Acreditando na diferença que a programação e a robótica podem fazer na trajetória escolar e profissional de uma pessoa, o Edubot é um Projeto de Extensão de Ação Contínua da Universidade de Brasília (UnB) e apoiado pelo capítulo estudantil de Robótica e Automação, da sigla em inglês 'RAS' (Robotics and Automation Society), do ramo estudantil da IEEE (Institute of Electrical and Eletronic Engineers) na UnB, que tem como principal objetivo o incentivo à formação de jovens nas áreas de Tecnologia e Engenharia através da realização de oficinas de robótica como atividades extracurriculares em escolas e instituições públicas de nível médio do Distrito Federal.
Em um contexto em que grande abundância de informações (relacionadas ou não à ciência) é disponibilizada ao público jovem na mídia ou internet, a política atual de educação científica tem se mostrado ineficiente para transformar os índices de interesse pelas áreas de ciência e engenharia. O ensino de matérias como física e matemática são abstratos e muitas vezes alienam o estudante, o desestimulando a seguir carreira dentro das áreas da ciência.
Assim, acreditamos que possibilitando experiências com objetos tecnológicos concretos no espaço escolar, um espaço em que tradicionalmente apenas o abstrato é valorizado e há pouco espaço para vivência, haveria um aumento de envolvimento, interesse e curiosidade sobre as ciências. Além disso, o contato direto com a mais alta tecnologia desmistificaria esta como algo inalcançável, tornando algo próximo e possível nas aspirações das crianças, adolescentes e jovens da escola pública.
Nesse contexto, podemos inserir a robótica educacional, que a partir de seu grande poder de gerar interesse e fascínio, pode ser um veículo de aprendizado, removendo o nível de abstração das disciplinas estudadas e mostrando aplicações práticas de diversos conceitos.
A educação é de importância fundamental na construção da cidadania de uma nação e no desenvolvimento humano do indivíduo. No entanto, apesar de recentes avanços, a educação pública no Brasil ainda apresenta problemas que limitam sua capacidade de transformação pessoal e geração de Oportunidades. Por todo Brasil e de maneira acentuada no DF, tal situação afeta principalmente os jovens de regiões menos favorecidas, o que impede uma maior diminuição das desigualdades sociais na população brasileira.
No entanto, num cenário de crescente demanda por engenheiros e cientistas, recentes iniciativas no âmbito de educação de ciência e tecnologia têm se mostrado incapazes de transformar tal realidade, principalmente nos ensinos fundamental e médio. No DF, por exemplo, são de limitado alcance os esforços atuais para promover uma maior disseminação do conhecimento científico e um aumento no interesse pelo desenvolvimento tecnológico.
O presente Projeto se enquadra justamente nesse contexto, caracterizando-se pela proposta de levar à escola avanços científicos presentes em alguns dos laboratórios mais avançados do mundo. Mais precisamente, nosso objetivo é oferecer aos estudantes de escolas públicas de nível médio do DF a oportunidade de conhecer, interagir e desenvolver projetos envolvendo robôs. Tais robôs possibilitam a realização de diferentes atividades em que ocorre direta interação entre o estudante e a máquina, ampliando seu potencial didático e motivador em termos de ciência e tecnologia.
Desenvolver as funções cognitivas de alunos de nível médio;
Despertar a criatividade e espírito inovador em jovens;
Disseminação de conhecimentos científicos e tecnológicos para os estudantes do ensino médio, contemplando elementos de formação e motivação;
Criar uma discussão relevante entre profissionais da educação e a sociedade sobre como a tecnologia pode ser utilizada em sala de aula, não só como veículo para transmissão de conhecimento, mas também como recurso para contextualizar problemas em sala de aula, facilitando o ensino.
Espaço com equipamentos de informática básica (computadores com acesso à internet);
Reservar uma sala para a atividade de 2h em um dia da semana estabelecido entre a escola e o Projeto;
Um professor da escola para que possa dar suporte ao Projeto em quaisquer necessidades que porventura possa ter; para servir de intermédio entre a escola e o Projeto.
A metodologia a ser aplicada neste Projeto tem como base a utilização da plataforma robótica Sparki para o desenvolvimento de atividades extracurriculares regulares nas dependências da escola e para a realização de demonstrações em eventos e feiras de ciências das escolas parceiras.
