ENTRE PELES
Mediante ao cultivo do scoby (Cultura Simbiótica de Bactérias e Leveduras), desenvolvi uma pesquisa, onde a ideia seria criar algo que se assemelhasse esteticamente e poeticamente a pele humana.
Assim por meio do crescimento do scoby no chá da kombusha, é possível manipula-lo de diversos modos, utilizando ele molhando (semelhante a uma mucosa) ou seco (com uma textura, mas parecida com a pele humana).
Utilizo de uma fusão dialética, para a composição, observando o gesto como frame da câmera, de uma sequencia de movimentos, assim como, relações de cores (claro e escuro), texturas, enquadramentos, observação das matérias e sobreposições das mesmas.
Proponho então com essa exposição que o espectador possa entrar em contato com reflexões sobre corpo enquanto consciência e ser habitat. Tensiono questionamentos do que vemos e até onde vemos; o que esta dentro e o que está fora, ou seja, as camadas do que é existir em si, individualmente ou coletivamente, propondo a partir do meu trabalho, uma relação da obra e do espectador, onde o espectador possa olhar com sua própria simbologia interna, ou seja, objetos reconhecíveis, palavras e associações únicas, o que seria o meu trabalho e determinar para si, uma visão única destas proposições.
Galeria de Imagens
Giovanna Pizzini (SP)
É formada em cinema e audiovisual pela universidade CEUNSP- SP. Vem trilhando sua caminhada entre artes visuais e cinema. Desde 2020 vem trabalhando em ateliê de artistas, como Bruno Passos,Marcelo Moscheta e Carla Borba, onde encontrou uma forma de aprender e trocar, estudando também por conta própria e por meio de cursos práticos e teóricos. Atualmente mora em Sorocaba e realiza trabalhos na região de São Paulo.
Em artes visuais tem feito cursos de: foto performance, arte contemporânea, psicanálise e arte, entre outros, além de desenvolver seus projetos principalmente por meio da fotografia. Investiga identidade, gênero e o que está dentro e está fora, por meio do seu estudo em relação a materialidade do scoby (Cultura Simbiótica de Bactérias e Leveduras) e do barro.
Sua última exposição foi a Coletiva ARtérias na ceRÂmica, galeria Andréa Rehder Contemporânea com curadoria de Andrés Hernandez.