As informações, a qual a terceira edição do Global E-waste Monitor 2020 nos apresenta sobre o lixo eletrônico no mundo, evidenciam o descarte de um recorde de 53,6 milhões de toneladas apenas em 2019 (um aumento de 21% em apenas cinco anos). Esse estudo, que contou com a participação da Organização das Nações Unidas (ONU), salienta que apenas 17,4% dessa quantidade de resíduos eletrônicos foi coletada e reciclada.
Conforme mostram os dados do relatório Global E-waste Monitor 2020, o Brasil ficou atrás somente da China, Estados Unidos, Índia e Japão no quesito produção de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos(REEE). É de destacar que no ano de 2019 foram geradas 2.143 toneladas de e-lixo, em consequência disso, o país foi apontado como o quinto que mais gerou lixo eletrônico em 2019.
Ainda de acordo com essa terceira edição do Global E-waste Monitor, foi evidenciado que mesmo os países que dispõem de um sistema formal de gerenciamento de e-lixo são confrontados com taxas de coleta e reciclagem um tanto quanto baixas.
Referindo-se um pouco mais sobre a situação em um contexto brasileiro, infelizmente, grande parte da população do Brasil ainda não sabe muito bem do que se trata o lixo eletrônico (e-waste) e quais as principais formas de descartá-lo corretamente. Essa ausência de conhecimento na sociedade a respeito sobre o que é o lixo eletrônico, as possibilidades de reciclagem e sobretudo a importância da discussão dessa temática para sustentabilidade do planeta podem propagar ainda mais esse problema no país, pois “o lixo eletrônico é um perigo para a saúde e o meio ambiente, contendo aditivos tóxicos ou substâncias perigosas, como mercúrio, que danificam o cérebro humano e/ou o sistema de coordenação.”
Apenas no ano de 2009, cerca de 62 milhões de celulares foram descartados no Brasil, de acordo com um relatório realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNESP). Já em 2014, tinha-se uma estimativa de que somente em nosso país, o descarte de celulares produziria 500 mil toneladas de lixo eletrônico.
Ainda em conformidade com a Unesp, uma tonelada de celulares sem baterias rende:
3,5 quilos de prata;
340 gramas de ouro;
140 gramas de paládio;
130 quilos de cobre.
Já pensou, o tanto de desperdício de recursos minerais e o quanto os metais pesados que estão presentes no e-lixo são perigosos para a saúde dos seres vivos?
O mundo gerou 53,6 mega toneladas de lixo eletrônico;
Em média cada pessoa produziu 7,3 kg de e-lixo;
Teve-se um crescimento do lixo eletrônico de 9,2 mt desde 2014, além do que esse valor deve crescer para 74,7 mt no ano de 2030 (um aumento correspondente a quase o dobro em 16 anos);
No que diz respeito aos continentes, a Ásia foi a líder de geração de resíduo eletrônico com 24,9 mt, seguida das Américas com 13,1 mt, a Europa com 12 mt, a África que produziu 2,9 mt e por fim a Oceania com 0,7 mt.
OBS.: O continente Europeu ocupa o 1° lugar global na questão de geração de lixo eletrônico por indivíduo, com cerca de 16,2 kg, enquanto a Oceania ficou na 2° posição com 16,1 kg e as Américas com 13,3 kg per capita.