Esse trabalho encontra-se em desenvolvimento.. mas não desista! Te convido a ler o que vem a seguir....
Me deparo com dificuldades quanto aos dados sobre a enchente do período (são escassos, se alguém tiver entre em contato!)
As conclusões provisórias constam a seguir....
Abaixo três imagens que refletem as primeiras tentativas de aproximações provisórias sobre os fatos.
São tentativas de explicar a vitória de Gariba em 2012, dada sua destacada atuação no enfrentamento das cheias que assolaram a cidade em 2011, controlando pela renda familiar e por dados de eleições anteriores.
Reitero que preciso de dados mais robustos para chegar a conclusões menos precárias. O que tenho para hoje são muito mais especulações do que achados.
A precariedade é ainda mais reforçada pelo fato de que esses dados são simulados (com base nas médias dos bairros) e não reais (LINK AZUL)
Nas imagens apresentadas acima o eixo Y é a votação em Gariba2012 e o eixo X muda - renda familiar segundo censo 2010, Hobus2008 e Jaílson2004 -. A cor dos pontos é dada nos três casos pelo atingimento ou não pelas cheias (os pontos azuis indicam que sim). Os critérios para construção desses dados simulados constam todos no link acima mencionado EM AZUL.
O histórico eleitoral parecem (nessa precária conclusão) ser mais explicativos do que a enchente ou a renda familiar. Essa eleição desperta interesse por ter sido a única derrota da coalizão liderada por Milton Hobus na cidade entre 2004 a 2020, ou seja, uma derrota em cinco.
Os dados provisórios indicam que essa derrota (e a vitória de Gariba) é melhor explicada por eleições anteriores do que por outros motivos.
Observe como os dados dos pleitos anteriores parece seguir alguma lógica. Já os dados de renda e atingimento das cheias parecem se concentrar de forma homogênea na votação simulada de Gariba, indicando possivelmente pouco poder explicativo.
Todos os dados foram simulados, e não representam a realidade!
Têm-se aqui muito mais o levantamento de hipóteses e respostas precárias.
Não há causalidade ou generalização possível com base nesse imputação.
Não há nenhuma conclusão ainda, os dados são totalmente incertos. O que tenho até até aqui são 99,9% de dúvidas. PRECISO DE MAIS DADOS.
Algumas semanas depois da primeira aproximação do problema vista acima, tentamos outro approach. Mudamos o foco para dados de seções eleitorais.
Com base no local de votação estipulamos, ainda subjetivamente, se aqueles que votam nesses foram ou não atingidos por cheio.
Aqui talvez esteja o maior desafio dessa aproximação ainda precária do problema, como apontar corretamente os atingidos ou não pelas cheias com base nas seções eleitorais. Se ficou curioso, veja como estabeleci essa medida clicando aqui.
Mesmo diante da precariedade dessa subjetividade, seguimos. Uma vez que houve uma melhora comparado ao início dessa análise.
Rodamos um teste que verifica o impacto dessa nova medida de atingimento de cheias controlado pelo bairro da seção através de uma regressão*. E notamos que o efeito segue estatisticamente não significante
Efeito da nova medida de atingimento de cheia e voto em Gariba em 2012.
Note como os intervalos de 'sim' e 'não' se tocam, denotando resultados não significantes
Seriam necessários dados mais exatos do atingimento de cheias, para se ter mais certeza. Não sei se tanto tempo depois as pessoas lembrariam em quem votaram em 2012.
Acredito que não.
Mas mesmo diante dessa impossibilidade, me parece plausível que alguém com mais conhecimento dos efeitos das cheias na cidade à época possa melhorar minha medida subjetiva. Admito que a mesma tem problemas, e que até aqui seguimos tendo mais dúvidas que certezas.
Os que leram até aqui veem todo um caminho para tentar compreender o problema. Caso você tenha alguma sugestão de uma medida melhor de atingimento de cheias, entre em contato.
Quem lê vê um trabalho especulativo em andamento, siga nossas redes sociais para ficar sabendo de uma nova atualização.
* para saber mais sobre regressão, busque sobre o termo na busca (lupinha) nesse site.
Jaílson de Lima, ex-prefeito do PT, derrotado por Hobus em 2004 por 144 votos(eleição mais disputada da história da cidade) se engajou fortemente nessa campanha de 2012 e foi um grande ativo para a até hoje única derrota do miltismo na cidade. Observamos acima, com dados de seções eleitorais (portanto, mais confiáveis) que há uma óbvia relação entre os padrões de relação. A correlação de 0.63 é considerada alta (quanto + perto 1, maior a relação).
Podemos dizer que até onde pudemos atingir essa união MDB/esquerda ancorada na figura de Jaílson foi o principal motivo explicador do resultado de 2012.