Redação por Branca Fox
Fotos por Haru
Edição por Kize Bohs
Confira abaixo a entrevista exclusiva com os responsáveis da cidade RUA2 para a ELLU, eles nos contam sobre o processo para abertura da cidade, desenvolvimento de lore e novidades.
ELLU: Vocês podem nos contar sobre a trajetória de vocês no desenvolvimento do RUA2? Como foi o início e quais desafios enfrentaram ao longo do caminho?
Vihhs: Acredito que o R2 nunca acabou de verdade; sempre soubemos que retornaríamos a ele em algum momento. Como uma história sem fim, você sabe que tem mais por vir. Nesses dois anos em que ficamos fechados, ele sempre foi uma presença constante em nossas conversas, mas nunca achávamos que estávamos prontos para o que o projeto merecia. Então, foi um processo de aprimoramento constante até sabermos que era a hora certa. Isso aconteceu depois de vivenciar e experimentar diversos conceitos e realidades de roleplay, como Conan, DayZ e RedM. Notamos que estava na hora no começo deste ano, após muito debater e entender o espaço que havia no cenário atual. Chegamos à conclusão de que o caminho para o novo RUA DOIS era através da diversidade. E aí surge nosso primeiro problema: não queríamos uma equipe de pessoas que tivessem as mesmas opiniões e conceitos; queríamos que toda a comunidade, ou a maior parte dela, estivesse representada ali. Assim, poderíamos entender quais são suas reais necessidades. Acho que esse foi o nosso maior desafio: encontrar as pessoas certas, que, além de contribuírem com suas vivências, também pudessem contribuir com suas competências. E assim, nesses últimos meses, junto de pessoas maravilhosas, conseguimos elencar os possíveis problemas que poderíamos ter ao unir comunidades tão diversas. Dessa forma, nos prevenimos tanto com o desenvolvimento de scripts quanto na criação de uma cultura que abrace a todos.
ELLU: Além de serem os donos, vocês também são os desenvolvedores. Como essa dupla função influencia na forma como vocês administram o projeto?
Fly: Como entendemos bem o funcionamento dos sistemas, conseguimos ser mais assertivos e eficientes. Combinando esse conhecimento técnico com a noção do que está acontecendo no servidor, podemos resolver problemas antes que eles apareçam. Além disso, quando surgem novas demandas, seja de jogadores ou da equipe administrativa, conseguimos avaliar a melhor forma de atendê-las, o que faz com que tarefas que poderiam levar semanas sejam concluídas em dias ou horas.
ELLU: O que vocês esperam que os jogadores sintam ao entrar no RUA2?
Nini: Espero que eles se sintam bem, que se sintam em um lugar seguro, um lugar... Sinceramente? Quero que estejam em casa. Não aquele lugar de concreto com paredes e tudo mais, mas aquele lugar onde você vai quando tudo está mal.
ELLU: Quais são as suas principais metas para o futuro do servidor?
Nini: Reconciliar e aproximar essas comunidades.
ELLU: O que motivou vocês a criar a divisão entre Distrito Norte e Distrito Sul, com estilos de jogo distintos?
Fly: A ideia surgiu da vontade de atender às necessidades de ambos os públicos.
ELLU: Como a comunidade pode esperar ser surpreendida por vocês em termos de novidades e inovações no servidor?
Lucas: Estamos empenhados em trazer inovações tanto técnicas quanto administrativas. Quando falo em inovações administrativas, me refiro, por exemplo, à criação de uma equipe de atendimento ao cliente que visa conectar os jogadores ao servidor de uma forma mais humanizada. Nosso objetivo é evitar respostas automatizadas, focando em realmente resolver os problemas de forma eficaz e atenciosa. No aspecto técnico, a comunidade pode esperar uma cidade com um ecossistema exclusivo, desenvolvido por nossa equipe. Todos os sistemas foram projetados para se integrarem, proporcionando uma experiência única e agradável para os jogadores.
ELLU: Qual o objetivo principal ao criar uma cidade reformulada como o RUA2? O que vocês sentiram que estava faltando no cenário de RP atual?
Nini: Percebemos que uma comunidade que antes era unida acabou se perdendo devido à falta de compreensão de muitas cidades, que, ao invés de resolverem os problemas de forma real, segregaram as comunidades. Acreditamos que essa reunião de grupos pode trazer mais diversidade, complexidade e entretenimento ao cenário.
ELLU: O projeto enfatiza bastante a diversidade. Como isso se reflete na forma como vocês conduzem a cidade e na composição da comunidade?
Vihhs: Isso sempre será uma via de mão dupla, assim como imprimimos regras a comunidade a mesma devolve suas expectativas e necessidades. Essa troca é justamente o nosso maior trabalho, afinal, queremos, juntos, chegar na equação que melhor defina o convívio e funcionamento da cidade. Em resumo, não pretendemos fazer isso sozinhos e não nos colocamos fora da comunidade, e é por isso que a diversidade na equipe é tão importante. A cidade será construída por todos e para todos.
ELLU: Vocês mencionam que o RUA2 visa criar um ambiente acolhedor. Quais iniciativas tomarão para garantir que todos os jogadores se sintam em casa?
