Histórico

Atendendo a um mercado de trabalho que exigia profissionais habilitados, a Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF/SC) implanta em agosto de 1987 o Curso Técnico de Eletrônica. Neste processo, um grupo de seis professores, originalmente vinculados ao Curso Técnico de Eletrotécnica, planeja a estrutura curricular do Curso de Eletrônica. Para isso, foram efetuadas consultas a diversas empresas da área e outras escolas técnicas que já tinham o curso. Posteriormente, o grupo, amparado nas consultas efetuadas, define a grade curricular, ementas de disciplinas e infra-estrutura mínima para instalação e funcionamento do curso.

Inicialmente, o Curso de Eletrônica utiliza as mesmas instalações do Curso de Eletrotécnica, já que os dois cursos estavam vinculados a um mesmo Núcleo. Em 1988, efetua-se a desvinculação e o Núcleo de Eletrônica transfere-se para o local do antigo Setor de Manutenção, hoje ocupado por laboratórios do Depto de Construção Civil. Em 1990, após inúmeras intervenções junto à Direção Geral, o Núcleo consegue a sua definitiva transferência para o atual local.

Apesar das grandes deficiências de laboratórios e equipamentos, ao final de 1989, ocorre a formatura da primeira turma. A inserção dos técnicos no mercado de trabalho é imediata, face à inexistência de cursos de Eletrônica na região e, com isso, a enorme carência de profissionais neste campo.



Em junho de 1990, ocorre o 1o Seminário de Avaliação do Curso Técnico de Eletrônica, uma iniciativa já idealizada quando da implantação do Curso. Deste Seminário, foram levantados problemas e propostas de melhoria para o Curso. Suas conclusões apontavam para “… um grupo de alternativas que serão destrinchadas, discutidas as melhores formas de implementação, enfim, (…) garantir que cada novo passo, nos mantenha atentos aos elementos primeiros de nossa preocupação: o aluno”. Deste Seminário, surge o projeto de reformulação curricular do Curso, onde são apresentados: o ingresso dos alunos no curso diretamente na primeira fase, a duração de oito semestres, uma maior abrangência de áreas, a certificação de segundo grau ao final da sexta fase, um sistema de avaliação diferenciado em forma de projeto piloto.

Em julho de 1995, realiza-se o 2o Seminário de Avaliação do Curso Técnico de Eletrônica. As conclusões deste evento esclarecem que “proporcionou o despertar de todos os participantes para assuntos e temas normalmente restritos a coordenadores e diretores. (…) teve uma contribuição muito importante na aproximação entre professores, alunos e funcionários, o que, certamente, será essencial no processo de construção coletiva do curso”.

No segundo semestre de 1996, é implantado na ETF/SC o primeiro curso técnico especial, o de Eletrônica, oferecido aos alunos que já possuíam o Ensino Médio. Uma iniciativa que antecipava as tendências apontadas na construção do primeiro Plano Político Pedagógico e na Reforma do Ensino Técnico.

Em julho de 1995, realiza-se o 2o Seminário de Avaliação do Curso Técnico de Eletrônica. As conclusões deste evento esclarecem que “proporcionou o despertar de todos os participantes para assuntos e temas normalmente restritos a coordenadores e diretores. (…) teve uma contribuição muito importante na aproximação entre professores, alunos e funcionários, o que, certamente, será essencial no processo de construção coletiva do curso”.

No segundo semestre de 1996, é implantado na ETF/SC o primeiro curso técnico especial, o de Eletrônica, oferecido aos alunos que já possuíam o Ensino Médio. Uma iniciativa que antecipava as tendências apontadas na construção do primeiro Plano Político Pedagógico e na Reforma do Ensino Técnico.

Em outubro de 1996, o Núcleo de Eletrônica organiza e realiza o 11o ENPEL (Encontro Nacional de Professores de Eletrônica, Telecomunicações e Informática Industrial) em Florianópolis, com a participação dos professores e toda a rede federal de educação profissional e tecnológica.

Num lance de nova ousadia, o Núcleo busca a sua expansão e diversifica sua área de atuação. Em outubro de 1997, é aprovado pelo Colegiado da ETF/SC-Sede, o projeto de implantação dos cursos técnicos especiais de Manutenção de Equipamentos Médico-hospitalares e de Radiologia. Tais cursos seriam implantados no primeiro semestre de 1998. Atualmente, tais cursos estão vinculados ao Departamento de Saúde e Serviços.

Em agosto de 2002, após inúmeros estudos e pesquisas efetivadas por uma Comissão de implantação, tem início o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Digitais. O Curso tem por objetivo formar um profissional com foco de atuação nas aplicações de tecnologias eletro-eletrônicas, mais especificamente, naquelas aplicações que utilizam dispositivos de processamento digital, tais como microprocessadores, microcontroladores, dispositivos de lógica programável (PLD’s) e processadores de sinais digitais (DSP’s). Posteriormente, o Curso passou por uma reformulação curricular e com uma nova denominação: Curso Superior de Tecnologia em Eletrônica Industrial.

A partir de 2006, o DAELN passa a oferecer novamente o Curso Técnico Integrado de Eletrônica, uma modalidade que havia sido extinta por imposição do Governo Federal e que, agora, possibilita aos alunos poderem realizar o Ensino Médio integrado ao Curso Técnico de Eletrônica, com duração efetiva de quatro anos.

No segundo semestre de 2006, o Departamento inicia sua incursão pela pós-graduação, com a implantação do Curso de Especialização em Desenvolvimento de Produtos Eletrônicos, um curso em nível lato sensu de 360 horas, orientados a alunos egressos de cursos de graduação em Engenharia ou Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Sistemas Eletrônicos, Eletrotécnica, Eletrônica, Produção Elétrica, Automação e Sistemas e áreas afins, que pretendam aumentar as suas chances no mercado de trabalho.

No primeiro semestre de 2013 inicia o curso de Engenharia Eletrônica com o objetivo de formar profissionais direcionados para a concepção, projeto, implementação e manutenção de sistemas eletrônicos, trabalhando diretamente com o hardware, firmware e software que compõem os sistemas com eletrônica embarcada. O egresso pode atuar nas áreas de telecomunicações, instrumentação eletrônica, biomédica, controle e automação, processamento de sinais de áudio e vídeo, eletrônica de potência, sistemas microcontrolados e microprocessados.

Outras possíveis ofertas de cursos fazem parte de seu escopo de análise, estudos e pesquisas, de tal modo que se procura manter uma sintonia fina com a evolução tecnológica e as tendências e necessidades do mercado de trabalho.

O Departamento de Eletrônica tem procurado construir seus próprios espaços e, ao mesmo tempo, contribuir para o coletivo da Instituição, propondo, interferindo e atuando nos momentos educativos, pedagógicos, administrativos, políticos e sociais. Sua atuação, ao longo destes mais de vinte anos, ás vezes, tem sido polêmica. Porém, esta atuação reflete sempre uma preocupação com a modernização constante da Instituição, uma ousadia na medida em que procura diversificar, aprofundar e disseminar suas atividades. Este Departamento pretende continuar contribuindo, participando, colaborando, buscando parcerias, enfim, manter a ousadia para o enfrentamento de novos desafios e novos empreendimentos.