Temperatura superficial de Lisboa

Temperatura Superficial

Com a informação do satélite Sentinel 3, nomeadamente a “Land Surface Temperature - LST“, foi possível identificar os locais com maior e menor temperatura na região de Lisboa.

O mapa obtido apresenta variação de 17ºC, sendo as áreas ribeirinhas e com mais vegetação as que apresentam a temperatura mais reduzida; já os solos sem vegetação, ou com vegetação degradada, apresentam temperatura mais elevada (exemplo de Troia, com os solos arenosos a demarcarem-se da sua envolvência).

Outro dos fatores que fazem aumentar a temperatura superficial é a urbanização. Este fator demarca-se ao longo da linha de Cascais, Lisboa.

Variação da Temperatura Superficial

A temperatura superficial também foi analisada com recurso às imagens do satélite Landsat 8, pois há coincidência entre a passagem do satélite sobre Lisboa com a data de recolha de informação (temperatura do ar e dos objetos, humidade relativa) no trabalho de campo realizado no Largo do Rato e sua envolvência (13 de fevereiro, 2019). O cruzamento deste dados permitiu comparar as observações in loco com a informação obtida de forma automática pelos satélites, neste caso o Landsat 8. As imagens obtidas foram manipuladas com recurso a técnicas de deteção remota, e a informação obtida foi posteriormente trabalhada em ambiente dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

A temperatura superficial do concelho de Lisboa variou entre os dias analisados, com valores mais reduzidos no dia 13 de fevereiro comparativamente ao observado no dia 21 do mesmo mês (ver variação no mapa acima). Contudo, em ambos os dias há diferenciação espacial da temperatura superficial, com as áreas urbanas mais compactas a apresentar valores mais elevados (por exemplo, a Baixa de Lisboa) face às áreas florestais ou parques urbanos no concelho. Neste sentido, as áreas impermeabilizadas (por edifícios, estradas, entre outros) contribuem para aumentar a temperatura superficial, isto porque os materiais utilizados absorvem a radiação e convertem-na em calor (superfícies escuras apresentam menor albedo), sendo este processo mais destacado em materiais escuros, como por exemplo o asfalto das estradas ou outras infraestruturas (ver por exemplo a área do aeroporto).