Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada
19 de Novembro de 2023, domingo
COMUNICADO / CONVITE AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Cerimónia Nacional do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada
19 de Novembro de 2023, Domingo, Évora
A Liga de Associações Estrada Viva e a Associação GARE convidam a comunicação social a estar presente na cerimónia nacional que assinalará o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada de 2023, no próximo dia 19 de Novembro (3º domingo do mês), em Évora, a partir das 9h00m, conforme programa abaixo (hora de início alterada para as 9h).
OUTRAS ACÇÕES QUE ASSINALAM ESTE DIA MUNDIAL
MUBi e Estrada Viva
Lisboa, Campo Grande - 18/11, Sábado, 11 horas
Passadeira com pessoas cobertas de lençóis brancos
Porto - 18/11, Sábado - acção em passadeira
19/11, domingo, 11 horas
Marcha pelas Vítimas da Estrada, partindo da Rotunda da Boavista
(Mais info em baixo)
O espírito desta celebração, que ocorre anualmente no 3º domingo de Novembro, é de que a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida e a saúde nas estradas e ruas portuguesas significa um reconhecimento, por parte do Estado e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de desastres rodoviários. Presta também homenagem às equipas de emergência, à polícia, aos profissionais médicos e outros que diariamente lidam com as consequências traumáticas da sinistralidade
Enquadrado na Década Global de Acção para a Segurança Rodoviária 2021-2030, promovida e inaugurada recentemente pela Organização Mundial da Saúde, o tema internacional da campanha do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada deste ano é a Justiça, sob o mote geral do Dia “Lembrar, Apoiar, Agir”, considerando que “A aplicação da lei rodoviária, a investigação aprofundada após um desastre para descobrir se foi cometido um crime e para evitar a reincidência, o processo criminal e a compensação civil fazem todos parte do sistema de Justiça. Quando aplicado de forma séria, justa e consistente, tal sistema é o que as vítimas de desastres rodoviários e os seus familiares merecem e desejam, tendo sido feridos ou perdido um familiar como consequência de infração ou negligência de alguém, sistema esse que representa também um factor importante de prevenção, sendo necessário para tal que se retire lições de suas tragédias para que não se repitam.”
Continue a ler o Comunicado Estrada Viva sobre o Dia Mundial AQUI
Spot de vídeo da Estrada Viva para o Dia da Memória 2023
Cartaz e Programa da cerimónia nacional do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada 2023
Convidamo-lo a participar e a divulgar esta iniciativa.
Enquadramento do Debate “Agir no Apoio às Vítimas da Estrada”
Este debate propõe-se contribuir para a implementação de medidas e recursos de apoio psicossocial às vítimas da sinistralidade rodoviária. O ponto de partida da discussão serão as metas relacionadas com a saúde inscritas no Plano de Ação Global para a Segurança Rodoviária da OMS para a Década 2021 / 2030, a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária e a aplicação da Diretiva comunitária relativa aos direitos das vítimas de criminalidade, de 2012, naquilo que respeita à proteção das vítimas da estrada.
O número de vítimas diretas e indiretas da sinistralidade rodoviária é, pela sua amplitude e consequências, um problema gravíssimo de saúde pública. Mas nem a sociedade em geral, nem a administração pública, o sistema judicial ou o SNS reconhecem devidamente o caráter traumático da perda e do sofrimento das vítimas da estrada pela sociedade. A atual falta de proteção e apoio às vítimas da estrada contribui ainda para a vitimização secundária, acentuando a angústia e prolongando injustamente a sua dor.
Há mais de 20 anos que a ESTRADA VIVA reclama junto dos poderes legislativo, executivo, e judicial para que sejam encaradas medidas de saúde pública, nomeadamente a criação de gabinetes de crise para apoio às vítimas e famílias. Lutamos também pela concretização efectiva dos sucessivos planos de prevenção e segurança rodoviárias, pela revisão do sistema de emergência pré-hospitalar e pela redefinição das práticas de medicina de emergência, integrando nelas áreas como a da saúde mental com resposta holística ao trauma rodoviário.
O sistema de emergência pré-hospitalar foi entretanto remodelado, e há hoje uma cobertura nacional em ambulância e VMERs, e foi criada a Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE), que importa manter adequadamente. Também assinalamos, a nível hospitalar, a recente criação da Linha Verde de Trauma que importa agora consolidar. Evoluiu também o apoio aos serviços de bombeiros, com a criação das EAPS - equipas de apoio psicossocial da ANEPC, e das equipas de apoio psicossocial às forças de segurança.
Constatamos e lamentamos, no entanto, a total ausência de apoio psicossocial às vítimas e suas famílias.
Em 2021, o LNEC, num estudo realizado a pedido da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (“Technical and Scientific Foundations for the 2021-2030 Road Safety Strategy”), sublinha a urgência de “Institucionalização de uma rede de apoio às vítimas da estrada, acidentes e suas famílias, apoiados por um programa e recursos que o tornem operacional, assumindo um objetivo consagrado na PENSE 2020 que foi completamente ignorado.”
