Origem e Aplicações de Recursos

A convenção da contabilidade é a base em que se pauta a lógica utilizada para o registro dos fatos contábeis. Para um melhor entendimento da dela, é preciso compreender que os recursos que a entidade obtém por meio dos sócios/acionistas (capital) ou de terceiros (empréstimos bancários, fornecedores) representam os recursos captados, ou seja, origem de recursos para serem aplicados em bens e direitos. Conforme ilustração a seguir:

Assim, as origens de recursos são representadas pelo passivo e patrimônio líquido e as aplicações de recursos pelo ativo. De acordo com a convenção contábil, ficou estabelecido, para o registro dos fatos contábeis, que o balanço patrimonial deve demonstrar o equilíbrio entre o total das origens e das aplicações de recursos.

Para a compreensão da lógica origem x aplicações de recursos, base fundamental do aprendizado sobre a composição do patrimônio, a seguir serão apresentados exemplos de fatos contábeis:

É possível perceber que, apesar da aquisição de um bem, representado pela conta contábil Veículos, não houve variação no total do patrimônio, ou seja, permanece o valor de R$ 100.000,00. O que há é uma alteração no valor da conta contábil Caixa, a qual foi reduzida em R$ 40.000,00 e aparece a conta contábil Veículos com o mesmo valor. Assim, a conclusão é que houve uma troca de dinheiro por um carro.

Neste exemplo, fica claro que a origem do recurso foi própria, ou seja, a entidade usou recursos advindos do capital, que se encontram disponíveis no caixa para aplicação, na compra de um bem para uso da empresa em suas atividades.

Os dois exemplos têm por fim mostrar que para uma entidade poder aplicar recursos em algo ela precisa ter uma origem de recursos.