"Jamais nos deixem perder a esperança!"

(Pe. Bruno Sechi)
#ParaTodosVerem: Imagem do Padre Bruno Sechi com parte da comissão organizadora do evento "Especial ECA 30 anos".

Homenagem para

Pe. Bruno Sechi

Por Georgina Kalife

Era o ano de 1969, cursava o ensino médio magistério, sonhando ser professora. Como eu, outros e outras inúmero(a)s jovens, moradores da periferia, filhos da classe trabalhadora, sonhavam também e escutavam sem entender muito, notícias sobre a conjuntura política da época. Frequentamos a missa aos domingos e recebemos o convite para participar da Missa da Juventude na Escola Salesiana do Trabalho, era as dez horas da manhã; missa da juventude tendo como atração, um grupo de jovens que tocavam suas guitarras e faziam os sons mais loucos da juventude. Após a missa, tínhamos encontros de reflexão sobre o evangelho do dia e éramos desafiados a colocar em prática aqueles ensinamentos. Conhecer a realidade era o desafio, quem era o Cristo? quem era o próximo? cujo mandamento do evangelho recomendava, Amai ao próximo como a ti mesmo. Essa a origem do grupo chamado Movimento de Jovens Idealistas e Conscientizados – MOJICO- sob a liderança de um jovem padre salesiano chamado Bruno Sechi, que tinha em D. Bosco, fundador da ordem salesiana, sua inspiração, baseada em afeto, razão e espiritualidade. A missa da juventude foi a forma de atração dos jovens para um engajamento social e político que, a partir da reflexão do Evangelho, também estudava Marx, e assim crescia em nós a vontade de mudar o mundo, de intervir na realidade com humanismo e bondade. É nessa perspectiva que se cria o Restaurante do Pequeno Vendedor no Ver o Peso atraindo os trabalhadores infantis para uma ação de socialização e entretenimento. E então, continuando os encontros espirituais se estudava e refletia sobre a prática, no método Ver, Julgar e Agir, com estudos de Paulo Freire sobre a Pedagogia do Oprimido, sobre Eduardo Galeano e suas Veias Abertas da América Latina e documentos da Igreja Católica sobre a Teologia da Libertação. Fizemos, os jovens, experiências de Alfabetização de Adultos com base nos cadernos das Comunidades Eclesiais de Base e esse grupo foi se transformando num Movimento de Jovens, que se renovam continuamente, fazendo experiências de vida, experiências de vivências em comunidade aplicando o princípio da partilha, como nas comunidades cristãs. “ e todos repartiam o pão, e não havia necessitados entre eles” e entendendo a conjuntura e a necessidade de lutar pela transformação, de lutar pelos direitos de crianças, adolescentes e jovens fomos respondendo às necessidades surgidas no cotidiano da inserção na realidade de vida das crianças e adolescentes que trabalhavam na rua para obter seu sustento e de suas famílias. Durante esse processo, aprendemos que era necessário muito mais que nossas ações para mudar a situação de pobreza e abandono daquelas crianças, pois não bastava orientá-las, dar-lhes comida e educação se a situação de miséria de suas famílias era permanente. Ampliam-se as metas, era preciso lutar para transformar e isso chamava por mais pessoas, é quando inicia-se o projeto da Campanha de Emaús na perspectiva de envolver e sensibilizar toda a sociedade para um compromisso coletivo, um compromisso de partilha, e se cria o lema que até os dias atuais orienta nossas ações. Por uma solidariedade que transforme, e o símbolo dos dois discípulos que caminham rumo a Emaús junto com Cristo e que só o reconhecem no repartir do pão, se torna a marca que devemos continuar a defender, a praticar, reconhecer no próximo que caminha ao nosso lado, a pessoa de Jesus, e assim amá-lo. Defender direitos exigia ação jurídica e cria-se o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente e aplicando as concepções de educação libertadora se faz a experiência da Escola Cidade de Emaús. Esses jovens do movimento dos anos 70,80,90,2000 até 2020, tem garantido a continuidade dessa obra que procura promover, garantir e defender os direitos de crianças, adolescentes e jovens numa perspectiva de libertação, não de alguém libertando de fora, mas de todo um processo de busca desenvolvido pelos próprios sujeitos ao refletir sobre sua própria situação, seu próprio mundo. Este o legado deixado pelo Padre Bruno Sechi ao longo desses cinquenta anos de lutas e conquistas no rumo de uma sociedade mais justa, mais humana e solidária. Seremos fiéis Padre Bruno, sua estrela nos guiará.