No mesmo sentido, diz o estudo preparatório da “Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2021-2030 “ (“Impacto Económico e Social da Sinistralidade Rodoviária em Portugal”, de Silva, C. M., Bravo, J. M., Gonçalves, J. CEGE - Centro de Estudos de Gestão do ISEG e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 2021) que:
“…há, no entanto, que insistir no desenvolvimento das iniciativas que permitam o reforço da segurança rodoviária em Portugal e a redução dos custos económicos e sociais da sinistralidade.
Neste domínio centramo-nos nas práticas de segurança rodoviária acolhidas no Manual de Medidas Nacionais da Comissão Europeia“ (…) com comprovada boa relação custo-eficácia ou que se revelam promissoras (…) (CE, 2010:59), nos resultados do estudo Road safety study for the interim evaluation of Policy Orientations on Road Safety 2011-2020, e na informação de suporte tratada no European Road Safety Observatory, cujos contributos sustentam as iniciativas previstas no quadro dos objetivos estratégicos nacionais e os valorizam.”
A ESTRADA VIVA associa-se também ao tema proposto pela FEVR (Federação Europeia de Vítimas da Estrada) para o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada (#WDoR 2023): “Viver com o impacto devido às consequências da sinistralidade rodoviária”. Consideramos imprescindível o reconhecimento dos direitos das vítimas da sinistralidade rodoviária, e a necessidade de promover o apoio psicossocial das vítimas, diretas e indiretas. Através do Debate que agora propomos, pretendemos criar sinergias para agir, e fazer agir, no sentido de minimizar os impactos sociais, económicos e sanitários da sinistralidade rodoviária.
OUTRAS ACÇÕES QUE ASSINALAM ESTE DIA MUNDIAL
Lisboa - 18/11, Sábado
Org: MUBi e Estrada Viva
Este ano, em Lisboa, pretendemos assinalar com um evento no dia anterior (dia 18, Sábado, às 11h da manhã, no Campo Grande): faremos uma passadeira com pessoas cobertas de lençóis brancos, numa evocação das vidas humanas que injustamente se perdem todos os anos
Escolhemos este local no Campo Grande porque foi aqui que foi atropelada uma jovem de 16 anos que atravessava a rua numa passadeira com a bicicleta pela mão. Até hoje nada foi feito para acalmar o tráfego e impedir o excesso de velocidade naquele eixo e em muitas outras “vias rápidas” criminosas dentro da cidade.
Porto
Org: MUBi e Estrada Viva
No Porto, faremos a mesma ação de sensibilização numa passadeira conforme descrita em Lisboa, no dia 18/11, perto da Câmara Municipal do Porto e também em Matosinhos, uma passadeira próxima da Câmara Municipal de Matosinhos.
No dia 19/11, pelas 11h, marcharemos pelas Vítimas da Estrada, partindo da Rotunda da Boavista e regressando à mesma.
Sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada
“As lesões causadas por acidentes de viação constituem um sério e negligenciado problema de saúde pública a nível mundial, que requer esforços concertados para uma prevenção eficaz e sustentável. De todos os sistemas com os quais temos de lidar diariamente, os sistemas de trânsito rodoviário são os mais complexos e perigosos. Estima-se que, anualmente e em todo o mundo, cerca de 1,2 milhões de pessoas morrem e 50 milhões são feridas em consequência de acidentes de viação. As projecções indicam que estes números vão aumentar em cerca de 65% nos próximos 20 anos, a menos que exista um novo empenho na prevenção. Ainda assim, a tragédia por trás destes números atrai menos a atenção dos media do que qualquer outro tipo de tragédia menos frequente.”
Organização Mundial da Saúde
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A Federação Europeia de Vítimas da Estrada – FEVR iniciou em 1995 a celebração anual do Dia Europeu em Memória das Vítimas da Estrada. Em 2002, o Sumo Pontífice Romano, o falecido Papa João Paulo II, perante o aumento exponencial do número de vítimas de desastres rodoviários no mundo, promoveu a transformação deste Dia Europeu em Dia Mundial.Em 2005, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em Resolução a adopção oficial, por aquele organismo internacional, do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada. Reconhecimento da Organização das Nações Unidas do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada e da Organização Mundial de Saúde
O Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada é celebrado anualmente no terceiro domingo do mês de Novembro (data móvel).
O espírito desta celebração é de que a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida ou a saúde nas estradas e ruas nacionais significa um reconhecimento, por parte do Estado e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de acidentes rodoviários. A morte e lesão por acidente de viação são ocorrências repentinas, violentas e traumáticas, e o seu impacto duradouro, por vezes, permanente. A cada ano, milhões de enlutados e vítimas de todo o planeta juntam-se aos muitos milhões que já sofrem em resultado de acidentes de viação.
O Dia da Memória responde, assim, à intensa necessidade sentida pelas vítimas e seus entes queridos de verem a sua perda e a sua dor publicamente reconhecidas.É já comemorado um pouco por todo o mundo e o número de países onde é celebrado tem vindo a aumentar a cada ano. Pretende-se que este dia seja adoptado pelos governos dos vários países como comemoração oficial, em sinal do seu empenho na redução da sinistralidade rodoviária.
A organização da celebração em Portugal tem sido assegurada desde 2004 pela ESTRADA VIVA – Liga contra o Trauma.
Website internacional - worlddayofremembrance.org