A ejaculação precoce, que afeta 30% da população masculina no mundo, pode estar com os dias contados.
Foi dada a largada. Eufóricos, competidores se esforçam, suam a camisa. Ao atingir a reta final o suposto vencedor percebe que perdeu o melhor da festa. É mais ou menos assim que se sentem os homens que sofrem de ejaculação precoce. Felizmente esse problema, que costuma devastar relacionamentos, logo, logo deve ter um fim graças a um novo remédio. Trata-se da dapoxetina, um antidepressivo classificado como inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI, em inglês).
Ele é da mesma família de drogas como a fluoxetina, um dos medicamentos mais receitados para quem sofre de uma tristeza sem fim. Desde que substâncias assim se popularizaram no tratamento da depressão, notou-se que possuíam o curioso efeito colateral de retardar a ejaculação. Os antidepressivos, empregados paralelamente ao aconselhamento psicológico, tornaram-se comuns nos tratamentos para aumentar o tempo médio de duração da relação sexual.
Só que essas drogas podem provocar problemas de pele, diarréia, boca seca, náuseas e aumento de peso. Além disso, só fazem efeito depois de pelo menos dez dias de uso. Com a dapoxetina, entretanto, esse quadro tende a mudar. É o que mostra um estudo realizado pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos – o primeiro a testar o princípio ativo contra a ejaculação precoce. Publicado em setembro na revista médica inglesaThe Lancet, ele demonstrou que a dapoxetina aumenta de três a quatro vezes a duração do ato sexual, com a vantagem de o usuário poder ingeri-la poucas horas antes de transar.
Como ela é eliminada rapidamente, não produz efeitos colaterais outro ponto a favor. No estudo americano, 2,6 mil homens foram submetidos a testes com a substância. Parte deles recebeu a dapoxetina, enquanto a outra ingeriu um placebo. Em média todos ejaculavam menos de um minuto depois de iniciar a relação. Doze semanas depois, entre os que engoliram o medicamento o tempo subiu para mais de três minutos.
Responsável pela pesquisa, o urologista Jon Pryor, que também é diretor do Departamento de Cirurgia Urológica da Universidade de Minnesota, acredita que o medicamento será revolucionário. “Um dos aspectos mais importantes dessa pesquisa é que a opinião da parceira foi considerada na avaliação”, explica. As mulheres dos voluntários participaram ativamente do estudo, controlando a duração de cada transa – ops, teste – por meio de um cronômetro.
A comunidade médica considera ejaculador precoce o indivíduo que atinge o clímax antes do momento desejado. “Como isso é subjetivo, a maioria das pesquisas clínicas adota o prazo de dois minutos como parâmetro de normalidade”, afirma o urologista Eduardo Bertero, chefe do setor de Andrologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. “A média dos pacientes é de quatro a cinco minutos”, contrapõe a psiquiatra Carmita Abdo. “Não há um tempo limite, mas o ideal para a maioria seria de dez a 15 minutos”, opina o urologista Mário Paranhos, chefe do setor de Medicina Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Com tanta variação, há pelo menos um consenso: o problema sempre provoca uma enorme insatisfação no casal. Uma pesquisa realizada pela psiquiatra Carmita Abdo indica que 25,8% dos brasileiros sofrem de ejaculação precoce. A pressa nacional não é discrepante da estimativa mundialmente aceita de 30%. Aliás, a ejaculação precoce é o distúrbio sexual masculino mais prevalente, superando até a dificuldade com ereção e acontecendo em qualquer faixa etária.
Tudo começa – e, para desprazer geral, termina – quando as áreas cerebrais que controlam a ejaculação, na hipófise e no hipotálamo, não respondem adequadamente aos estímulos sexuais, que são transmitidos principalmente pelos órgãos genitais. Uma das hipóteses para a ação da dapoxetina é de que, ao aumentar a quantidade de serotonina nos centros cerebrais do prazer, ela reduziria a ansiedade e também a libido, além de tornar as secreções mais densas. Assim, a ejaculação se retardaria um pouco mais.
Como controlar a ejaculação precoce naturalmente
Ejaculação precoce tem cura, tratamento natural funciona mesmo? Sim é possível controlar a ejaculação precoce de uma maneira natural , com a ajuda certa você terá sua auto estima novamente.
A ejaculação precoce acontece quando o homem atinge o orgasmo logo nos primeiros segundos após a penetração ou antes de ter penetrado, acabando por ser insatisfatório para o casal.
Esta disfunção erétil ou disfunção sexual é mais comum em adolescentes, devido às alterações hormonais, que os tornam mais excitáveis, mas também pode surgir no adulto, estando, nestes casos, mais relacionado com fatores psicológicos, como estresse, ansiedade ou medo, por exemplo.
A ejaculação precoce pode ser controlada com o uso de algumas técnicas e exercícios, mas em alguns casos pode até ser necessário o uso de medicamento ou realização de psicoterapia. Assim, o melhor é sempre consultar um urologista para identificar a possível causa da ejaculação precoce e iniciar o tratamento mais adequado.