conhecimentos na formação de vínculo com a comunidade e fortalecimento de identidade social dos moradores.
Thaís, desde 2015 que vai de encontro à Porto Velho. Para ela, voltar significa se nutrir de histórias que carregam a força das águas do rio. Pouco tempo depois de terminar a graduação em Administração Pública pela FGV-SP decidiu ir morar em Rondônia pois enxergou a possibilidade de se conectar mais a essas histórias e poder, de alguma forma, retribuir os aprendizados e transformações que cada uma delas a desperta. Sempre que conseguia pegava um barco em direção às comunidades ribeirinhas. Em uma dessas idas, conversou com algumas crianças e soube que estavam há mais de meses sem aulas. “Eu quero aprender, mas não consigo”, dizia uma delas, contando que todos os dias abriam um espaço de biblioteca para tentar estudar por conta própria. Ouvir aqueles relatos e a angústia presente nos olhares de quem, mesmo percebendo seus direitos tomados, ainda nutre muitos sonhos, a impulsionou a registrar aqueles depoimentos. O resultado foi a publicação de uma matéria-denúncia divulgada com colaboração de Gabriela Rabaldo para a Agência Amazonia Real. Essa vivência a despertou para a urgência da ação, porém, aponta para a responsabilidade de agir sempre com muito cuidado, ainda mais por se tratar de um contexto do qual não vive em sua complexidade, apesar de nutrir forte vínculo afetivo. O que mais a motiva em prosseguir com esse trabalho é que as histórias não terminam no livro, elas permanecem vivas na memória e presentes no cotidiano.
São Paulo/SP
Cartografia de encontros com mulheres do Baixo Madeira (RO)
Psicóloga, Mestranda do Programa de Psicologia Social PUC-SP (NEXIN). Desde 2016 atuo em Comunidades Ribeirinhas da Amazônia de Rondônia, em uma região conhecida como Baixo Madeira. Me debruço sobre a construção da prática e produção de conhecimentos da Psicologia Social em territórios tradicionalmente ocupados, registrando meus percursos, encontros e afetos através da fotografia e da escrita.
Porto Velho/ RO
Comunidade ribeirinha da Baixada
Refletir o futuro, é também admitir o desconhecimento sobre muitos movimentos suplantados no passado; sobretudo quando nos atentamos que a história que se conta até hoje, tem como centro das "conquistas" e "méritos", homens declarados e distinguidos brancos; inclusive tidos como pioneiros e referências em lugares como a "Amazônia"; reproduzindo interesses particulares e financiando violações na devastação desses inúmeros territórios, com o apagamento das memórias ancestrais dos povos de origem, e com a invisibilização das raízes e frutos de uma "Amazônia Negra", já integrada ao meio ambiente.
"Madeira de dentro; madeira de fora", propõe uma reflexão interna sobre as inúmeras questões não enxergadas do lado de fora dessas tantas Amazônias; trazendo ao imaginário social, a vivência como uma alternativa mais saudável a noção de "propriedade" e também aos anseios de futuro, principalmente do que hoje imaginamos por Amazônia.
A série "PiXaDor" traz o contexto de uma dessas tantas Amazônias, o distrito de Nazaré, às margens do Rio Madeira; documentando a resiliência dessa comunidade na re-adaptação de seus moradores ao período pós-cheia, em 2014; que além das marcas e impactos dos alagamentos em suas vidas, passaram a ter que lidar também com as marcações (X) não justificadas do Poder Público em suas casas; tornando a rotina dessas pessoas um exaustivo enfrentamentos aos impactos do que entendemos por desenvolvimento do fora desse contexto; com a instalação de duas usinas, uma na capital de Porto Velho, outra no interior do estado de Rondônia.
Economista; Marcela Bonfim; era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido.
São Carlos/SP
Gabriel, 13 anos, morador da comunidade de Nazaré.
Baiana, atualmente resido em São Carlos-SP. Fotógrafa e graduanda em terapia ocupacional na Universidade Federal de São Carlos. Membro do Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (NAPRA) desde 2017.
Ubatuba/SP
Puri
Acrílica sobre papelão reciclado
Sobreposição de camadas de papelão
Nativa do sul de Minas Gerais, Puri, 25 anos. Artista expressando em diversas linguagens o olhar ancestral, a sabedoria viva da Terra e o auto-olhar.
Porto Velho/RO
Rotina da escola bilíngue na aldeia do povo Karitiana e aldeia karitiana á noite.
Professor da Universidade Federal de Rondônia, Dr. em Geografia Humana, membro do Coletivo Madeirista.
Morando na Amazônia há mais de vinte anos, comprometido com as populações tradicionais.
Porto Velho/RO
Mito de criação de como o mundo e as primeiras pessoas nasceram, segundo a etnia Makurap.
Psicóloga, analista Junguiana, mestre em educação, membro do Coletivo Madeirista.
Morando na Amazônia há mais de vinte anos, comprometida com as populações tradicionais.
Itajaí /SC
Obra escrita em homenagem as mulheres indígenas.
Indígena em contexto urbano autodeclarada
Atuo junto com a comunidade do meu bairro. Em hortas comunitárias. Conselho de saúde. Graduada em enfermagem, residente em saúde coletiva em Enfermagem no programa de residência multiprofissional univali.