O projeto
Cartografia Sentimental Tucuju é uma obra audiovisual experimental, dirigida por Cleber Braga e realizada em parceria com o coletivo Tenebroso Crew no ano de 2021, na capital do Amapá. O trabalho, que conta com trilha sonora original de Paulinho Bastos, propõe uma reflexão sobre Macapá desde a conexão estabelecida entre o lugar e as diferentes histórias de vida de diversos artistas e outros agentes culturais presentes no filme. Assim, como em um jogo, cada cada artista convidad@ convidada a propor uma ação de até 03 minutos, com base na relação entre conteúdo biográfico e este território amazônico singular, “tucuju”, como são chamadas as pessoas nascidas na região. O resultado é um conjunto polifônico de performances, cenas, números musicais e etc, sem uma linguagem artística definida - o que dificulta inclusive sua classificação enquanto gênero cinematográfico. Este projeto foi realizado com fundos da Lei Aldir Blanc (SECULT/AP) e em parceria com o Programa de Cultura da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
O elenco
Mc Deeh
No meio do mundo, com os meus que trazem história: Curiaú , Laguinho, comunidades e quilombos. No meio do mundo, com a quebrada, fazendo história: ponte, baixada, Macapá, quebrada.
Pretogonista
A poesia marginal, preta periférica em contraste cultural, do cartão postal à baixada.
Laura do Marabaixo
De ‘mar abaixo’ viemos, herdamos da nossa ancestralidade um legado rico em educação, saberes, costumes e tradições. e aqui, através desta cartografia, representamos nossa força e resistência por todo este legado. Estaremos e permaneceremos aquilombados para resistir. @lauradomarabaixo
Igba Ase D'Osun Emyn
“Macapá, Mãe do acolhimento” revela a simbologia do Òsíbàtá na relação afetiva entre sacerdotes (babalorixás e yalorixás) e seus filhos de santo. Relação construída no interior dos terreiros ao longo do processo de “aquilombamento”.
Maniva Venenosa
É quente, é Maniva: intensa e venenosa. Vem das ressacas, vem das quebradas, pura fervura cabocla! É a rima que te embala, é o ritual da mata. @maniva_venenosa
Loran Ferreira
“[...] Através da poesia e do SLAM, levei para a cena uma Macapá ‘das nossas’, que diariamente são invisibilizades e violentades, uma Macapá das vivências trans e da ancestralidade Tucuju.[...]” @loranferreir4
Maria Trindade
Narra sua própria história, bem como de outras mulheres que sofrem com as marcas do escalpelamento, um drama amazônico e real protagonizado pelas ribeirinhas. @mariatrindadegomes
Jéssica Thaís
Na performance "A Voz do Rio" eu me visto de mim, eu me visto dos meus, para dançar Marabaixo, para não morrer mar a baixo, para resistir através da canção, para cantar a música que o sofrimento silenciou no caminho até aqui.
Albert Cordeiro
[..] Quando mudei pra capital Tucuju, compus um solo de violão durante essa minha primeira viagem de barco. “Rumo à Macapá” é a canção que eu escolhi compartilhar. Sou professor e música amador.
Piedade Videira
”Resistências Mnemônicas, corporalidades diaspóricas” um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização. Consiste na elaboração de suportes como os esquemas, gráficos, símbolos, palavras ou frases relacionadas com o assunto que se pretende memorizar.
Lylian Rodrigues
Sou mata, terra e ar. Me rego nos rios e igarapés do Pará e do Amapá desde que nasci. Cresci no calor, corpo breado, quente. Me chamam Lylian. Sou mulher, de ancestralidade indígena, de pele vermelha. Sou filha, neta, bisneta, mãe, irmã e amiga. Comunicar é desafio e lida.
Oneide Bastos
Eu canto as lendas amazônicas e o cotidiano do canto entre os quatro por onde me encantei.
Sou do Norte, sou do Brasil, ave canora cidadã do mundo.
Carla Antunes
Artista de múltiplas linguagens, agente cultural independente e educadora. Graduada em Artes Visuais (UNIFAP) e Mestranda pela UFPB /UFPE. Em "Pequeno mapa do invisível ou sobre meus horizontes líquidos" fala sobre gente e sobre ser gente frente ao Rio Amazonas.
Karina Mateus
Artista amapaense com experiência no teatro e vivências na palhaçaria e circo. Pratica Capoeira de Angola e artes plásticas. "Sangra'" é impulso de resto de vida, é corpo que convoca. Corpa que sente e vomita, é ensaio de invocação e movimento.
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Cristiana Nogueira
Professora do Curso de Artes Visuais da Unifap. Participou de exposições e residências no Brasil e exterior. O trabalho “remir” parte da rememoração das vivências nas noites de Macapá, dos videokês e bares de beira de estrada e do atravessamento do rio-mar no cotidiano da cidade.
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Jones Barsou
“Açaí, também é uma luz vermelha que brilha nas ruas e nas palafitas de Macapá. Ele nos faze ser, ser desse lugar. Ele me faz ser um homem do interior. Eu sou Jones Barsou e sou um homem do interior.”
Açaí, Homem do Interior (@jones_barsou).
Ana Caroline
"Um Toque Só (lo)" é um toque para a terra que me acolheu, num vai e vem do Amazonas e sua brisa. Esses que me fizeram/fazem entender qual a parte que me cabia aqui. Essa brisa que é ora leve, ora uma ventania, me carrega pra onde quer. [..] É uma homenagem ao solo Macapaense e "Cartografia Sentimental Tucuju"