Texto: Georgina Kalife

#ParaTodosVerem: Imagem de fundo amarelo com traços brancos. Por cima, acompanha a escrita “ECA 30 anos: em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes”. Ademais, constam também, por cima da imagem de fundo, quatro pequenas imagens: a primeira mostra um livro aberto, com uma balança de equilíbrio de peso em cima do livro; a segunda imagem mostra quatro crianças desenhadas se abraçando; a terceira imagem mostra três quadrados, um em cima de dois, tendo dentro deles as formas geométricas, triangulo, circulo e hexágono; por fim, a quarta imagem mostra um desenho de uma criança negra, de cabelo longo, com camisa vermelha e bermuda azul.

Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente

"Especial ECA 30 anos: em defesa dos direitos das Crianças e Adolescentes" tem por objetivo refletir sobre as contribuições do Estatuto da Criança e Adolescentes no Brasil.

A Constituição Federal de 1988 estabelece os direitos fundamentais da criança e adolescente, conferindo à família, ao Estado e a sociedade o dever de proteção integral a eles, assim surge o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Lei n. 8.69/1990 como um marco histórico legal e regulatório na promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil. Promulgado em 1990. O Estatuto traz importantes avanços e conquistas no âmbito das formulações de políticas públicas sociais básicas, como saúde, educação, assim como proporcionou a criação de instituições como os Conselhos de Direitos e os Conselhos Tutelares, como órgãos de proteção dos direitos de crianças e adolescentes, que são representados tanto da sociedade civil como do Estado. Com a promulgação do ECA, revogou-se o Código de Menores, cujo sistema era baseado em sanções, alterando a forma de defesa da criança e do adolescente, focando na proteção integral deles.

Com a promulgação do ECA a criança e adolescente passaram a serem vistos como sujeitos de direitos, o que impõe pensar em ações que assegurem a estes, prioridade absoluta na garantia de direitos e proteção.

O ECA é considerado uma das legislações mais completa e avançadas do mundo, mas ainda são muitos os desafios a serem enfrentados, como o trabalho infantil, a violência e abusos que ainda são entraves para a implementação deste Estatuto.

No cenário que nos impõe a pandemia pelo Covid-19 torna-se também urgente refletirmos sobre a importância do ECA no enfrentamento da vulnerabilidade social que estão submetidas uma grande parcela de crianças e adolescente no Brasil.

Texto por: Coordenação do Curso SGD

#ParaTodosVerem: a imagem com fundo amarelo possui uma tela de computador n o centro, com um foto de pessoas expondo trabalhos. Em cima da tela, temos um informativo com o nome do evento. Em baixo, a informação “venha conferir a exposição de trabalhos acadêmicos!”. Por fim, em baixo, as imagens dos órgãos responsáveis pelo evento.

"Especial ECA 30 anos: em defesa dos direitos das Crianças e Adolescentes" tem por objetivo refletir sobre as contribuições do Estatuto da Criança e Adolescentes no Brasil.

A Constituição Federal de 1988 estabelece os direitos fundamentais da criança e adolescente, conferindo à família, ao Estado e a sociedade o dever de proteção integral a eles, assim surge o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Lei n. 8.69/1990 como um marco histórico legal e regulatório na promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil. Promulgado em 1990. O Estatuto traz importantes avanços e conquistas no âmbito das formulações de políticas públicas sociais básicas, como saúde, educação, assim como proporcionou a criação de instituições como os Conselhos de Direitos e os Conselhos Tutelares, como órgãos de proteção dos direitos de crianças e adolescentes, que são representados tanto da sociedade civil como do Estado. Com a promulgação do ECA, revogou-se o Código de Menores, cujo sistema era baseado em sanções, alterando a forma de defesa da criança e do adolescente, focando na proteção integral deles.

