Neste ano, em parceria com a ANPUH-Seção BA, o Ciclo de Estudo Históricos dará sequência a discussão do tema proposto para o XII Encontro Estadual. Ao invés de propor os eventos em sobreposição, realizando os dois nas mesmas datas, o que acarretaria sérios problemas logísticos e dificultaria aos alunos de Graduação do Curso de História da UESC, optou-se pela realização do Ciclo em duas sessões por assim dizer. Uma eclipsada pelo encontro Estadual e a segunda voltada para a participação mais efetiva das/os estudantes do curso de Graduação e Pós-Graduação. Priorizando a participação destes na proposição de Simpósios Temáticos e na apresentação de seus trabalho e relatos de experiência com a pesquisa, extensão e de formação docente.
Sendo assim, mantemos a identidade própria do 33º Ciclo de Estudos Históricos, mas acompanhamos as preocupações do XII Encontro Estadual de História, a saber:
“as preocupações com o processo de formação em História, considerando os desafios e as oportunidades que estão sinalizados para o futuro a curto, médio e longo prazos.
Temos como desafio central refletir e propor ações para conter as constantes ameaças aos patrimônios históricos, aos acervos arquivísticos, às práticas de apagamento da memória e da cultura de povos tradicionais. É preciso (re)discutir constantemente o crescente avanço da intolerância na sociedade, que quer sufocar o contraditório, impor censuras e embotar o pensamento crítico para submetê-los às agendas políticas imediatistas e antidemocráticas. É urgente o amplo debate sobre o financiamento da educação e o tipo de sistema de ensino que está sendo imposto à sociedade brasileira, com a finalidade de agradar aos grandes agentes do capital que atuam no setor.
Como oportunidades para uma atuação mais vigorosa, crítica e ativa diante desse cenário controverso, difuso e que está em disputa, a recente regulamentação da nossa profissão abre caminhos para a organização da categoria. Deste modo, é muito importante criar condições para a sua atuação de forma mais mobilizada e contundente diante das pautas e debates políticos e nacionais de importância para toda a sociedade. Atualmente, presenciamos constantes ataques à História e tentativas de sequestro do discurso historiográfico em guerras ou batalhas de práticas, memórias e narrativas. Daí a relevância de renovar, consolidar e divulgar discussões, reflexões, argumentos e propostas da nossa Área de Conhecimento para um amplo espectro da sociedade,
É a partir desse entendimento que devemos avaliar, debater e realimentar nosso posicionamento diante das clássicas e novas tendências historiográficas, discutindo aspectos teóricos, metodológicos e epistemológicos, sem perder de vista como a sociedade e a academia comunicam conhecimentos e lidam com o ensino de História. É preciso refletir sobre os impactos das novas tecnologias no fazer historiográfico e nas formas de compreensão de processos sociais, políticos, culturais e econômicos.
É preciso (re)construir projetos, traçar planos, (re)definir táticas e estratégias para a valorização e ampliação do campo de atuação profissional de Historiadores e Historiadores, levando em conta a sua pluralidade interseccional. Para tanto, é necessário pensar na formação em História, no que queremos e para onde queremos caminhar.”
Do mesmo modo que o XII Encontro Estadual de História, o 33º Ciclo de Estudos Históricos da UESC terá como tema “O futuro da História: desafios e perspectivas para a profissão” e será promovido e apoiado pelos Colegiado de História, PPGH-UESC, Centro de Estudos do Atlântico e da Diáspora Africana – CEAD, o Observatório de História Digital da UESC e pelo Projeto Interlocuções.
Contamos com sua participação!