Mexa um dedo

Trabalhar as percepções relacionadas a um corpo sob o efeito da paralisia do sono ganha um outro contorno no contexto do isolamento social. Dessa forma, o observador é convidado a expiar o terror de não conseguir se mexer enquanto também é observado. A justaposição dos espaços interno e externo hostis implodem a sensação de segurança do confinamento. Cada movimento, mesmo que em direção ao externo hostil, conduzem o ser rumo à libertação. Mexa um dedo trabalha a ressignificação dos ambientes através de uma performance permeada por imagens e sons. Caso o observador decidir se furtar da experiência antes do previsto, assume o risco de liberar o que deveria se manter preso.