Por mais que esse conhecimento possa parecer mórbido ou lúgubre, ele é importante, uma vez que somos uma sociedade que costuma negar a existência da morte e evita falar sobre ela. Saber mais sobre isto pode ajudar a entender o que compartilhamos com parentes cuja vida está chegando ao fim e mesmo a adquirir alguma tranquilidade sobre a nossa própria morte.
A morte não existe apartada daquele que morre, de como e onde morre: a nossa experiência com a morte não é metafísica, é existencial: é a minha morte, a sua morte, a morte de alguém que conhecemos ou ouvimos falar. A morte, tal qual a conhecemos, é um acontecimento social, e, portanto, não deveria ser pensada em separado daqueles que morrem, que por sua vez, não deveriam ser pensados em separado da sociedade na qual vivem e como vivem.
A forma como cada qual se despede dos seus mortos, enterra-os, crema-os ou doa seus corpos e mantém viva a sua memória foi transformada em uma extensão das suas próprias diferenças. Nas sociedades pré-capitalistas são múltiplas as determinações que as asseguram: a honra, a posição social, a casta ou o credo. O capitalismo reduziu-as a um único fundamento: a mercadoria. Cada qual agora trata dos seus mortos conforme o poder aquisitivo lhe permite. Do mesmo modo, a forma como cada um trata a sua própria morte também virou comércio: os seguros, os procedimentos, os locais e os rituais desejados, ou a completa ausência de preparação, estão ligada a diferenças culturais, de mentalidades, de nacionalidade e da convivência com determinadas políticas de assistência aos moribundos, mas, especialmente, ao padrão de consumo de cada um.
Fazer a estimativa da hora da morte é uma tarefa importante no dia a dia do trabalho forense. Compreende-se muitos fatores para sua designação, sendo um deles o rigor mortis. Estes podem ser alterados por fatores extrínsecos e intrínsecos, tais como temperatura local, umidade, calor, idade, sexo, comprimento e peso corporal, podendo ser utilizado como um parâmetro para identificação aproximada da hora da morte. Objetivo: Realizar uma breve revisão acerca do tema com intuito de promover uma melhor compreensão do assunto abordado e entender de forma íntegra sua fisiologia. Materiais e Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados Pubmed, Scielo e Medline sem restrições de datas para artigos publicados em inglês e português utilizando os descritores rigor mortis, autólise e mudanças após a morte. Resultados: O tema apresenta pesquisas consolidadas com relação ao seu curso natural, sendo importante ferramenta para realizar a estimativa da hora da morte, bem como algumas causas, sendo importante junto de outros sinais que aparecem após a morte. Conclusão: A compreensão do desenvolvimento do rigor mortis, auxilia a identificar e distinguir processos que podem ter levado a morte e quanto ao tempo post-mortem.
Introduction: Estimating the time of death is an important task in day-to-day forensic work and many factors for its designation are understood, one of which is rigor mortis. They can be altered by extrinsic and intrinsic factors, such as temperature location, humidity, heat, age, sex, length and body weight, and can be used as a parameter for approximate identification of the time of death. Objective: To carry out a brief review on the topic in order to promote a better understanding of the subject addressed and fully understand its physiology. Materials and Methods: Pubmed, Scielo and Medline databases were searched without date restrictions for articles published in English and Portuguese using the descriptors rigor mortis, autolysis and changes after death. Results: The theme presents consolidated researches regarding its natural course, being an important tool to estimate the time of death along other signs that appear after death, as well as to estimate some causes of death. Conclusion: Understanding the development of rigor mortis, helps to identify and distinguish processes that may have led to death and the post-mortem time.
A regra de Niderkorn considera precoce a rigidez que ocorre até a terceira hora, normal entre três e seis horas e tardia entre a sexta e nona hora. Denomina-se muito tardia quando ocorre após a nona hora.
O rigor mortis inicia em média de 2 a 3 horas após a morte e se espalha para todos os músculos do corpo entre 6 a 12 horas, podendo ficar completo entre 18 a 36 horas e decaindo entre as 24 a 50 horas, da ordem em que se iniciou(6).
Essa segunda alteração post-mortem, rigidez cadavérica, é utilizada como base para identificar a hora da morte, porém tais circunstâncias não devem ser consideradas com absoluta exatidão, pois há uma diversidade de fatores que podem intervir nesse meio.
O livor mortis é a presença de manchas hipostáticas que se referem ao sangue acumulado após a morte, logo depois ao decesso a pressão intravascular é zerada deixando o sangue submisso a gravidade, penetrando nos capilares mais próximos ao chão. Portanto, em caso de ocorrência do rigor mortis, em regra, constatar-se-ão manchas hipostáticas, exceto nos casos cujo óbito gere intensa hemorragia externa, concluindo-se que, em ausência das manchas hipostáticas a rigidez instaurada é de natureza externa, salvo casos de grave hemorragia do cadáver.
Em média, a rigidez cadavérica se inicia de 2 a 3 horas após a morte, se espalhando para outros músculos entre 6 a 12 horas, se completando em 18 a 36 horas e decaindo entre as 24 e 50 horas seguintes. Seu processo tem sentido céfalo-caudal, iniciando em músculos da cabeça e pescoço, seguindo para tórax, abdômen e membros inferiores e seu fim, onde há flacidez secundária também se instaura no sentido crânio-podálico.
A rigidez cadavérica é um dos fenômenos post-mortem, sendo um processo bioquímico, que ocorre devido aos baixos níveis de ATP logo após a morte que são necessários para a quebra das pontes cruzadas. É um processo que depende de fatores tanto extrínsecos como intrínsecos. Seu mecanismo inicia a partir de 2 a 3 horas após o decesso, se generalizando entre 6 a 12 horas, podendo se dar por completo de 18 a 36 horas finalizando entre 24 a 50 horas. Uma vez que se iniciou o processo, ele não ocorre novamente pois é gradativo, porém se desfeito manualmente as pontes cruzadas, o processo de rigor mortis tem um restabelecimento com intervalo de até 20 horas após a morte, esse independente de outros fatores.
Este sutra, ainda que seja breve, aborda conceitos centrais do Mahayana em relação às práticas a serem realizadas na hora da morte. Quando perguntam ao Buda como considerar a mente (ou mentalidade) de um bodisatva que está prestes a morrer, ele responde dando instruções piedosas sobre a natureza dos fenômenos e da mente, e instrui dizendo que um bodisatva deveria engendrar, portanto, entendimentos claros específicos. O Buda aponta que todos os fenômenos são puros, estão incluídos dentro da mente da iluminação e são naturalmente luminosos. As entidades são impermanentes, e a realização da mente é sabedoria.
Consequentemente, um bodisatva deveria despertar um entendimento claro de que nenhuma entidade existe de verdade, um entendimento claro da grande compaixão, um entendimento claro da não apreensão, um entendimento claro do não apego, e um entendimento claro de que o Buda não deve ser buscado em nenhum outro lugar além da sua própria mente. Apesar dele se referir a essas instruções como sendo a sabedoria da hora da morte, a consequência é que esses ensinamentos podem ser cultivados e realizados ao longo da vida do bodisatva, a fim de preparar-se para a morte e atingir a liberação.
Baseado no contexto social da juventude moderna, a qual utiliza dezenas de aplicativos inúteis em seu smartphone, A Hora da Sua Morte (Countdown) apresenta a ideia de uma ferramenta onisciente e detentora do saber do exato momento da sua morte. Uma mistura das brincadeiras das redes sociais sobre predições futuras aliada a uma corrente esotérica de maldição, lançada sobre o usuário caso ele quebre os termos de acordo.
02a7112eeb