O Triunfo do Liberalismo

Bloqueio continental – proibição imposta por Napoleão Bonaparte a todos os países europeus de fazerem comércio com os ingleses, procurando isolar e enfraquecer a economia inglesa, que eram os seus principais rivais.

Carta Constitucional – foi a segunda Constituição portuguesa, embora não tenha sido redigida ou aprovada pelas Cortes. Foi o rei D. Pedro IV que a entregou à Nação, sendo mais moderada que a Constituição de 1822, dando mais poderes ao rei.

Conspiração – revolta contra o governo, preparada secretamente.

Constituição – documento escrito com as leis gerais de um país, tais como os direitos e os deveres dos cidadãos e a organização política do Estado.

Convenção de Évora Monte – acordo de paz assinado pelos absolutistas (D. Miguel) e pelos liberais (D. Pedro IV), em 1834, pondo fim à guerra civil.

Cortes constituintes – conjunto de deputados, eleitos em dezembro de 1820, que teve como principal tarefa a elaboração da Constituição de 1822.

Exílio – saída de uma pessoa do seu país, por exemplo, por razões políticas, sendo obrigado a ir viver para o estrangeiro.

Governo provisório – governo nomeado após uma revolução e que deve governar até ser aprovada uma Constituição ou eleito um governo.

Grito de Ipiranga – segundo a tradição, foi este o grito (“independência ou morte”) que deu D. Pedro, nas margens do rio Ipiranga (Brasil), após receber a carta do pai (D. João VI) a exigir o seu regresso a Portugal, ao que desobedeceu, tornando o Brasil um país independente. Após regressar ao Rio de Janeiro, foi aclamado imperador, em 1822.

Guerra civil – guerra entre pessoas, grupos ou partidos do mesmo país.

Império – território de grandes dimensões, habitado por vários povos submetidos a um país ou cidade dominante.

Junta de Regência – constituída por cinco membros e dois secretários, sendo presidida pelo marquês de Abrantes, ficando a governar os destinos do reino, em nome do príncipe-regente D. João, exilado no Brasil.

Linhas de Torres Vedras – três linhas defensivas de 153 fortificações, completamente guarnecidas, que tinham como objetivo, impedir que os franceses conquistassem Lisboa.

Monarquia liberal (ou constitucional) – Regime monárquico em que o poder do rei assenta na Constituição, o poder executivo é exercido pelo rei e o governo, o poder legislativo é exercido pelos deputados nas Cortes, e o poder judicial é exercido nos tribunais, através dos juízes.

Mudança – alterações que se verificam na evolução das sociedades, em virtude dos impactos de determinados acontecimentos históricos ou de inovações que são introduzidas e que conduzem a novos tempos, a novas formas de viver.

Poder executivo – poder de governar com as leis, e é exercido pelo rei e pelo governo.

Poder judicial – poder de julgar quem não cumpre as leis, e é exercido pelos juízes nos tribunais.

Poder legislativo – poder de fazer leis, e é exercido pelos deputados eleitos nas Cortes (Assembleia).

Regente – aquele(a) que governa provisoriamente em nome do rei ou rainha.

Revolução - é uma mudança abrupta e duradoura no poder político ou na organização estrutural de uma determinada sociedade.

Rutura – acto ou efeito de romper, quebra ou corte de relações sociais e políticas. Por exemplo, a constituição de 1822 constitui uma rotura face à sociedade absolutista. A guerra civil é também um momento de rotura e divisão, opondo liberais e absolutistas. A mudança do regime monárquico para o regime republicano, também foi um momento de rutura, tal como o fim da ditadura e a instauração da democracia.

Sinédrio – grupo de personalidades da cidade do Porto que, através da organização de várias reuniões secretas, preparou uma revolução que aconteceu a 24 de agosto de 1820, instaurando um regime liberal em Portugal.