Vihhs: Acredito que o principal ponto está na proteção e garantia das necessidades individuais de todos, fazendo isso em conjunto com os players e levando como guias a responsabilidade e a transparência. Dessa forma o projeto passa a não ser mais nosso e sim de todos. Como forma de garantir essa proteção temos os scripts, regras e a moderação de modo geral. Além disso, existe uma equipe inteiramente dedicada em ouvir e entender os jogadores, entender seus medos e expectativas. Falando nisso, pretendemos ter uma equipe bastante extensa, pois acreditamos que para dar o melhor suporte possível todos devem ter seus papéis bem definidos, isso inclui a equipe que citei, que terá como ÚNICA função colher feedbacks e repassá-los à gestão.
ELLU: O que o jogador pode esperar da equipe de suporte? Como vocês irão lidar com as necessidades e demandas dos jogadores?
Vihhs: Como mencionei anteriormente, teremos uma equipe bastante extensa, o que garantirá agilidade e assertividade nas respostas e soluções. O setor do suporte está dividido da seguinte forma:
FAQ: Responsável por acolher e coletar feedbacks dos jogadores, entendendo o que está funcionando bem e o que pode ser melhorado.
Discord: Encarregada dos atendimentos gerais via tickets, tirando dúvidas e resolvendo problemas fora do jogo.
Game: Oferece suporte imediato dentro do jogo, lidando com problemas emergenciais que exigem intervenção direta da staff, além de monitorar o roleplay que está sendo realizado. Denúncia: Composta por representantes de todas as outras equipes, esta equipe será responsável por resolver qualquer tipo de denúncia que possa surgir. Vale lembrar que estamos falando apenas do setor de suporte e suas equipes.
Além desse setor, contamos também com as áreas: Norte, Sul, Desenvolvimento, Financeiro/Jurídico e Marketing, cada uma delas com pelo menos duas equipes
ELLU: Como a equipe está preparada para fornecer um suporte ativo e eficaz dentro do servidor?
Fly: Buscamos selecionar as melhores pessoas para essas funções, sempre priorizando pessoas experientes e comprometidas. Além disso, realizamos reuniões semanais para alinhar processos e desenvolver novas estratégias. A equipe também segue um conjunto de regras de conduta, que garantem um atendimento adequado e respeitoso ao jogador, assegurando que seus problemas sejam tratados com a devida atenção e profissionalismo.
ELLU: Sobre a programação da cidade, vocês podem falar um pouco sobre como está sendo o trabalho de vocês? O que vamos ter de diferente na cidade em termos de scripts e programação?
Lucas: Antes de falar sobre o trabalho em si, é essencial destacar a equipe de desenvolvimento, pois as pessoas que estão conosco merecem ser mencionadas. Além de nós, contamos com a Mandy e a Isa, que são nossas desenvolvedoras de roupas; o Hiro, responsável pelo desenvolvimento back-end; o PedrinAllen, nosso designer gráfico; o Kauan, que cuida do desenvolvimento de carros; e o Caetano, que é responsável pelos nossos vídeos, além de muitos outros colaboradores que participaram dessa jornada. Quanto ao trabalho, está sendo uma experiência muito gratificante. Nossa equipe já está unida há bastante tempo, o que nos permite uma dinâmica muito eficiente no desenvolvimento. Em termos de scripts e programação, teremos um sistema de migração de personagens, onde será possível importar seu personagem de forma automática. Também teremos um tablet exclusivo para o roleplay universitário, entre muitas outras novidades que, por enquanto, não podemos revelar [risos]!
ELLU: Vocês todos trabalham nesse aspecto ou apenas um de vocês? Como funciona a divisão de tarefas para ajustar os aspectos da cidade? Cada um fica responsável por algo específico?
Lucas: Todos nós trabalhamos nesse aspecto, sendo que cada um é desenvolvedor em uma área específica. O Fly e o Vihhs são responsáveis pela modelagem 3D, enquanto eu e o Kvini somos desenvolvedores full-stack. Dividimos o desenvolvimento do servidor em duplas, focando em diferentes partes (3D e scripts). No que diz respeito às funções administrativas, tratamos tudo junto. Discutimos sobre as prioridades e o que deve ser ajustado, e então, cada um toma a responsabilidade da sua área, sempre mantendo a comunicação para garantir que o resultado final seja coerente e funcional.
ELLU: Sobre os mapas, eu notei uma grande variedade. Gostaria de saber um pouco sobre as escolhas, pois, além de ser um diferencial termos essa divisão entre norte e sul, como vocês conseguiram criar uma ambientação para que ambos os lados tivessem locais, histórias, e experiências únicas para viver e presenciar?
Fly: Procuramos entender quais eram os mapas que melhor trariam usabilidade, tanto do ponto de vista do roleplay, quanto da performance. No Norte, optamos por criar uma cidade universitária com festas, eventos e locais como campus esportivo, parques e locais de lazer, como boliche e outros estabelecimentos. No Sul, focamos em trazer mapas otimizados, porém, que não comprometessem a diversão do jogador. Optamos por mapas menores e mais otimizados, visando um melhor desempenho, mas sem abrir mão da diversão.
Entrevista por Branca Fox
Fotos por Haru
Edição por Kize Bohs