Entrevista por Klaus Blackwell
Fotos por Luca Parrilla e Madison Montgomery
Edição por Luanna Pompom e Kize Bohs
Confira abaixo a entrevista exclusiva com a equipe da Viper Couture para a ELLU, eles nos contam que estão se preparando para um evento que acontecerá ainda esse ano.
ELLU: Como foi a criação da loja Viper Couture? Como foi a escolha do nome e da logo inicial? Qual foi a estética que vocês trouxeram logo no início para se tornar o que é hoje?
Madison: A Viper Couture surgiu após um momento bastante embaraçoso na minha vida pessoal. Estava com o coração partido e muito insegura, mas precisava transformar esses sentimentos negativos em algo benéfico para mim. Então, em vez de chorar e me questionar, decidi criar uma distração. O que antes era um hobby, acabou se transformando em uma "revolução fashionista" no FiveMundo. O nome "VIPER" foi uma ideia da Paty, que se encaixou perfeitamente na época. Eu, Madison, era considerada falsa, manipuladora, e outros adjetivos; inclusive, me chamavam de "cobra". Então, o nome se encaixou como uma luva. O "COUTURE" veio quando eu estava assistindo "Legendary" da HBO, e havia uma house que tinha esse nome. Decidi, então, adicioná-lo ao Viper. No início, não havia muitas expectativas de sucesso, mas eu queria ter um bom começo. Assim surgiu a "First Impact", uma coleção mais sensual, levemente puxada para o grunge, totalmente diferente do que estávamos habituados a ver. E o resto se tornou história...
ELLU: Quando vocês estão montando as estéticas das próximas coleções, como funciona? Vocês se reúnem e fazem um camping de 1 mês em call? Como funcionam as ideias e como chegam a um consenso sobre qual estética seguir?
Patricia: Somos bem práticos e objetivos na hora do planejamento, talvez por conta da boa sinergia que temos e gostos similares. Nosso processo é bem parecido com o das demais grifes de moda. Debatemos o tema até escolher o que está mais em alta e começamos a montar nosso quadro de inspirações. Logo depois, iniciamos os processos de criação, apresentando os protótipos em todas as suas etapas, até que, por fim, decidimos a paleta de cores, tecidos e estampas.
ELLU: A Viper, hoje em dia, se tornou uma referência em todo o nosso cenário FiveM. Queria saber como vocês se sentem em relação à evolução. Vocês já se imaginavam tendo essa força incrível que têm hoje?
Malik: É incrível ver como a Viper Couture evoluiu e se tornou uma referência no cenário FiveM. Desde o início, sempre tivemos uma grande paixão por criar peças de roupas que refletissem estilo e personalidade, mas ver o quanto crescemos e a força que adquirimos no cenário nacional e internacional é realmente gratificante. Nunca imaginamos alcançar esse nível de reconhecimento tão rapidamente, mas sempre tivemos a ambição de fazer algo diferente e de qualidade.
ELLU: Nos últimos eventos dessa nova coleção Armageddon, ficamos sabendo que aconteceram alguns problemas no evento, como atrasos e adiamentos para outros dias. Conte para a gente um pouco sobre esses acontecimentos.
Madison: Acho que imprevistos acontecem o tempo todo, e aconteceram em eventos passados também. Nesta última coleção, houve muitos, kkkk. Essa coleção foi a nossa favorita, tínhamos um grande planejamento de divulgação, mas houve uma sequência de erros. Primeiro, a nossa música original ("VIPER") não foi aceita a tempo no Spotify, depois vieram grandes atrasos e adiamentos dos desfiles, computadores dando problemas, e assim foi. Tantos problemas que quase decidi desistir na hora, mas os modelos e a equipe de eventos não desistiram e lutaram até o último segundo. De fato, tenho uma dívida com todos eles a ser paga.
ELLU: Esta vai para cada um de vocês, queria que contassem um pouco da experiência pessoal desde que iniciaram nesse mundinho, fazendo roupas. Aprenderam muita coisa? Qual a maior lição que vocês levam hoje?
Malik: Desde que comecei a fazer roupas, foi um verdadeiro aprendizado. Minha irmã Madison me incentivou bastante a mergulhar nesse mundo. Fiz algumas peças desde a primeira coleção da Viper, mas inicialmente não tive confiança suficiente para lançá-las. A primeira roupa que lancei na loja foi na coleção "Fluffy Bitch", e desde então, venho evoluindo minhas habilidades e continuando a criar. A maior lição que levo é que, às vezes, só precisamos do empurrão certo para alcançar coisas que nem imaginávamos ser possíveis.
Patricia: No início, eu sempre estive mais nos bastidores, auxiliava a Madison na escolha das peças e cuidava dos photoshoots da marca. Até que ela me incentivou a começar a costurar. Por conta da minha formação em moda e do meu interesse por esse universo, ela viu em mim um potencial que eu muitas vezes não enxergava. Fui aprendendo e lançando algumas peças nas primeiras coleções, como na "Fluffy Bitch". Hoje em dia, depois de muitos ensinamentos, me sinto orgulhosa da minha evolução e procuro, cada vez mais, superar meus objetivos e trazer o diferencial que nossa marca sempre se propõe a fazer. A maior lição que levo é: não desista, por mais que às vezes você se desanime, se cobre ou se compare demais. Cada um tem seu brilho; agarre-se a isso, e você pode chegar longe.
Madison: É um mundo cruel, sendo honesta. Muitas vezes, as pessoas colocam suas frustrações em suas costas. Até hoje, me sinto extremamente subestimada. As pessoas me acusam de conversão do The Sims e Second Life desde a primeira coleção, mas ninguém nunca provou ou me acusou publicamente. Continuam agindo como ratos, fofocando em calls de Discord. Também haverá pessoas maiores que você, que reconhecerão seu potencial e tentarão puxar seu tapete, mesmo que você esteja dando seus primeiros passos. Mas você não pode dar ouvidos a essas pessoas; precisa escutar seus amigos e familiares que estão com você, que observam cada erro e acerto que você comete, que estão ali para te ajudar, mesmo que seja apenas com uma observação. É um mundo cruel, mas existe cor nele também. Você só precisa saber para onde olhar. Cada melhoria conta, desde aprender algo simples no Marvelous, ZBrush, Blender ou Substance Designer. É uma escada, um aprendizado gradual que nunca acaba.
Entrevista por Klaus Blackwell
Fotos por Luca Parrilla e Madison Montgomery
Edição por Luanna Pompom e Kize Bohs