LÍDERES RELIGIOSOS TAMBÉM ADOECEM EMOCIONALMENTE

Eles fazem muito mais pela comunidade que lideram do que seus liderados espirituais possam imaginar. Eles e Deus sabem bem disto. Mas, o que a comunidade pode fazer por eles, além do carinho, respeito e sustento de sempre? O que eles precisam a mais que tudo isto?

Os líderes religiosos. padres, pastores, anciãos, diáconos, presbíteros, pais de santo…, sacerdotes em geral. Pessoas que lidam, escutam, orientam, aconselham, ajudam a resolver conflitos, cuidam de um rebanho de pessoas, está ligado as 24 horas do dia. E este mesmo líder também adoece, pois é um ser humano, tem problemas pessoais, em sua maioria, possuem famílias, filhos, esposas, trabalho, uma vida particular. Além dos seus próprios problemas, precisam estar à frente de uma obra onde o bem estar espiritual de diversas pessoas, com características emocionais e personalidades precisam de atenção. Diferente do que algumas pessoas sem conhecimento real deste contexto “acham”, estes líderes estão sempre diante de novos desafios, afinal, os fiéis necessitam do socorro espiritual e isso requer o desenvolvimento de habilidades emocionais, o que chamarei aqui de Assertividade e Inteligência Emocional para lidar com as pessoas em diferente situações.

Mas, mesmo com tantas habilidades, ou não, eles também estão susceptíveis ao adoecimento mental, psicológico e orgânico, afinal, são humanos e vivem em um mundo onde o estresse, a ansiedade e a depressão tem se espalhado de forma assustadora. Esses líderes precisam ter a consciência de que carecem de cuidados. Afinal, o Cuidador, precisa Ser Cuidado, para que possam permanecer realizando o chamado que tanto prezam e amam fazer: A Obra de Deus! (leia mais clicando aqui) (outros artigos e pesquisas)

LIDERADOS E FAMILIARES TAMBÉM ADOECEM EMOCIONALMENTE

As ciências psicológicas atestam que todo mundo, é, emocionalmente, enfermo. No mínimo, qualquer pessoa sofre alguma neurose, ou seja, no menor dos casos, qualquer pessoa convive com um transtorno. Um transtorno não só, muitas vezes, faz o indivíduo criar e ver dificuldades ao seu redor, maior e mais contundente que a realidade, como também impede que cada pessoa saiba conviver com tudo isto que percebe ao seu redor. Esta situação é que tem muito contribuído para que haja tanta frustração entre religiosos, pois não conseguem ver, perceber, sentir, os resultados de suas orações e dependências da divindade, segundo suas crenças.

Em número de casos menores, porém ainda mais carentes de atenção, são os que sofrem com alguma psicose ou mesmo, alguma parafilia. Nestes casos, se tratando de uma estrutura mental, as religiões tem dificuldades maiores, pois é o caso de buscar meios espirituais de converter um indivíduo com uma estrutura diferente, a comportamentos e percepções assemelhadas à estrutura psíquica mais comum, da maioria das pessoas, inclusive dentro do contexto religioso.

Isso não é parâmetro para uma pessoa demonstrar ser mais ou menos religioso, mais ou menos comprometido com sua fé. Assim, algumas religiões encontram dificuldades em seu convívio, pois passam a perder seu papel de cuidadora de almas por não compreenderem as diversidades entre seus frequentadores ao estipularem critérios de mais ou menos espirituais antes as reações e comportamentos de cada um.

Pessoas que confiam e vivem para Deus sofrem com limitações psíquicas. Na própria Bíblia e em outros livros sagrados, personagens mencionados tiveram problemas leves e graves de saúde física e emocional. Paulo, expoente importante à fé cristã, tinha saúde frágil e limitações visuais e precisava de companhia permanente de um médico e um escriba (Gl.4:20, 6:11). Também seus transtornos pessoais o levavam a comportamentos impetuosos e agressivos, muitas vezes

GRUPO TERAPÊUTICO DE LIDERANÇAS RELIGIOSAS

GRUPO TERAPÊUTICO DE RELIGIOSOS

Grupos de tratamentos semelhantes serão formados paulatinamente, facilitando a inclusão de muitas pessoas, mesmo de religiosidades diferentes, pois na abordagem da Psicologia de Espiritualidade, cada um é atendido sob o respeito às suas crenças, de tal forma que, dentro de critérios científicos, estas mesmas crenças serão utilizadas coerentemente no objetivo de promover saúde emocional ao paciente. Sendo assim, não há prejuízos na convivência terapêutica de pessoas com religiosidades diversas. Porém, enquanto os grupos não chegarem a um número mínimo, apropriado para o tratamento em grupo, os pacientes deverão ser atendidos individualmente.