Partilhar o lar com o seu animal de estimação pode ser muito prazeroso, mas também pode acarretar alguns riscos, como o de contacto com parasitas, que ameaçam a saúde do animal e a de quem com ele convive!
Os parasitas mais comuns são as pulgas e as carraças (parasitas externos) e as lombrigas e as ténias (parasitas internos).
PARASITAS EXTERNOS
As pulgas vivem no pelo do animal, alimentando-se de sangue, acasalam e põem ovos. Delas advêm diversos problemas para o animal: pelo sem brilho, pele inflamada e comichão (uma reação à “saliva” do parasita), anemia, eventual transmissão de parasitas para o sangue e também dermatite alérgica à picada da pulga. Existem igualmente perigos para o homem, associados ao contacto direto com o animal ou com o seu ambiente – é que as pulgas são capazes de sobreviver em locais húmidos, como frestas da casa, carpetes e tapetes, onde depositam os ovos podendo dar reações também devido à picada destes parasitas. Cada pulga fêmea pode colocar várias centenas de ovos, os quais, num curto espaço de tempo – 21 dias – atingem o estado adulto.
Já as carraças instalam-se nas ervas e nos arbustos. Quando o animal roça na vegetação, fixam-se nas zonas de pele fina, alimentando-se do sangue. A sua mordedura pode dar origem a uma reação alérgica com vermelhidão e inchaço. No homem e nos animais pode provocar febre da carraça através da transmissão de bactérias (Rickettsias).
Perante este risco, é muito importante atuar na prevenção, desparasitando frequentemente o seu animal de estimação!
A desparasitação externa do animal deve:
– Iniciar-se entre as seis e as oito semanas de vida;
– Realizar-se ao longo de todo o ano e não apenas na primavera e verão;
– Recorrer a produtos com ação desparasitante, disponíveis na farmácia, como coleiras inseticidas, champôs, pós, sprays, solução para banho ou para unção localizada (pipetas) adequados a cada animal (idade, peso, raça).
Com especificidades próprias consoante a forma de apresentação, devem ser utilizados de acordo com o recomendado para cada produto, em cada situação. Aconselhe-se com o seu farmacêutico ou com o médico veterinário.
A desinfestação do ambiente requer:
– Aspirar os espaços mais frequentados pelo animal;
– Lavar a cama do animal com água bem quente e um pouco de detergente ou lixívia;
– Aplicar um desparasitante adequado (pó ou spray) tendo especial atenção aos locais menos acessíveis ao aspirador, como os rodapés ou atrás dos móveis e eletrodomésticos, (muitos sprays podem mesmo evitar a reinfestação por períodos que podem ir até 6 meses);
– Renovar regularmente o caixote de areia, no caso do gato, e remover dejetos do quintal ou outros espaços que o animal frequenta;
– Usar sempre luvas na limpeza do “habitat” do animal;
– Lavar as mãos após o contacto com o animal.
PARASITAS INTERNOS
Quanto aos parasitas internos, é quase sempre o contacto com fezes contaminadas que abre caminho à infestação. Quer as lombrigas, quer as ténias instalam-se no estômago e no intestino, causando no animal fraqueza e emagrecimento.
Também aqui a desparasitação é essencial, existindo medicamentos eficazes contra um ou mais tipos destes parasitas. A sua aplicação deve começar às seis semanas de vida do animal e, a partir daí, de 15 em 15 dias, até aos três meses. Depois é aconselhável que se repita a cada três ou quatro meses.
Se tem animais em casa, não hesite em procurar as nossas farmácias: aqui encontra uma equipa habilitada a aconselhar os melhores cuidados e os produtos mais adequados para a saúde e o bem-estar do seu animal.
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