Com a promulgação do ECA a criança e adolescente passaram a serem vistos como sujeitos de direitos, o que impõe pensar em ações que assegurem a estes, prioridade absoluta na garantia de direitos e proteção.

O ECA é considerado uma das legislações mais completa e avançadas do mundo, mas ainda são muitos os desafios a serem enfrentados, como o trabalho infantil, a violência e abusos que ainda são entraves para a implementação deste Estatuto.

No cenário que nos impõe a pandemia pelo Covid-19 torna-se também urgente refletirmos sobre a importância do ECA no enfrentamento da vulnerabilidade social que estão submetidas uma grande parcela de crianças e adolescente no Brasil.

Texto por: Coordenação do Curso SGD

#ParaTodosVerem: Imagem do personagem Epaminondas.
Vídeo do Epaminondas
#ParaTodosVerem: Imagem com o banner "Especial ECA 30 anos: em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes" e com a data e a horário do evento. Abaixo do banner, temos as imagens e os nomes de todos os palestrantes do evento. Na barra da imagem, temos os links do site, do site de inscrição e de transmissão do evento.
#ParaTodosVerem: Imagem com o banner "Especial ECA 30 anos: em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes" e com a data e a horário do evento. Abaixo do banner, temos as imagens e os nomes de todas as atrações culturais do evento. Na barra da imagem, temos os links do site, do site de inscrição e de transmissão do evento.
LFC - ELIZÂNGELA - IRUPÉ_1440p.mp4

Você já conhece o Projeto IRUPÉ?

A assistente social, Elizângela Neves, explica no vídeo rapidamente sobre esse projeto realizado na organização social Lar Fabiano de Cristo, que acompanha famílias em situação de risco e vulnerabilidade social nas regiões do Guamá e da Terra Firme em Belém do Pará. A Elizângela é uma das convidadas do nosso evento e também 11 adolescentes desse projeto farão uma participação especial no dia. Clique aqui para conhecer mais sobre os outros convidados também.

Confira os participantes do nosso evento!

Veja aqui os palestrantes confirmados e as atrações culturais que enriquecerão o nosso evento.

Visite nossa programação completa!

Veja aqui como será a organização no dia do evento.

Veja os materiais disponíveis!

Aqui disponibilizamos alguns materiais para download.

#ParaTodosVerem: símbolo da Especialização em Sistema de Garantias de Direitos da criança e do adolescente (ICED/UFPA).

Sobre o Curso de Especialização em Sistema de Garantia de Direitos da criança e do Adolescente

O Curso de Especialização em Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes (SGDCA) vinculado ao Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal (ICED/UFPA), vem desde 2013 capacitando profissionais das diferentes áreas do conhecimento que atuam diretamente no Sistema de Garantia de Direitos da Criança e Adolescente.

O Curso tem por objetivo o fortalecimento do papel social e instrumentalizar os agentes sociais integrantes dos órgãos públicos de acompanhamento de instituições da sociedade civil que exercem o controle social das políticas publicas, visando o fortalecimento da rede de proteção social em sintonia com os pressupostos do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes (SGD) da Amazônia paraense visando à transformação social.

Assim, neste ano em que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) completa 30 anos de sua promulgação em 1990, o Curso de Especialização realiza o evento "Especial ECA anos: em defesa dos direitos das crianças e adolescentes" cuja proposta é um convite a reflexão sobre as contribuições do ECA no cenário brasileiro e da Amazônia paraense, sob os diversos olhares dos sujeitos e instituições que fazem parte do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Muitos desafios são impostos na atuação para a promoção e efetivação do ECA no cenário brasileiro, tendo em vista a diversidade de cenários e contextos que vivenciam crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, o que nos impõe refletir e trazer elementos para avançarmos na consolidação do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes. Este é o compromisso que o Curso de Especialização lança para todos/as!

Um excelente Evento para todos/as!


Coordenação do Curso SGD