Quando entrei neste projeto tinha em mente que iria ter de receber uma pessoa desconhecida em minha casa, durante uma semana, e que depois de algum tempo iria viajar para outro país e teria de, simplesmente, dormir na casa dessa pessoa. No total seriam duas semanas de convivência com pessoas desconhecidas e com algumas da escola. Na verdade, essas duas semanas acabaram por se tornar em muito mais do que esperava.
Na semana de acolhimento, em fevereiro, estávamos todos um bocadinho mais reservados, tendo em conta que só tínhamos tido contacto com os nossos(as) parceiros(as) por mensagem. Como é óbvio, divertimo-nos imenso, mas só nos aproximámos mais para o fim da semana.
Agora, que já convivemos com todos e conhecemos minimamente os(as) nossos(as) parceiros(as), aquele nervosismo inicial já se desvaneceu. Por isso, quando cheguei à Grécia, já não podia esperar mais por ver a minha parceira, porque, para além disso, ela já se tinha tornado minha amiga. Voltar a vê-la foi uma das sensações mais reconfortantes que já senti. Ao chegar à casa dela reparei que era bastante diferente da minha, mas, sendo mais pequena ou maior, não fez diferença, porque o que realmente importou foi a forma como fui recebida, de maneira empática e carinhosa, fazendo-me sentir como parte da família.
Durante a semana, para além de conviver com as pessoas que já conhecia, pude, pela primeira vez, fazer amizade com pessoas romenas que também estavam em Erasmus, nessa semana. Com as visitas aos monumentos históricos e museus, aprendi bastante sobre a cultura e os costumes gregos. Contudo, a minha parte favorita foi, sem dúvida, aprender as danças tradicionais gregas e também romenas. Foi extremamente aconchegante ver a união das pessoas vinda de uma simples dança.
Para além das amizades criadas e do enriquecimento cultural que esta experiência proporcionou, consegui desenvolver competências essenciais no contexto dos valores europeus. A convivência com pessoas de diferentes nacionalidades ajudou-me a fortalecer a minha capacidade de inclusão e empatia, aprendendo a respeitar e valorizar as diferenças culturais que nos tornam únicos.
Através das várias atividades organizadas, compreendi melhor o papel da democracia na Europa, especialmente ao participar em discussões sobre temas relevantes para a sociedade. Foi inspirador perceber como o diálogo entre diferentes perspetivas pode ser tão enriquecedor e como a cooperação internacional promove um sentimento de união e cidadania europeia.
Este projeto também me permitiu ganhar novas competências comunicativas, adaptando-me a diferentes formas de interação e estilos de pensamento. A experiência de trabalhar em equipa com pessoas de culturas distintas ensinou-me a ser mais flexível e a encontrar soluções criativas para desafios comuns. Sem dúvida, o projeto Erasmus proporcionou-me aprendizagens que vão além da sala de aula e que me prepararam melhor para o futuro.
Com esta experiência, posso afirmar que aprendi imenso sobre a cultura, costumes e tradições existentes em Creta, mas o que ficará para sempre no meu coração será a forte amizade que se formou não só entre nós, portugueses, que não nos conhecíamos, como também entre nós e os gregos. Pessoalmente, quero encorajar todas as pessoas que estão a pensar em fazer parte do projeto Erasmus do AESA, porque, realmente, vale a pena: sairão do projeto com mais conhecimento e com muitas memórias incríveis e únicas.
Heidi Torres, 12ºA
No âmbito do programa Erasmus+, participei numa mobilidade internacional que teve lugar na ilha de Creta, na Grécia. Esta experiência proporcionou uma oportunidade única de aprendizagem intercultural, reflexão crítica e cooperação entre jovens e professores de diferentes países europeus, tendo como foco principal os temas da inclusão, democracia e os valores fundamentais da União Europeia.
O projeto teve como objetivos centrais promover a compreensão dos princípios de inclusão e diversidade na Europa e reforçar valores como a liberdade, igualdade, solidariedade e o respeito pelos direitos humanos. Ao longo da mobilidade, participámos em diversos workshops, sessões interativas, debates e dinâmicas de grupo que nos permitiram refletir sobre estas temáticas de forma profunda e prática.
Concluindo, esta mobilidade Erasmus+ foi uma experiência transformadora, que me permitiu crescer pessoalmente e como cidadão europeu. Regresso com uma visão mais aberta do mundo, uma maior consciência social e o desejo de contribuir ativamente para uma sociedade mais inclusiva, participativa e solidária.