As oficinas Edubot são atividades de média duração, com foco em escolas de nível médio. A escola parceira seleciona turmas de até 20 estudantes cada, segundo critério próprio da instituição. Para cada turma serão realizadas cerca de 18 oficinas, cada uma com duração de 1h40 e periodicidade semanal. As oficinas do primeiro semestre são focadas em introdução de conceitos de programação e de robótica, sendo os primeiros 30 minutos de oficina usados para explicação de conteúdo didático, enquanto no restante do tempo os alunos buscam a resolução dos desafios e exercícios propostos, sob a supervisão e auxílio dos monitores, utilizando o kit Sparki e computadores disponibilizados pela escola. As oficinas do segundo semestre são focadas em desafios práticos em que serão expandidos os conceitos básicos já apresentados. É oferecida certa autonomia aos alunos para buscar soluções mais complexas para problemas abertos, não tendo portanto conteúdo didático pré-estruturado já que este será apresentado conforme demanda dos alunos participantes e dos projetos e problemas por eles propostos.
O conteúdo didático e as atividades de programação são criadas pelos estudantes de engenharia participantes do Projeto e são baseados nos tutoriais do Sparki disponíveis no site da fabricante ArcBotics.
Espera-se que, ao final das oficinas previstas, os alunos estejam aptos a investigar e descobrir por conta própria outras linguagens de programação e que desenvolvam interesse pelo universo da engenharia e da computação.
Believing in the impact that programming and robotics can have on a person’s academic and professional journey, Edubot is a Continuous Extension Project at the University of Brasília (UnB), supported by the Robotics and Automation Society (RAS) student chapter, part of the IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) student branch at UnB. The project aims to inspire young people to pursue careers in Technology and Engineering by offering robotics workshops as extracurricular activities in public high schools within the Federal District.
In a world where young people have access to a vast amount of information—whether related to science or not—through media and the internet, current science education policies have struggled to generate genuine interest in science and engineering. The teaching of subjects like physics and mathematics often feels abstract, which can alienate students and discourage them from pursuing careers in these fields.
We believe that providing hands-on experiences with tangible technology within schools—where abstract thinking is traditionally emphasized—can increase student engagement, interest, and curiosity in science. Additionally, direct interaction with advanced technology can demystify it, making it more approachable and achievable for students in public schools.
In this context, educational robotics stands out as a powerful tool for sparking interest and fascination. It serves as a learning vehicle by reducing the abstraction in subjects and demonstrating practical applications of various concepts.
Education is crucial for building citizenship and fostering individual development. However, despite recent improvements, public education in Brazil still faces challenges that limit its ability to transform lives and create opportunities. Across Brazil, and especially in the Federal District, these challenges disproportionately affect young people from underprivileged areas, perpetuating social inequalities.
Despite a growing demand for engineers and scientists, recent initiatives in science and technology education have fallen short, particularly in primary and secondary education. In the Federal District, current efforts to promote scientific knowledge and interest in technological development have had limited reach.
This Project addresses this gap by bringing cutting-edge scientific advancements into schools. Specifically, our goal is to provide public high school students in the Federal District with opportunities to engage with and develop projects involving robots. These robots enable a variety of hands-on activities, enhancing students’ educational experiences and motivation in science and technology.
Enhance cognitive skills in high school students;
Encourage creativity and innovation in young people;
Spread scientific and technological knowledge among high school students, combining education with motivation;
Foster a meaningful dialogue between educators and society on how technology can be used in the classroom, not just as a teaching tool, but also as a means of contextualizing problems, making learning more accessible.
A space with basic computer equipment (computers with internet access);
A reserved room for a 2-hour session on a day agreed upon between the school and the Project;
A teacher to support the Project’s needs and act as a liaison between the school and the Project.
The methodology used in this Project is based on the Sparki robotic platform, which supports regular extracurricular activities in schools and demonstrations at partner school events and science fairs.
Edubot workshops are medium-length activities designed for high school students. Partner schools select classes of up to 20 students, according to their criteria. Each class participates in approximately 18 workshops, each lasting 1 hour and 40 minutes, held weekly. First-semester workshops focus on introducing programming and robotics concepts, with the first 30 minutes dedicated to teaching, followed by hands-on problem-solving with the Sparki kit and school-provided computers. Second-semester workshops are more practical, allowing students to expand on basic concepts and tackle more complex, open-ended problems. Students have greater autonomy to explore solutions, with content introduced as needed based on their projects and challenges.
The educational content and programming activities are created by engineering students involved in the Project and are based on Sparki tutorials available on the ArcBotics website.
By the end of the workshops, students are expected to be capable of exploring other programming languages independently and developing a sustained interest in engineering and computing.