Gonçalo Praxedes, 11ºG
Entre paisagens deslumbrantes e uma cultura rica, a mobilidade Erasmus+ realizada em Creta revelou-se uma experiência inesquecível de crescimento pessoal e em grupo. Durante esta semana intensa de aprendizagem e partilha, tivemos a oportunidade de mergulhar num ambiente multicultural onde o diálogo, a colaboração e o respeito pela diferença estiveram sempre presentes.
Num espírito verdadeiramente europeu, refletimos sobre o valor da democracia e da participação ativa na sociedade. Através de workshops, debates e atividades com jovens de diferentes países, compreendemos melhor a importância da inclusão — não apenas como um conceito abstrato, mas como uma prática diária que começa em cada sala de aula e em cada gesto de empatia.
Esta mobilidade foi mais do que uma simples viagem: foi uma verdadeira educação para a cidadania europeia. Trouxemos connosco não apenas memórias, mas também compromissos — com a inclusão, com o diálogo, com a construção de comunidades mais abertas e participativas. Gostei bastante da experiência. Foi muito interessante e especial.
Joana Gomes, 11ºF
Passei uma semana inesquecível, em Creta, durante a mobilidade em grupo de alunos, integrada no programa Erasmus+ do AESA. Tive a oportunidade de participar numa experiência intensa e muito enriquecedora que, sem dúvida, vai ficar comigo para a vida! A ilha é linda, cheia de história, cultura e pessoas acolhedoras.
Durante esses dias, tive a oportunidade de fazer muitas amizades com pessoas de diferentes países. Cada conversa foi uma troca de culturas, ideias e experiências que me fizeram crescer pessoalmente. Além disso, aprendi muito, não apenas sobre a cultura local e a língua, mas também sobre os valores europeus, a democracia, a igualdade, a não exclusão, de forma muito interativa e divertida! Aprender a adaptar-me a um ambiente novo, com pessoas diferentes, foi desafiador e ao mesmo tempo muito gratificante.
Esta incrível semana em Creta foi curta, mas teve um grande impacto na minha vida. Voltei para casa com memórias incríveis, novos amigos e uma nova perspetiva sobre o mundo, a Europa e os valores que devem estar sempre presentes em qualquer sociedade. Muito obrigada, Erasmus+!
Rita Neves, 11ºI
Entre os dias 28 de abril e 2 de maio, integrando um grupo composto por cinco alunos e duas professoras, vivemos uma experiência inesquecível em Rethymno, na ilha de Creta, Grécia, no âmbito do projeto Erasmus+ do AESA (2024-1-PT01-KA121-SCH-000219407). Partimos com a curiosidade de quem segue não só à descoberta de um novo país, mas também de novos modos de pensar, de viver e de aprender. De forma a dar resposta aos objetivos inerentes a este projeto - a promoção de uma cidadania ativa e inclusiva - ao longo de cinco dias intensos, mergulhámos numa realidade cultural vibrante e profundamente enraizada nos valores europeus e democráticos.
Assim, durante a nossa estadia, participámos em múltiplas atividades educativas e culturais: danças tradicionais; música; apresentações temáticas; ateliers de teatro e de desenho; jogos colaborativos; entre outras iniciativas que nos fizeram refletir, juntos, sobre temas fundamentais como os direitos humanos, a democracia e a inclusão. Naturalmente, não faltou uma imersão no património histórico desta belíssima ilha. A visita ao Museu de Arqueologia revelou-nos as preciosidades da civilização minoica, uma das mais antigas da Europa. No lendário Palácio de Cnossos, mergulhámos no universo mítico do Minotauro e, através da arquitetura intrincada do espaço, compreendemos a origem da palavra “labirinto”. Explorámos, também, a cidade de Rethymno e a imponente Fortezza, testemunho das sucessivas ocupações da história de Creta. As suas ruelas encantadoras, marcadas pela presença de diversas culturas, conduziram-nos por um autêntico museu a céu aberto. E, claro, como não podia deixar de ser, deliciámo-nos com as iguarias da gastronomia grega - moussaka, tzatziki, souvlaki - entre outros sabores mediterrânicos tão familiares que nos fizeram sentir em casa, mesmo longe dela.
Mais do que uma simples viagem geográfica, esta foi uma verdadeira travessia humana e cultural. Regressámos não apenas encantados com a beleza dos lugares e com a riqueza das tradições, mas, acima de tudo, tocados pela generosidade dos nossos anfitriões e pelos laços afetivos que se foram tecendo ao longo da experiência. Viver esta mobilidade Erasmus+ foi aprender a ver o outro com empatia, a reconhecer na diferença um espaço fértil para o diálogo e para o crescimento pessoal, reforçando, na prática, os valores europeus que nos unem: a partilha, a inclusão e o respeito mútuo.
Maria Dias, subdiretora e coordenadora do projeto
Sara Calisto, professora de Português